Como a Stanley quer aumentar sua base de clientes no Brasil
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Como a Stanley quer aumentar sua base de clientes no Brasil

Como a Stanley quer aumentar sua base de clientes no Brasil

Por:
Guilherme Canineo
Publicado em:
30/3/2023

Bom dia, boa tarde, boa noite. Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Quintou e chegou a hora de receber aquelas recomendações que você espera durante toda a semana, admita 😅. Muito obrigado por estar aqui!

  • Artigo - Como ter informação de qualidade faz a diferença para bons gestores, escrito por Tallis Gomes, falando sobre como a informação consumida pode afetar as decisões que o líder toma e consequentemente impactar as finanças da empresa.
  • Filme - Stutz (2022), disponível na Netflix. O longa-metragem narra a vida e a carreira do psiquiatra Dr. Phil Stutz, terapeuta do ator Jonah Hill. Segundo Lisa Kennedy, do The New York Times, “esse é um filme que habilmente navega vulnerabilidade, insights inteligentes e arte”.
  • Podcast - A diferença entre herdeiro e sucessor, esse é um dos temas tratados no novo episódio do “Conectando os Pontos” com Jhonny Martins, Vice-Presidente do SERAC, empresa familiar referência em contabilidade com mais de 2.500 clientes em mais de 20 estados. Martins também fala sobre a importância de manter a conexão familiar viva para a empresa.  


Na newsletter de hoje:

  • De gole em gole, Stanley aumenta sua base de clientes no Brasil.
  • Como a personalização de conteúdos ajuda a reter e fidelizar os clientes.


Guilherme Canineo

Um copo, várias soluções

TENDÊNCIAS & INOVAÇÃO

Exame / Stanley / Divulgação

Esse é o caso dos itens da Stanley, marca estadunidense que produz copos térmicos há mais de século e que vem conquistando o público brasileiro desde 2015, quando encontrou seu público entre os aficionados pelo chimarrão no sul do país. No entanto, foi o público cervejeiro que fez com que a marca crescesse ainda mais no Brasil.

Ninguém gosta de cerveja quente 🍻. E foi assim, impulsionado por sua linha bar, que a PMI Worldwide, dona da marca, viu uma ascensão no mercado não só no Brasil como na América Latina – a partir de 2018, a empresa teve um crescimento de 700% em faturamento. Segundo Pedro Ipanema, Vice-Presidente de Marketing da PMI, os produtos da linha bar representam mais de 50% do faturamento no Brasil.

Para Andréa Martins, presidente da PMI Worldwide América Latina, “o crescimento que tivemos se deve à legião de fãs que fomos criando e também ao fato de o Brasil ser o 3º maior mercado consumidor de cerveja no mundo”. Aqui favorece o fato que os copos da Stanley mantém a temperatura das bebidas por quase 4 horas.

A executiva ainda explica que, por ser um produto mais caro, ele passa a ganhar mais valor conforme é experimentado. Daí surgiram ações nas redes sociais (e muitos memes gerados) para não apenas originar mais boca a boca (com o perdão do trocadilho) como também atrair microinfluenciadores, fora patrocínios a eventos esportivos e atletas profissionais. 

O que esses atletas fazem muito é se hidratar. E adivinha o que a Stanley também tem? Produtos para essa categoria. De fato, em 2022, “a linha hidratação registrou um avanço de 200% na receita”. A linha bar, para fins de comparação, teve uma alta de “apenas” 20%. 

O desafio. Neste segmento específico, um dos obstáculos enfrentados é que o brasileiro não tem tanto costume de andar com garrafas d’água. Por sua vez, certas políticas no ambiente corporativo como, por exemplo, remoção de copos de plástico das copas, brindes e kits de boas-vindas vêm ajudando no fortalecimento da linha de hidratação.

Visão panorâmica. Além de continuar com estratégias envolvendo influenciadores, patrocínios e eventos, a PMI deve seguir lançando produtos para “ocasiões de consumo diversas”, seja para uso na academia ou no trabalho. E se esses produtos tiverem o mesmo impacto que o Quencher, copo da marca que tem alça e canudo reutilizável, o futuro será promissor.

Relacionamentos duradouros = Retenção de leitores

MARKETING & PUBLICIDADE

Maxim Ilyahov / Unsplash

Em uma atualidade marcada pela abundância e ao mesmo tempo fadiga de notícias e conteúdo – sem contar a deterioração na confiança com o jornalismo –, profissionais de marketing que adotaram uma estratégia focada na construção de um relacionamento com seus leitores ficaram um passo à frente. Afinal, eles escutam e entendem o que sua audiência quer. 

Essa compreensão pode gerar melhores experiências de leitura, aumentar o tempo de permanência do leitor e até mesmo converter essa atenção em receita. Segundo a “Media Industry Trends: The 2023 Consumer Trends Index”, da Marigold, uma das principais plataformas para transformar visitantes em assinantes pagos são as newsletters

Para Patrick Trousdale, fundador da The Daily Upside, newsletter que construiu uma audiência de cerca de 800.000 leitores em menos de 3 anos, hoje em dia muitos leitores estão dispostos a experimentar novas fontes de informação. E as newsletters possibilitam isso, desde que exista uma narrativa interessante e uma proposta de valor correta. 

Outra tendência é a otimização do conteúdo para dispositivos móveis. As informações estão carregando de forma rápida? A empresa está utilizando o SMS ou o WhatsApp para promover notícias ou atualizações de temas relevantes para a audiência? O motivo: “40% dos consumidores globais compraram conteúdo em seu dispositivo móvel em 2022”. 

  • Fora isso, a estimativa é que 7,7 bilhões de pessoas tenham seu próprio smartphone até 2027. 

Ah, a personalização. Além de esperar uma maior personalização na comunicação de suas marcas favoritas, 49% dos consumidores e leitores globais se sentem insatisfeitos com os conteúdos e ofertas irrelevantes enviados pelas empresas e 42% disseram que o que lhe é enviado não reflete seus desejos ou necessidades. 

Ainda assim, 79% dos entrevistados sentem que suas marcas favoritas estão se esforçando para desenvolver um relacionamento verdadeiro com eles. Para ajudar nisso, uma das soluções adotadas é o conteúdo dinâmico, que estabelece uma conexão com o público baseado em seus interesses. Quanto mais informação, maior a personalização. 

Para ficar de 👀. Vale ressaltar que por mais que consumidores não se importam em compartilhar seus dados em troca de conteúdo personalizado, sua permissão deve ser solicitada. A pesquisa ainda aponta que empresas que são éticas e responsáveis ao utilizar os dados do consumidor são ainda melhor aceitas. 

Tudo isso pode resultar em uma maior fidelidade à marca, “com 59% dos consumidores preparados para pagar mais para comprar de suas marcas preferidas”. Por isso, é bom começar a pensar no que a sua empresa pode fazer para dar este passo além e estabelecer um relacionamento mais próximo focado em conteúdo com os seus clientes.    

Curiosidades

International Federation of the Phonographic Industry (IFPI)

Número do dia: US$ 26,2 bilhões. Essa foi a receita do mercado fonográfico global (a boa e velha indústria da música) em 2022, o que representa um crescimento de 9% em relação a 2021. Desse montante, o streaming (que inclui planos gratuitos com publicidade e assinaturas pagas sem anúncios) foi responsável por US$ 17,5 bilhões, um aumento de 11,5% em comparação ao ano anterior. Ao todo, foram registrados 589 milhões de assinantes pagos no mundo – 205 milhões são do Spotify.

No Brasil, houve um crescimento de 15,4% na receita da indústria da música e o país voltou a figurar entre os 10 principais mercados do segmento, terminando 2022 na 9ª colocação. O top 3 foi composto por Estados Unidos, Japão e Reino Unido. 

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Frase do dia: “Oferecer um bom ambiente de trabalho já não basta. As empresas precisam ajudar os funcionários a desenvolver novas competências.”

Isso disse Jade Shiyu, gerente de marca empregadora do Alibaba, sobre como a aprendizagem, além de se tornar quase que indispensável para o engajamento e a retenção de colaboradores, servirá como “impulsionador atrativo para os candidatos".

Segundo o “Future of Recruiting 2023”, do LinkedIn, 39% dos profissionais brasileiros, especialmente os pertencentes a Geração Z, consideram “oportunidade de adquirir novas competências” como a 4ª principal prioridade na hora de considerar o cargo em uma nova empresa. Clique e saiba quais são as outras que compõem o Top 5.

Must-Reads

🤩 70%. Esse é o percentual de executivos que disseram que a estratégia de suas respectivas empresas não estava suficientemente clara a respeito de como a organização geraria valor a seus clientes, segundo a Strategy&. Um dos principais motivos disso é a falta de uma estratégia que seja abrangente e coerente. Para começar a solucionar esse problema, é importante entender a diferença do planejamento estratégico, tático e operacional para entender onde alocar mais seus esforços. (G4 Educação). 

📱 8x maior. Essa é a diferença na taxa de abertura de mensagem no WhatsApp em comparação ao SMS. E essa foi uma das razões que motivaram Alexandre Zolko, CEO e fundador da CRM&Bonus, a adquirir a Becon, plataforma de comunicação via chatbot catarinense, por R$ 18 milhões. Com essa compra estratégica, a CRM&Bonus irá “substituir seu atual modelo de mensageria via SMS para a comunicação por WhatsApp” para aumentar sua conversão de venda. (Pipeline Valor)

🐊 Esteticamente questionável, porém muito lucrativa. Essa é a Crocs, que segue aumentando suas vendas – inclusive, um aumento de 61% no último trimestre de 2022. O fluxo constante de novos produtos e o marketing astuto, seja através de seus milhões de seguidores nas redes sociais ou de parcerias com celebridades, é como a empresa mantém o otimismo que irá alcançar US$ 5 bilhões de faturamento nos próximos 3 anos. (The New York Times)

Quiz

Algo que ficou muito claro nesses últimos anos é que a competição pela atenção das pessoas está cada vez mais disputada e que as marcas estão dispostas a desembolsar bilhões de dólares para alcançar o maior número possível de potenciais consumidores.

No varejo, os principais competidores são Amazon e Walmart, que juntos arrecadaram mais de US$ 40 bilhões em publicidade digital em 2022. Entre os serviços de streaming e as redes sociais, tivemos a entrada da Netflix e seu plano com publicidade, que em pouco tempo já conseguiu cerca de 1 milhão de usuários ativos mensais

Nesse âmbito, a CB Insights levantou que 32 empresas globais disputam por mais de US$ 500 bilhões em gastos com publicidade digital. Será que você consegue adivinhar esse valor exato? 

  • US$ 655 bilhões
  • US$ 728 bilhões
  • US$ 815 bilhões 
  • US$ 890 bilhões
  • US$ 930 bilhões
Tania Mousinho / Unsplash

Resposta: US$ 728 bilhões. Clique aqui para ver o “chaveamento” completo, uma breve explicação dos principais competidores e tentar adivinhar quem seria o ganhador dessa disputa. 

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