Uma boa gestão é indispensável para que qualquer empresa atinja o sucesso, seja um negócio de família ou uma multinacional.
O que é gestão? A pergunta pode parecer simples, especialmente para quem já atua como gestor ou é responsável pela tomada de decisões em seus negócios, mas o conceito é muito mais amplo do que normalmente se entende.
Uma empresa sem gestão é como um barco sem leme: ainda que ele já esteja no meio do oceano, nada impede que afunde a qualquer momento ou que seja levado pela maré de volta para o local de onde saiu.
Porém, ter uma gestão incompleta ou deficitária não é suficiente, já que isso pode limitar significativamente o controle que os gestores têm sobre aquele negócio. Para atingir o sucesso, a gestão deve ser excelente.
Aprender sobre gestão é crucial, seja você o dono de um pequeno negócio, o colaborador de uma grande empresa que quer assumir uma posição estratégica ali ou simplesmente alguém interessado em empreender. Caso contrário, atingir o sucesso – e se manter ali, especialmente – será muito difícil.
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Gestão é um conjunto de princípios relacionados às funções de planejar, organizar, dirigir e controlar uma companhia.
Ela consiste em trabalhar com os recursos disponíveis da maneira mais eficiente possível para atingir os objetivos esperados com o mínimo de despesas.
Uma boa gestão também contempla a aplicação desses princípios no aproveitamento de recursos físicos, humanos, financeiros e informacionais de maneira eficiente e efetiva para atingir os objetivos da empresa.
Na literatura, o conceito já foi definido de várias formas, como mostram as seguintes definições de diversos autores:
“Trabalhar com recursos humanos, financeiros e físicos para atingir os objetivos organizacionais ao executar as funções de planejamento, organização, liderança e controle.”
“Gestão é uma arte de saber o que fazer e quando fazer e ver que aquilo foi feito da melhor e mais barata forma possível.”
“Gerenciar é prever e planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.”
Resumindo tudo isso, podemos definir, então, que gestão envolve monitoramento, acompanhamento e orientação para que a empresa chegue do ponto “A” ao ponto “B” da melhor, mais eficiente e mais econômica forma possível.
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É difícil cravar qual é a origem da gestão. Porém, voltando um pouco na história, encontramos alguns fatores que podem ter contribuído para a concepção de gestão que temos hoje.
Alguns enxergam a gestão como um conceito pós-moderno. Outros, porém, detectam um pensamento similar à gestão entre os comerciantes sumérios e os construtores das pirâmides do Antigo Egito.
Porém, o que não podemos negar é que uma série de inovações trouxeram ferramentas para gestão, planejamento e controle, como a popularização do sistema numérico hindu-arábico (dos séculos V a XV) e a codificação do Método das Partidas Dobradas (ou Método Veneziano).
Posteriormente, com as mudanças nos ambientes de trabalho causadas pelas revoluções industriais, nos séculos XVIII e XIX, as teorias e práticas militares contribuíram para abordagens de gestão a serem aplicadas nas fábricas, que passaram a ser muito mais populares.
Economistas clássicos, como Adam Smith (1723 – 1790) e John Stuart Mill (1806 – 1873), trouxeram um pano de fundo teórico para a alocação de recursos, os processos produtivos e a precificação.
Ao mesmo tempo, inovadores como Eli Whitney (1765 – 1825), James Watt (1736 – 1819) e Matthew Boulton (1728 – 1809), desenvolveram elementos de produção técnica, como padronização, procedimentos de controle de qualidade, contabilidade de custos, intercambialidade de peças e planejamento.
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Com a chegada do século XX, a necessidade de gestores habilidosos e treinados tornou-se evidente. Com isso, os departamentos pessoais começaram a expandir rapidamente.
De acordo com o livro “A Delicate Experiment: The Harvard Business School, 1908-1945”, de Jeffrey L. Cruikshank, a educação sobre gestão formal passou a ser um padrão em faculdades e universidades.
Já o artigo “A ‘Good Mixer’: University Placement in Corporate America, 1890–1940”, de Cristina V. Groeger, menciona que as faculdades e universidades aproveitaram a necessidade das empresas para sua capitalização, formando escolas de negócios e departamentos corporativos.
É também a partir daí que surgem alguns dos maiores nomes da gestão a nível global, como Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), Max Weber (1864 – 1920), Peter Drucker (1909 – 2005) e Vicente Falconi (1940 – hoje).
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Todas essas etapas precursoras foram determinantes para o nascimento e o desenvolvimento de outros conceitos e práticas de gestão que temos hoje, as quais precisam ser pensadas especialmente para o mundo VUCA (Volatile, Uncertain, Complex and Ambiguous, ou Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo.)
O termo VUCA foi usado pelo U.S. Army War College, na década de 1990, para se referir ao mundo depois da Guerra Fria. Porém, mesmo com uma origem que não está tão relacionada com o contexto empresarial e empreendedor, sua aplicação faz todo sentido neste cenário.
E agora, tecnologias disruptivas como a internet, algoritmos e, mais recentemente a Inteligência Artificial, trazem novas discussões sobre a gestão e o papel das lideranças no desenvolvimento das companhias e seus indivíduos.
No artigo “Are Our Management Theories Outdated?” para a Harvard Business Review, o autor Gianpiero Petriglieri reflete sobre como as novas teorias de gestão devem (ou não) ser desenvolvidas para lidar com os desafios da nova década.
Uma coisa é certa, a gestão não é um conceito único e imutável.
Para dominá-la é necessário reconhecer seu caráter adaptativo aos diferentes contextos em que gestores e suas companhias existem.
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Algumas das principais metodologias da atualidade, especialmente no que tange aos modelos ágeis, são as seguintes:
OKR é a sigla para Objectives and Key Results, o que pode ser traduzido como “Objetivos e Resultados-Chave”.
O objetivo é o que deve ser atingido pela empresa. Ele precisa ser concreto, inspirador e orientado por ações e evita confusões na organização.
Já os resultados-chave estabelecem e monitoram como chegar ao objetivo proposto. Eles precisam ser específicos e ter um limite de tempo, além de serem realistas e mensuráveis.
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PDCA é uma sigla para Plan, Do, Check e Act (Planeje, Faça, Verifique e Aja). A metodologia também pode ser chamada de Ciclo de Shewhart ou Ciclo de Deming, embora seja menos comum.
Um dos objetivos do PDCA é fazer com que os processos de uma empresa sejam acelerados e aperfeiçoados, já que os problemas passam a ser percebidos com maior facilidade e clareza, bem como os fatores causadores e as possíveis soluções.
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O Scrum é uma metodologia ágil com estrutura simples que ajuda pessoas, equipes e organizações a gerarem valor por meio de soluções adaptativas para problemas complexos.
Em suma, o Scrum ajuda os times a trabalharem juntos, aprender por meio de suas experiências, organizar-se enquanto resolvem problemas e refletir em suas vitórias e derrotas para melhorar continuamente.
Aprofunde a leitura: Scrum, o que é, para que serve e exemplos
NCT (Narrativas, Compromissos e Tarefas) é uma metodologia cada vez mais utilizada na gestão de empresas — pois oferece aos gestores uma forma de se guiar para além de objetivos facilmente mensuráveis.
Resumindo, os NCTs são divididos em Narrativas (o que a companhia quer atingir), Compromissos (o que a empresa pretende fazer para atingir seus objetivos) e Tarefas (como a empresa cumprirá seus compromissos),
Aprofunde a leitura: O que são NCTs
A metodologia Agile é uma forma flexível e rápida de gerenciar projetos. A metodologia promove a divisão das tarefas em unidades menores (e portanto mais facilmente gerenciáveis), com avaliações frequentes e mapeamento constante de prioridades.
Especialmente conhecida no desenvolvimento de produtos digitais, essa metodologia é extremamente eficiente, pois foca na comunicação entre o time para adaptar suas estratégias com agilidade e garantir que o projeto seja entregue no prazo.
Aprofunde a leitura: Metodologia Ágil: o que você precisa saber
Às vezes, esses dois termos são usados de maneira intercambiável. De fato, ambos são partes de um processo muito importante, que é atingir as metas de longo prazo da organização, mas a verdade é que os significados são distintos.
Planejamento estratégico é a abordagem utilizada quando se está formando a direção de uma organização. Alguns exemplos de sua aplicação são a definição de visão, missão e valores.
A gestão estratégica, por sua vez, é o processo geral percorrido para chegar a essa direção, desde o planejamento até a execução. A gestão dos planos de ação, projetos e ciclo de vida do plano estratégico é fundamental para atingir as prioridades de longo prazo daquele negócio.
Resumindo, podemos dizer que o planejamento contempla o “antes”, enquanto a gestão está relacionada ao “durante”.
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Embora essa relação não seja necessariamente obrigatória, ela é altamente recomendável. Afinal, é quase impossível ter uma gestão realmente eficiente por meio de processos manuais.
Um bom exemplo é o ERP (Enterprise Resource Planning), que pode ser traduzido como sistema de gestão empresarial. Este é um tipo de software que, como o nome indica, permite uma gestão integrada de todas as áreas da empresa.
Ao centralizar todas as informações em uma única plataforma, as chances de ter alguma perda de informação ficam muito menores, além do fato de tudo poder ser acessado de qualquer lugar, o que acontece quando os sistemas e bancos de dados ficam hospedados na nuvem.
O sucesso dessa solução tecnológica é comprovado. De acordo com a Allied Market Research, o mercado global de ERP foi avaliado em US$ 39,34 bilhões em 2019 e projeta-se que este valor atinja US$ 86,303 bilhões em 2027, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 9,8% entre 2020 e 2027.
Este é um dos principais exemplos da aplicação da tecnologia na gestão empresarial, uma relação que já é quase indissociável e deve se tornar cada vez mais inseparável com o passar do tempo, já que o desenvolvimento tecnológico só tem crescido – o que é ótimo.
Gestão é um conceito mais geral, mas que pode ser dividido em diferentes tipos, todos dentro do mesmo “guarda-chuva”, mas com abordagens específicas.
Os principais tipos de gestão são:
A inovação nunca esteve tão presente no meio corporativo quanto hoje. O termo aparece em todos os lugares, dos noticiários às redes sociais, e do ponto de vista econômico, o conceito está relacionado a algo novo que traz benefícios para uma organização ou sociedade.
A gestão de inovação, portanto, é a promoção sistemática de inovações nas empresas, o que inclui tarefas de planejamento, organização, gestão e controle, lidando com todas as medidas para promover o novo dentro daquela organização, como o seguinte:
A gestão de logística é a etapa da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e o armazenamento eficiente e efetivo de bens, serviços e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, de modo a atender as demandas dos clientes.
A finalidade da gestão de logística é focar no gerenciamento de operações diárias relacionadas ao produto final da organização. O principal objetivo é alocar a quantidade correta de recursos no tempo certo, além de garantir que eles cheguem ao destino em boas condições, entregando-os ao consumidor final.
A gestão de marketing refere-se às estratégias, ferramentas e análises usadas na promoção de um negócio. As empresas usam técnicas de gestão de marketing para identificar oportunidades de crescimento e conectá-las aos mercados apropriados.
Tal gestão coordena os esforços em anúncios entre todas as plataformas para promover a imagem da marca e capturar quantos consumidores em potencial for possível.
A gestão de marketing também passa por refletir no impacto de campanhas de marketing e esforços passados para atingir ao público usando feedback dos clientes e tendências de negócios para ajustar o plano de marketing da organização.
Gestão de mudanças é a disciplina que guia a preparação, a equipagem e o suporte dos indivíduos para que estes possam adotar mudanças de maneira bem-sucedida, de modo a atingir assim o sucesso e os resultados desejados na organização.
Mesmo que cada mudança seja única e que cada indivíduo tenha suas peculiaridades, certas ações podem ser tomadas para influenciar as pessoas em suas transições individuais.
A gestão de mudanças traz uma abordagem estruturada para ajudar os indivíduos da organização a sair de seus estágios atuais e, assim, atingir os estados futuros.
Gestão de pessoas é o processo de treinar, motivar e direcionar os colaboradores para otimizar a produtividade no ambiente de trabalho e promover o crescimento profissional.
Líderes no ambiente profissional, como coordenadores, gestores e chefes de departamento, usam a gestão de pessoas para tentar prever o fluxo de trabalho e potencializar, diária e continuamente, o desempenho de toda a equipe.
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A gestão de processos, também conhecida como BPM (Business Process Management), é uma disciplina que usa diversos métodos para descobrir, modelar, analisar, mensurar, melhorar e otimizar processos de negócios.
Um processo de negócios, por sua vez, coordena o comportamento de pessoas, sistemas, informações e afins para produzir resultados de negócios de acordo com uma estratégia previamente definida.
Os processos podem ser estruturados e repetíveis ou não-estruturados e variáveis. Além disso, embora não seja obrigatório, as tecnologias costumam ser usadas junto com a gestão de processos, como os ERPs, por exemplo.
Gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas para projetar atividades de modo que elas atinjam os requisitos de cada projeto.
Uma gestão de projetos eficiente é caracterizada pelo desenvolvimento e refinamento contínuo de métodos e práticas, além de garantir que todas as ferramentas implantadas atendam as necessidades propostas de maneira simples e organizada.
Gestão de vendas (ou gestão comercial) é o processo de planejar, implementar e controlar programas de vendas que atinjam as metas da organização, incluindo o recrutamento, o treinamento e a motivação da equipe de vendas.
Esta é uma função comercial muito importante, já que as vendas líquidas por meio da venda de produtos e serviços e o lucro resultante dessas transações impulsionam a maioria dos negócios comerciais.
A gestão empresarial consiste em gerenciar as atividades administrativas de uma empresa. Basicamente, sintetiza as responsabilidades de todos os diferentes tipos de gestão.
A administração de um negócio inclui o desempenho ou a gestão de operações de negócios e de tomadas de decisão, além da organização eficiente de pessoas e outros recursos para direcionar as atividades rumo às metas e objetivos comuns dentro da organização.
A gestão financeira corresponde ao planejamento, organização, direcionamento e controle das atividades financeiras de uma empresa, como o uso de seus recursos para atingir os objetivos propostos.
Basicamente, ter uma boa gestão financeira passa por aplicar os princípios básicos de gestão aos recursos financeiros daquela organização.
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Existe uma semelhança entre o Skype, o Google, a Wikipédia e, por que não, o G4 Educação: todas adotam a metodologia de gestão libertária.
O princípio da gestão libertária é de ser uma gestão descentralizada, com objetivos definidos claramente, todas as individualidades da empresa olhando para este mesmo objetivo e liberdade aos colaboradores para que eles definam os caminhos que querem percorrer.
Quando todos os vetores estão alinhados para o mesmo lado, isso colabora para que a empresa cresça. Além disso, ao cultivar o sentimento de dono em cada colaborador, o ownership os fará tomar decisões como se realmente fossem donos do negócio.
Isso reforça ainda mais a importância de contratar colaboradores que não apenas tenham as habilidades técnicas necessárias, mas que também estão alinhados com a cultura organizacional e, por isso, tomarão decisões ainda mais assertivas – algo que é feito com excelência no G4 Educação pelo time de Gente & Cultura.
Inclusive, quando falamos em sentimento de dono, o partnership é uma alternativa interessante para fomentar ainda mais essa ideia, além de ser um conceito que se relaciona muito bem com a gestão libertária.
Com colaboradores que não são microgerenciados e possuem liberdade para tomar suas decisões rumo ao objetivo proposto, a gestão libertária faz com que o gestor não mais tenha o papel de dar ordens de execução, mas sim o de fazer as perguntas certas, como reuniões one on one, demonstrando o melhor caminho a se seguir.