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Estratégias de Black Friday: como transformar desconto em crescimento sustentável para sua empresa

9 min de leitura

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Maria Isabel Antonini

28 de out. de 2025 • Última atualização 11 de nov. de 2025 • 9 min de leitura

A Black Friday deixou de ser uma data puramente promocional para se tornar um dos momentos mais estratégicos do calendário empresarial. Muito além dos descontos, ela representa uma oportunidade de antecipar receita, conquistar novos clientes e fidelizar consumidores que já conhecem sua marca. No Brasil, o evento ganhou proporções únicas e se transformou em um fenômeno cultural e comercial.

Durante uma das aulas do G4 Educação, o mentor João Pedro Motta, investidor, empresário e especialista em growth, explicou por que a Black Friday é uma ferramenta de crescimento, não uma armadilha de margem:

“Ela é uma oportunidade para mexer ponteiro, não para queimar preço”.

O raciocínio é simples: quando usada com estratégia, a Black Friday permite que empresas vendam mais, gerem caixa e aumentem o lifetime value dos clientes. Mas, para isso, é preciso tratá-la como um projeto de negócio, e não apenas uma campanha de marketing.

Por que a Black Friday é tão importante para as empresas

A Black Friday é a data mais esperada pelo consumidor brasileiro. Segundo o Think with Google (2024):

  • 78% dos brasileiros pretendem comprar durante o evento;
  • Mais da metade começa a pesquisar preços semanas antes.

Essa antecipação é um sinal de maturidade do consumidor, que já não compra por impulso: ele compra por planejamento.

Compreender esse comportamento é essencial para desenhar estratégias que transformem o pico de consumo em crescimento sustentável.

Para as empresas, esse novo perfil representa uma oportunidade de entrar no radar do cliente antes dos concorrentes, especialmente quando há um planejamento de funil que antecipa a decisão de compra.

A Black Friday, portanto, não é sobre competir pelo menor preço, e sim por:

  • Atenção
  • Confiança
  • Conveniência

Três pilares que definem o sucesso das marcas mais bem avaliadas no período.

Como o novo comportamento do consumidor redefine a Black Friday

Pesquisas recentes do Opinion Box (2024) mostram que:

  • 54% dos brasileiros se planejam financeiramente para a Black Friday;
  • 43% admitem gastar acima do previsto, motivados pelo sentimento de oportunidade e escassez.

Esse comportamento tem uma natureza emocional clara. Enquanto datas como o Dia das Mães ou o Natal estão associadas à generosidade e ao afeto, a Black Friday é movida por um sentimento diferente: o do “eu mereço”. É o momento em que o consumidor compra para si mesmo, e esse impulso de auto recompensa precisa ser compreendido e respeitado pelas empresas.

Mais do que um gatilho de compra, trata-se de um indicador de desejo e pertencimento.

Marcas que reconhecem essa motivação conseguem criar narrativas mais autênticas, que conectam o emocional à razão e o desconto ao propósito.

Outro dado relevante mostra que 78% dos consumidores voltam a comprar de uma marca após uma boa experiência de Black Friday.

Isso comprova que o evento não é apenas uma oportunidade de aquisição, mas também uma ferramenta de retenção e fidelização.

Quando o cliente:

  • Se sente valorizado;
  • Entende a oferta como legítima;
  • Percebe clareza na comunicação.

Ele tende a retornar. É assim que uma venda pontual se transforma em um relacionamento de longo prazo, o verdadeiro objetivo de um crescimento sustentável.

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Black Friday vai além do varejo

A Black Friday não é exclusiva do varejo. Empresas de serviços, educação, tecnologia e até negócios B2B também podem aproveitar a data para:

  • Gerar demanda;
  • Antecipar receita;
  • Fortalecer o relacionamento com clientes.

O ponto central está em entender o comportamento do consumidor nesse período: ele está mais predisposto a comprar, mais receptivo a ofertas legítimas e mais atento a experiências de valor.

Isso cria uma janela estratégica para transformar intenção em oportunidade, independentemente do setor de atuação.

A Black Friday deve ser tratada como uma ferramenta de crescimento empresarial, e não apenas uma ação promocional. Quando usada com propósito e planejamento, ela permite acelerar resultados e construir relacionamentos duradouros.

Black November: por que o Brasil transformou a Black Friday em um mês inteiro

No Brasil, a Black Friday se expandiu e se tornou o chamado ‘Black November’. Em muitos setores, o volume de vendas começa semanas antes da sexta-feira oficial, antecipando grande parte do faturamento do mês.

Esse comportamento tem uma explicação clara:

  • O custo da mídia digital cresce de forma acelerada conforme o evento se aproxima;
  • Anunciar no fim do mês pode custar até 80% mais caro;
  • Muitos consumidores já comprometeram o limite dos cartões antes da data oficial.

Empresas mais maduras e estrategicamente preparadas antecipam suas ações:

  • Criam listas de espera;
  • Oferecem benefícios exclusivos para clientes fiéis;
  • Abrem campanhas de forma gradual, garantindo previsibilidade e eficiência.

Essa antecipação permite capturar a demanda antes da concorrência, reduzir custos com mídia e assegurar uma operação mais saudável e lucrativa.

O que realmente influencia a decisão de compra na Black Friday

Pesquisas do Opinion Box e do Think with Google mostram que os principais fatores que determinam a decisão de compra durante a Black Friday são:

  1. O desconto real: o consumidor amadureceu e reconhece quando a oferta é genuína. Reduções a partir de 20% são percebidas como vantajosas; abaixo disso, o impacto psicológico é mínimo.
  2. A qualidade do produto: o público valoriza reputação, durabilidade e alinhamento com o valor prometido.
  3. A experiência de compra e a confiança na marca: segurança, clareza e suporte influenciam diretamente a taxa de conversão.
  4. A conveniência de pagamento e entrega: quanto mais fluido o processo, maior a probabilidade de compra recorrente.

Entre os meios de pagamento, o Pix é o grande destaque.

De acordo com o Relatório Pix 2024, do Banco Central, ele já representa 35% das transações digitais no país, com taxa média de aprovação inferior a três segundos.

Por isso, a recomendação é simples: o melhor preço deve estar atrelado ao Pix. Essa estratégia aumenta a conversão, reduz custos operacionais e melhora o fluxo de caixa, sem comprometer a margem de lucro.

Os 5 objetivos que toda empresa deve definir antes da Black Friday

Toda campanha começa com clareza de propósito. A Black Friday pode atender a diferentes metas de negócio e entender qual delas faz sentido para a sua estratégia é o primeiro passo para garantir foco, eficiência e retorno.

Os cinco principais objetivos empresariais são:

  1. Aquisição de novos clientes: é o objetivo mais comum e também o mais custoso. Exige investimento em mídia, segmentação de audiência e clareza de mensagem. O foco deve ser gerar boas primeiras experiências, capazes de transformar compradores pontuais em clientes recorrentes.
  2. Reativação de clientes antigos: uma base adormecida é um ativo subutilizado. Clientes que não compram há meses tendem a responder bem a ofertas personalizadas e condições exclusivas. Reativar custa menos do que adquirir e tem impacto direto no lifetime value.
  3. Aumento do ticket médio: estratégias de cross-sell e bundles inteligentes elevam o valor por venda sem aumentar o custo de aquisição. A chave é oferecer combinações de produtos ou serviços que façam sentido para o cliente.
  4. Ganho de visibilidade: mesmo quando o foco não é lucro imediato, participar da Black Friday fortalece a lembrança de marca. É uma oportunidade para reforçar posicionamento, comunicar valores e manter presença de marca ativa.
  5. Manutenção de relevância competitiva: não participar pode significar ceder espaço para o concorrente ocupar a sua fatia de atenção. Estar presente — mesmo de forma estratégica e seletiva — demonstra consistência e autoridade de mercado.

Como planejar uma Black Friday realmente lucrativa

O segredo de uma Black Friday bem-sucedida está na antecipação.

As empresas que alcançam os melhores resultados não improvisam, elas planejam, testam e executam com antecedência.

Passos fundamentais:

  1. Crie uma campanha de pré-cadastro: capture leads antes da abertura oficial. Isso reduz o custo por aquisição e aquece o público.
  2. Abra as vendas antes da concorrência: Idealmente entre 5 e 9 de novembro. Essa prática, chamada early drop, pode garantir até 80% da meta antes da sexta oficial.
  3. Integre os times.: envolva marketing, comercial, operações, atendimento e logística. Times integrados reduzem erros e aumentam margens.
  4. Estruture um time de recuperação de carrinho: mais de 70% dos carrinhos online são abandonados. Recuperar apenas 10% desses casos pode gerar até 20% de aumento no faturamento sem investimento adicional em mídia.

O que fazer depois da Black Friday para manter o crescimento

O fim das promoções não é o ponto final da Black Friday, é o início de um novo ciclo de relacionamento com o cliente.

Quem comprou durante o evento já percorreu todas as etapas do funil de decisão e demonstrou confiança na marca. Por isso, monitorar o comportamento desse público nos meses seguintes é uma das ações mais valiosas do pós-evento.

Dados de mercado mostram que 78% dos consumidores voltam a comprar na mesma loja após realizarem sua primeira compra durante a Black Friday. Isso comprova que o evento não é apenas um pico de vendas, mas uma porta de entrada para a fidelização.

A análise de cohort, que agrupa os clientes de uma mesma “safra” (como os que compraram na Black Friday), permite acompanhar o comportamento de recompra ao longo do tempo.

Com ela, é possível entender quais campanhas geraram clientes mais leais, medir o impacto real da Black Friday no lifetime value (LTV) e projetar o retorno sobre o investimento (ROI) da campanha.

A recomendação é simples: use a Black Friday para construir relacionamento, não apenas para vender.

Empresas que tratam o evento como uma oportunidade de criar vínculo e oferecer uma experiência de compra memorável colhem resultados consistentes nos meses seguintes.

Transformar compradores pontuais em clientes fiéis é o que garante crescimento previsível e sustentável, o verdadeiro objetivo de uma estratégia de longo prazo.

Por que a Black Friday é sobre estratégia e não apenas sobre desconto

A principal lição da Black Friday é entender que o desconto, isoladamente, não constrói valor.

O que diferencia uma campanha de sucesso é o método, a forma como a empresa planeja, executa, mede e aprende com o processo.

Mais do que uma ação de vendas, a Black Friday deve ser tratada como um acelerador estratégico: uma oportunidade para fortalecer a marca, gerar previsibilidade e testar novas abordagens comerciais.

Cada dado coletado, cada comportamento analisado e cada interação pós-compra formam a base de um ciclo de aprendizado contínuo que sustenta o crescimento ao longo do ano.

A verdadeira maturidade operacional está em tratar a Black Friday como um processo, não como um evento.

Quem aplica essa mentalidade transforma o pico de novembro em uma vantagem competitiva duradoura, crescendo com inteligência, e não apenas com desconto.

De evento a processo: como transformar novembro em crescimento previsível

A Black Friday é o melhor espelho da maturidade de uma empresa. Ela revela se há estratégia, processo e clareza de execução.

Empresas que a tratam como um projeto contínuo conseguem transformar desconto em crescimento sustentável. Antecipam receita, aumentam margem e constroem relacionamentos duradouros com o cliente.

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No fim, o sucesso da Black Friday não está em vender mais, mas em vender melhor.

Trata-se de equilibrar preço, propósito e experiência, e de entender que cada venda pode ser o início de uma relação de longo prazo.

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