Bom dia, boa tarde, boa noite. Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Chegamos a mais uma quinta-feira e, como de costume, começamos nossa 64ª edição com aquela seleção diferenciada de recomendações.
Na newsletter de hoje:
— Guilherme Canineo
Essa é a pretensão de Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show, agora que a empresa de chocolates se tornou a maior rede de franquias do Brasil (alô você que leu a nossa última edição), chegando a um total 3.763 estabelecimentos no final de 2022.
Em suas palavras: “Estamos no momento de pensar na expansão internacional. Crescemos muito no Brasil e isso tem um limite. Claro que ainda tem algumas alavancas porque queremos chegar a 5.500 lojas, mas a ida para o exterior não é mais se”.
Tá, e como será a internacionalização? Segundo divulgado pela Neofeed, a ideia é começar por um país que tenha uma cultura com características similares à do Brasil. Possíveis candidatos são Colômbia e Portugal, no topo da lista, seguidos por Estados Unidos.
Os planos de expansão não se limitam ao estrangeiro. No Brasil, o objetivo é inaugurar 600 unidades. E esse número, que é menor se comparado aos 1.000 novos estabelecimentos abertos em 2022, não foi por falta de interessados em se tornarem franqueados (em torno de 38 mil inscrições). Segundo Costa, "este é um ano de estabilidade”.
Além das clássicas lojas da marca, que vão desde quiosques a megastores, a Cacau Show dará uma atenção especial a como aumentar seu número de revendedores, que hoje conta com pouco mais de 50.000. E é bom que esse foco seja realmente especial, pois a ambição de Costa é “ter mais de 1 milhão de pessoas fazendo o porta a porta”.
Visão panorâmica. Em 2022, a Cacau Show registrou R$ 4 bilhões em faturamento, um aumento de 32% em relação a 2021. Para este ano, a projeção é que a receita cresça em 25%, finalizando 2023 com R$ 5,6 bilhões.
Para alcançar essa meta, a Cacau Show terá de superar um desafio que chegará logo mais: a Páscoa. Para se ter uma ideia de como essa época do ano é fundamental, a Neofeed divulgou que “as vendas na Quinta-feira Santa equivalem a todo mês de janeiro”. Como já diria Luciano Huck, “loucura, loucura, loucura”.
Aquela curiosidade para fechar. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, o consumo per capita de chocolate no Brasil foi de 2,6 quilos em 2021. Mas esse valor é baixo se comparado aos países mais chocólatras: 11,6 quilos (Suíça); 9 quilos (EUA); e 5,7 quilos (Alemanha).
Essa é a parcela de clientes que são considerados VIP em uma empresa. Um recente artigo da McKinsey pontuou que esses consumidores, embora representem 1%–10% do total de clientes, são responsáveis por 20-50% da receita total da companhia, gastando de 10 a 25 vezes mais que o consumidor médio.
Assim como uma única experiência ruim pode fazer com que a marca perca clientes, uma estratégia de fidelidade VIP bem projetada pode reduzir consideravelmente a perda de consumidores (churn) e aumentar de 5% a 10% a retenção desses VIPs.
Como fazer isso? O primeiro passo é definir os objetivos da iniciativa VIP. A McKinsey sugere a determinação do nível de integração de programa VIP (1); nível de visibilidade que terá para o público geral (2); critério de seleção dos membros (3); e qual é o seu principal benefício e quais outros benefícios irão incentivar e entusiasmar os VIPs (4).
Falando dos benefícios. Qual é o grau de exclusividade? Vale ressaltar que quanto mais únicos e difíceis de obter, maior o interesse e mais instigante serão os benefícios para os VIPs.
Outra boa prática está na consistência da entrega. No caso dos VIPs, a tolerância para experiências insatisfatórias é nula. Ou seja, é essencial ter um planejamento claro sobre como manter esses clientes consistentemente engajados como, por exemplo, uma combinação de momentos memoráveis com ações menores, porém frequentes. Tudo isso focado na construção de relacionamentos genuínos.
O status de VIP faz com que consumidores se sintam especiais, consequentemente impulsionando as vendas e fortalecendo a fidelidade do cliente. Segundo o Loyalty Report da Bond, “78% dos consumidores dizem que os programas de fidelidade os tornam mais propensos a fazer negócios com uma determinada marca”.
Um dos grandes exemplos desse tratamento VIP é da Adidas Creators Club. Separados em 4 categorias, os membros têm a oportunidade de ganhar desde roupas ou equipamentos autografados até convites para shows, jogos e encontros exclusivos (meet & greet) com atletas profissionais.
É… sabe aquele 1%? Ele tem relevância.
Número do dia: US$ 79,4 bilhões. Essa foi a receita arrecadada somente pela Apple Services em 2022, que engloba os serviços Apple Cloud, Apple TV, Apple Store, Apple Music, Apple Arcade e Apple Fitness+. O curioso é que esse montante foi maior que a receita de empresas como Boeing (US$ 66,6 bilhões), Intel (US$ 63,1 bi) e Nike (US$ 49,1 bi).
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Frase do dia: “Nós temos que mudar drasticamente a maneira com a qual fazemos negócios.”
Foi o que disse Koji Sato, que assumirá a cadeira de CEO da Toyota no mês de abril. Ele falou sobre a nova mentalidade focada primeiramente em veículos elétricos (EVs) que a montadora deverá adotar para acelerar o desenvolvimento de peças e métodos de produção otimizados desses automóveis.
Até então, a empresa vinha dependendo de tecnologias já existentes para fabricar seus EVs. Com esses investimentos, que também visam a fabricação de baterias próprias, “a Toyota espera tornar seu negócio de EVs mais eficiente e aproveitar as economias de escala”.
🟣 US$ 58 milhões. Esse foi o lucro líquido obtido pelo Nubank no 4° trimestre de 2022, o melhor resultado trimestral da história da fintech. O montante ficou muito acima das expectativas do mercado, com a projeção dos analistas em US$ 16 milhões. Nesse período, o Nubank adicionou 4,2 milhões de novos clientes, fechando o ano passado com 74,6 milhões. (Brazil Journal)
🥃 42,1%. Foi essa a participação no mercado de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos das bebidas destiladas (Gin, Vodka, Tequila, entre outras) em 2022, superando a cerveja (41,9%) pela primeira na história, segundo a Distilled Spirits Council of the United States (DISCUS). O vinho ficou em 3º lugar, com 16%. Para ver um gráfico que mostra a evolução dessa trajetória, é só clicar aqui. (MarketWatch)
👎🏻 40%. Esse é o percentual de líderes globais que disseram ter líderes de alta qualidade nas empresas em que atuam, o que corresponde a uma redução de 17% em relação a 2020 e a maior queda dos últimos 10 anos, segundo a pesquisa “2023 Global Leadership Forecast”, da DDI. Outro dado que chama a atenção: apenas 46% dos líderes entrevistados “confiam plenamente em seus gestores diretos para fazer o que é certo”. (Cision PR Newswire)
O mercado de software de colaboração e gestão de projetos está ficando cada vez mais cheio, com várias empresas levantando bilhões de dólares em financiamento a partir de 2021. Algumas delas, como Monday.com, Asana e Smartsheet, já abriram capital, enquanto outras foram adquiridas por grandes players.
Apesar disso, o mercado ainda oferece oportunidades de crescimento e rentabilidade, com várias empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. Em 2022, no entanto, tanto os players públicos quanto os privados enfrentaram o desafio de alcançar o crescimento de receita e rentabilidade em meio à crescente competição no setor.
O Airtable é atualmente o líder em financiamento, tendo levantado 2,6x mais capital do que o ClickUp, segundo que mais recebeu aportes, de acordo com a CB Insights. Outras empresas importantes no setor, como Notion, Productboard, Coda e Trello, também estão avaliadas em bilhões de dólares.
Além disso, o Airtable possui o maior valor de mercado do segmento, com valuation maior até que seus concorrentes de capital aberto. Será que você consegue adivinhar quão maior é o valor de mercado do Airtable em relação ao Monday.com (maior companhia de capital aberto do segmento)?
A resposta você encontra logo abaixo do gráfico que corresponde a quantidade de capital levantado por essas empresas
Resposta: 2x. O valor de mercado do Airtable é de US$ 11,7 bilhões, enquanto o Monday.com está avaliado em US$ 5,4 bilhões. Para ver a lista completa, é só clicar aqui.