G4 Day: uma aula em geração de demanda, receita e relacionamento
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G4 Day: uma aula em geração de demanda, receita e relacionamento

Por:
G4 Educação
Publicado em:
27/3/2024
Atualizado em:

O primeiro trimestre de 2024 praticamente chegou ao fim, mas ainda é tempo de rever planos, estratégias e garantir o crescimento da empresa no ano. Essa é a mensagem clara que o G4 Day deixou para quase 3.000 pessoas que participaram do evento, realizado no dia 26 de março no Vibra São Paulo. Com mais de 8 horas de conteúdos focados em geração de demanda, geração de receita e gestão de relacionamento, o G4 Day contou com insights de alguns dos empresários de maior sucesso do país, como Rony Meisler, CEO da AR&CO, João Paulo Resende, cofundador da Hotmart, e Alexandre Baldy, Special Advisor da BYD Brasil.

Promovido pelo G4 Educação, o G4 Day é um evento para trazer aprendizados para empreendedores de pequenas e médias empresas, de modo que sejam capazes de melhorar seus negócios. Nesta edição, o G4 Day teve como principais hosts os três fundadores do G4 Educação: Tallis Gomes, Alfredo Soares e Bruno Nardon. Entre aulas com conteúdos que fazem parte dos programas presenciais do G4 Educação, o G4 Day teve como foco geração de demanda, geração de receita e relacionamento com clientes.

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Tallis Gomes apresentando abertura do programa presencial G4 Day do G4 Educação
O cofundador do G4 Educação, Tallis Gomes, durante a apresentação de abertura do G4 Day (Crédito: G4 Educação)

Reserva: o caminho do sucesso é o cliente

Abrindo os insights do dia, o cofundador da Reserva Rony Meisler falou sobre como a empresa construiu maneiras de se aproximar dos clientes, que se transformaram em processos e hoje integram a rotina dos vendedores nas lojas. “No início da Reserva, lá em 2006, a gente percebeu que o varejista não associava a venda ao cadastro de clientes. Então nós começamos com um caderninho em cada loja, anotando os contatos e as informações mais importantes dos clientes, porque a gente não tinha dinheiro para implantar uma solução mais robusta. E aí quando chegava um produto que o vendedor sabia que o cliente dele poderia gostar, ligava para avisar. Esse caderninho virou depois uma solução digital muito simples, em que o vendedor se logava de manhã e sabia tudo o que tinha de fazer”.

Leia mais: 7 lições de gestão com Rony Meisler 

Alfredo Soares (à esquerda) e Tallis Gomes (à direita), do G4 Educação, conversam com Rony Meisler (no centro), fundador da Reserva, no palco do G4 Day
Alfredo Soares (à esquerda) e Tallis Gomes (à direita), do G4 Educação, conversam com Rony Meisler (no centro), fundador da Reserva, no palco do G4 Day (Crédito: G4 Educação)


A criação dessa agenda para os executivos de vendas permitiu que, durante a pandemia, a empresa continuasse operando de maneira remota. “Esse sistema já fazia muito parte da cultura e uso dos times de vendas e é, em enorme parte, responsável por essa digitalidade da companhia”, afirmou Rony em sua conversa com Tallis Gomes e Alfredo Soares, cofundadores do G4 Educação. Segundo ele, até o início de 2020, a Reserva contava com 20% de suas vendas aconteciam em plataforma digital. “Hoje, 60% da nossa venda é digital ou influenciada digital, em que o vendedor entra em contato com o cliente para falar de ofertas, convidar a ver a nova coleção, pegar um brinde na loja. É a venda que aconteceu diretamente no online ou através do offline foi influenciada no digital. Tudo isso gera novas vendas e, principalmente, mantém o relacionamento com o cliente”.

Para o CEO da AR&CO, grupo que nasceu da fusão do Grupo Reserva com a Arezzo&Co, o ponto principal da omnicanalidade no varejo é entender que quem se tornou “omni” foram os consumidores. “A gente tem quase 3.000 pessoas aqui e isso significa que tem 5 mil lojas porque cada uma tem uma loja no bolso”, disse.

Leia mais: "O varejo tem que trabalhar com multiconsumidores", diz Alfredo Soares

Olhando para os próximos anos, Rony acredita que haverá um movimento de ligação da indústria com o cliente final. Ao montar suas próprias plataformas ou fazer venda direta em lojas, será possível encontrar produtos a preço menor, o que vai atrair o consumidor, e a indústria não terá que “carregar estoque”. Some-se a isso o fato de impulsionar a indústria nacional que, na visão de Rony, foi despriorizada. A Reserva se orgulha de que 97% de sua produção é feita no país, o que gera renda e emprego, e permite manobras mais rápidas. “É um ganha-ganha”, resume o CEO da AR&CO.

 “A indústria brasileira está atrasada em termos de tecnologia, tem ociosidade grande. Por outro lado, quando a gente olha para o mundo, em termos de valorização de moeda, o Brasil virou a China. Temos qualidade, distribuição, digitalidade, podemos exportar para o mundo todo e servir a todos os mercados. E a tecnologia vai evoluir, tem a Inteligência Artificial (IA) que vai automatizar as tarefas repetitivas. E em um mundo em que as tarefas básicas são automatizadas, o que é valor? Marca e experiência. Esse é o novo petróleo”.

Alexandre Baldy, Special Advisor da BYD Brasil, fala sobre os planos da montadora chinesa com Tallis Gomes, do G4 Educação (Crédito: G4 Educação)

BYD: eletrificação em marcha

Com presença no Brasil há dez anos, a empresa chinesa BYD começou a chamar atenção da maioria dos brasileiros com a chegada de seus veículos híbridos e totalmente elétricos. Convidado do G4 Day, Alexandre Baldy, Special Advisor da BYD Brasil, falou sobre os planos de longo prazo da empresa no país, que começaram lá atrás com produção e comercialização de painéis solares – hoje parte do pacote de quem compra os veículos mais caros. 

“A BYD é a marca que está democratizando o acesso ao elétrico”, afirmou Baldy em sua conversa com Tallis Gomes. A montadora está de olho na maior faixa de consumo de carros no país, os chamados “hatch compactos”. Para se diferenciar, a BYD oferece mais itens, acessórios e um preço competitivo. A montadora acaba de lançar no Brasil carregadores para uso doméstico e público.

O resultado já aparece nas vendas. Entre 2021 e 2023, a montadora vendeu 19 mil veículos. Somente no primeiro trimestre deste ano, a projeção é de vendas de 15 mil carros.

Para os donos de negócios presentes no G4 Day, o que chama a atenção é o quanto a BYD se planejou para esse movimento. O lançamento de carros no Brasil faz parte de um plano que já estava desenhado quando a companhia começou a vender painéis fotovoltaicos. “A BYD cresce vertiginosamente por causa desse planejamento estratégico”, diz Alexandre Baldy. “E ele é fundamental porque você terá o carregador, a bateria, as soluções integradas que te permitirão não só reduzir em cinco vezes o valor do seu custo, mas reduzir sua dependência”. Além do kit de energia solar, os clientes BYD ganham um kit com tomada para abastecer em qualquer lugar.

A montadora vai produzir alguns modelos no Brasil e para isso está fazendo um investimento de R$ 5,5 bilhões na Bahia. Com capacidade para produzir 150 mil carros por ano, a unidade de Camaçari (ex-Ford) será a maior fábrica da BYD fora da China. A previsão de início da produção é para o final de 2024 ou início de 2025.

A BYD vai lançar em breve sua nova versão do SUV Tan, modelo topo de linha, que foi exibido durante o G4 Day.

O fundador da Hotmart JP Resende fala sobre o crescimento da empresa com Tallis Gomes, no G4 Day (Crédito: G4 Educação)

Hotmart: como montar uma empresa de sucesso

“Você pode ter o melhor produto do mundo. Se você não souber botar esse negócio no mercado e fazer as pessoas comprarem, não adianta”. A frase é de João Pedro Resende, o JP Resende, cofundador e CEO da Hotmart, maior plataforma de ensino à distância da América Latina. Convidado pelos fundadores do G4 Day, JP Resende relembrou a trajetória da Hotmart, da primeira ideia ao primeiro investimento e a marca de US$ 10 bilhões em vendas de parceiros na plataforma.

Segundo o fundador da Hotmart, o grande aprendizado veio do negócio anterior que ele criou, a MobWorks. Ao confiar a parte de vendas para terceiros, uma vez que ele e o sócio Mateus Bicalho eram profissionais de Ciência de Dados, o negócio degringolou até fechar as portas. Isso fez com que, em sua segunda tentativa, João Pedro decidisse aprender Marketing, Vendas e o que mais fosse importante para a gestão de uma empresa. “Eu descobri marketing digital, descobri SEO, pay-per-click e fiquei bom nisso”, contou. Ele acabou se tornando um especialista no assunto e compartilhou esse aprendizado com outros empreendedores.

“A gente usou muito marketing de conteúdo. Pegávamos os cases, escrevíamos um post no blog, fazíamos tráfego para aquele post e tudo mais. Isso foi super importante para crescer”, explicou o CEO do Hotmart. “A outra coisa que fez bastante diferença foi construir parcerias com outras pessoas que também estavam interessadas em desenvolver o mercado junto com a gente”.

Desde 2015, o Hotmart promove um evento, o Fire Festival, em que reúne criadores de conteúdo. Segundo JP, o evento é “puramente uma ferramenta de algo maior, que é construir uma comunidade”. “Hoje, a gente chega nos eventos e tem pessoas tatuadas com o logo da empresa”, diz.

O trabalho do Hotmart em retenção faz com que a empresa não tenha de gastar todos os seus esforços em atrair novos clientes. “O meu cliente fica muito tempo porque o produto permite que ele saia de um nível de complexidade e sofisticação muito pequeno para chegar a um nível muito alto, usando a mesma plataforma”, explicou diante da plateia. “Claro, a gente usa também muita estratégia para long tail (cauda longa). De novo, você vai ver marketing de conteúdo. E fazemos isso em todos os países”.

A Hotmart está presente em seis países, mas atende criadores de conteúdo em 130 nações. A empresa já recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos e os sócios se orgulham de ter feito isso em seus próprios termos. JP Resende credita parte de seu aprendizado ao investidor holandês Kees Koolen, que foi CEO da Booking.com, e ofereceu ajuda e mentoria na hora da empresa dar o passo e se tornar global.

“O que eu considero um bom investidor? Primeiro tem que ser friendly com o fundador e com a equipe. Depois, eu gosto de investidor que já foi operador. O Kees se tornou investidor muito cedo e foi meu maior mentor até então de negócios. Ele entrou na empresa em 2013 e está até hoje”, diz o CEO da Hotmart.

Um dos paineis mais discutidos reuniu no palco Erich Shibata, CMO da Cimed, e Lisandro Lopez, CMO da XP Inc., com mediação de Bruno Nardon. Erich falou sobre como foi o processo de mudança de design e imagem da Cimed, que se transformou em um dos melhores cases de empresas brasileiras, e que diferenciou a companhia dos concorrentes. Lisandro contou como encontrou diferentes alavancas para trabalhar o perfil da XP.

O G4 Day contou ainda com verdadeiras aulas ministradas por Tallis Gomes e Alfredo Soares, para que os presentes tivessem ideia do conteúdo apresentado nos programas presenciais do G4 Educação, além de palestras de Edu Lyra, CEO da Gerando Falcões, Romero Rodrigues, fundador do Buscapé e investidor anjo, e de uma conversa entre Felipe Hatab, Allan Barros (Aceleraí) e Guilherme Azevedo (Alice).

G4 Day: geração de demanda, receita e relacionamento
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