CEO vem do inglês e se pronuncia CI-I-O. A sigla significa Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo. Sua função varia de acordo com o tamanho, tipo e estrutura da empresa, mas está intimamente relacionada à prosperidade do negócio.
O CEO é o executivo-chefe de uma empresa e é responsável pelas operações globais da empresa. O CEO lidera a estratégia da empresa, supervisiona as finanças e as equipes de gerenciamento e é o principal porta-voz da empresa para o mercado.
"O papel do CEO vai muito além de representar a companhia para o mercado, já que sua atuação também está ligada com a gestão da equipe e dos processos – e, consequentemente, seu sucesso."
O que faz um CEO? Para alguns, esta é uma pergunta simples de responder, especialmente para quem atua nesta função ou já tem muito conhecimento sobre ela. Porém, não é raro encontrar quem não saiba exatamente qual é o papel do CEO – o que pode acontecer até mesmo com alguns deles.
Inclusive, cabe ressaltar que não há demérito algum em não saber exatamente o que esses profissionais fazem. De acordo com uma pesquisa da EgonZehnder, apenas 32% dos CEOs sentiram-se totalmente preparados para assumirem o cargo, contra 48% que estavam relativamente preparados.
A pesquisa ainda trouxe algumas citações em relação aos aspectos do processo de sucessão que poderiam ter sido melhores. Confira:
Essa última citação já ajuda a entender melhor o que faz um CEO de uma empresa, mas há vários outros pontos que podem ser destrinchados para facilitar a compreensão deste papel. Afinal, a evolução é um processo contínuo.
A mesma pesquisa mostrou que 54% dos CEOs concordam que a transição para esta função demandou um período intenso de reflexão pessoal, ou seja, o aprendizado é constante.
Ao entender com maior riqueza de detalhes um CEO faz, você saberá melhor o que esperar de seu CEO e poderá até ajudá-lo com feedbacks construtivos, além de, é claro, preparar-se pessoalmente para assumir este papel em algum momento da sua carreira, seja em um futuro próximo ou distante.
Leia mais: Co-CEO: o que é e como funciona esse modelo de gestão de empresas?
Esses são dois C-Levels com nomes parecidos, mas as funções são bem diferentes, pois CEO corresponde a Chief Executive Officer, enquanto COO corresponde a Chief Operating Officer. Logo, o CEO é o diretor executivo, enquanto o COO é o diretor operacional.
Em suma, o CEO é responsável pela estratégia e pela visão da empresa, além do foco na direção, na gestão dos investidores e do mercado como um todo. Sua atuação se dá mais “da porta para fora” da companhia.
O COO, por outro lado, é responsável pelo estratégico-tático, pelos processos e pelas entregas da empresa, além do foco no ritmo e na velocidade de execução. Sua atuação, logo, se dá mais “da porta para dentro” da companhia.
A CEO do G4 Educação é Maria Isabel Antonini, enquanto o COO é Renato Barros, ambos vitais para o funcionamento da empresa, mas com papéis diferentes.
As funções que veremos a seguir ajudarão a esclarecer ainda mais essas diferenças.
Embora seja difícil definir as atribuições de um CEO em uma lista, já que elas podem variar significativamente de acordo com cada empresa e seu estágio de maturidade, alguns papéis se consolidam entre os principais e, portanto, merecem ser destacados, como os seguintes:
Esta é uma definição mais ampla, já que o sucesso depende muito de cada companhia. Por exemplo, atingir um faturamento anual de US$ 1 bilhão é um sonho bastante distante para várias empresas, mas não para a Coca-Cola, que faturou por volta de US$ 33 bilhões em 2020, de acordo com o portal Statista.
Porém, é interessante destacar uma pergunta feita na pesquisa da EgonZehnder, que foi a seguinte, em tradução livre:
“Além de construir um negócio de sucesso, quais dois entre os seguintes objetivos de trabalho são os mais importantes para você?”
Logo, subentende-se que este é o principal objetivo de qualquer CEO e que, por isso, merece abrir a lista.
Construir um negócio de sucesso é muito importante, mas garantir seu sucesso a longo prazo pode ser ainda mais difícil. Logo, um bom CEO precisa pensar nos próximos passos para poder tangibilizá-los e, assim, definir o que será feito para chegar lá.
Quando foram apontadas as diferenças entre CEO e COO, foi citado que o CEO tem um papel estratégico, o que se aplica bem no planejamento do que será feito no futuro para atingir e manter resultados cada vez melhores.
Sem dúvidas, uma das maiores riquezas de qualquer negócio é a sua cultura organizacional. Quando ela é bem definida e seguida por toda a equipe, torna-se muito mais fácil atingir as metas e objetivos propostos para o curto, médio e longo prazo.
Sendo essa uma responsabilidade tão grande, o profissional ideal para assumi-la é o CEO, já que ele conhece bastante sobre a empresa por sua vivência e, então, torna-se capacitado para tal.
Há empresas que se destacam muito por sua cultura, como é o caso do Nubank. Inclusive, entre as lições de cultura empresarial de acordo com David Vélez, fundador da empresa, destacam-se as seguintes:
Um bom planejamento de cultura e uma execução assertiva tendem a fazer com que a empresa seja muito mais bem-sucedida.
Toda empresa deve ter seus objetivos, que são aquilo que ela deseja alcançar. No G4 Educação, por exemplo, o BHAG da empresa é ajudar a gerar 1 milhão de novos empregos por meio dos alunos até 2030.
Este é um objetivo de longo prazo, mas até que se chegue lá, há vários outros objetivos de curto e médio prazo, os quais devem corroborar para que seja possível atingir aqueles que estão mais distantes.
Como o objetivo afeta a toda a empresa, a qual deve empenhar-se para atingi-lo, cabe ao CEO definir tais objetivos de modo que todos os vetores dentro da companhia estejam voltados à mesma direção, o que diminui atritos e aumenta a eficiência.
Além de definir o que deve ser feito, o CEO também tem o papel de mostrar como se chegará até aquele objetivo, algo como uma rota traçada no mapa.
Cabe destacar que por mais que um objetivo seja bom, nada impede a existência de mudanças de rota no meio do caminho – o que, inclusive, é natural. Porém, caso isso aconteça, toda a organização deve saber do que foi definido para que também possa navegar na mesma direção.
Uma metodologia que está diretamente relacionada com isso é a de OKR (Objectives and Key Results), que define tanto o que será escolhido como objetivo quanto como se chegará até ele.
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Na comparação entre CEO e COO, foi citado que o primeiro é responsável pela parte estratégica, enquanto o segundo está ligado ao estratégico-tático. Vale entender a diferença entre os termos para saber o que de fato eles querem dizer.
A estratégia refere-se à organização de maneira geral, com objetivo de atingir os objetivos da empresa mais para o longo prazo. Aqui no G4 Educação, por exemplo, o CEO tem como uma das atribuições o cumprimento do BHAG da empresa.
O COO, por sua vez, está no estratégico-tático, ou seja, também é orientado pela estratégia, mas precisa fazer o tático tornar-se realidade, que consiste na implementação da estratégia definida por meio de tarefas e atividades de curto prazo.
Além de definir as estratégias, é importante que o CEO as revise constantemente, já que elas podem mudar com o passar do tempo. A pesquisa da EgonZehnder indica que 79% dos CEOs entrevistados concordam que precisam da capacidade de se transformar e de também transformar suas organizações.
Com boas estratégias, o objetivo é chegar da melhor maneira possível aos objetivos que foram traçados.
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Não há como falar sobre o que faz um CEO sem pensar em sua importância na seleção de talentos para a companhia. Porém, este é um ponto que merece uma explicação mais detalhada para não transmitir uma imagem equivocada.
Quando pensamos em empresas com equipes menores (por exemplo, em torno de 15 colaboradores), talvez o CEO pudesse participar dos processos de contratação, quer com sua participação nas entrevistas ou mesmo com sua anuência para a seleção dos talentos.
Porém, quando pensamos em organizações maiores, com dezenas, centenas ou até milhares de colaboradores, é humanamente impossível que ele participe de todos os processos, o que impediria que ele conseguisse desempenhar outras funções importantes.
Logo, cabe destacar aqui que o CEO tem papel fundamental na seleção de colaboradores estratégicos, como aqueles de C-Level, por exemplo, os quais terão um relacionamento direto com ele e estarão diretamente responsáveis por executar as estratégias e também o planejamento tático.
Além disso, ao contratar bons C-Levels, com toda a capacidade necessária e um bom fit com a cultura da empresa, o CEO saberá que as contratações feitas por tais profissionais serão bastante assertivas, contribuindo para o sucesso do negócio.
O tema, inclusive, está relacionado com o modelo de cultura de gestão libertária implementado por Tallis Gomes no G4 Educação, na Singu e na Easy Taxi, que diz que o papel do CEO é garantir a contratação de talentos e as ferramentas para que eles exerçam suas funções sem maiores dificuldades.
Voltando novamente à ótima pesquisa da EgonZehnder, quando os CEOs foram perguntados sobre o que poderia ser melhorado em seu processo de sucessão, uma das respostas, já destacada anteriormente, menciona que o cargo de CEO não é operacional.
De fato, sua atuação é muito mais estratégica, ao passo que a execução fica a cargo de outros colaboradores. Porém, isso não significa que ele não está apto a auxiliar a equipe, especialmente quando pensamos em um modelo hierárquico mais horizontalizado.
É claro que não é possível que o CEO ajude com todas as atividades, já que isso impediria o exercício de suas funções estratégicas a contento, mas seu auxílio também é importante para que a equipe possa caminhar adequadamente.
Isso, inclusive, aproxima a figura do CEO de toda a equipe, proximidade que é bastante importante. Quando o oposto acontece, isso costuma ficar claro para os colaboradores: dados de uma pesquisa da APPrise Mobile mostram que 23% dos entrevistados não tinham certeza do nome de seus CEOs.
O objetivo é atingir as metas propostas, mas a análise do progresso deve ser feita de maneira contínua e progressiva. Deixar para que tal análise seja feita apenas quando se está chegando próximo ao deadline desses objetivos não é uma boa escolha.
Isso acontece pelo fato de que mudanças de rota podem ser necessárias. Se o primeiro planejamento não trouxe bons resultados, então é preciso pensar em diferentes alternativas para continuar avançando, já que várias circunstâncias internas e externas podem afetar a execução.
Mesmo que a coleta dos dados não seja feita diretamente por ele, um bom CEO analisa os resultados de desempenho e progresso e pensa, junto com sua equipe estratégica, o que pode ser feito para melhorar e não ficar à mercê da causalidade.
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O livro “O lado difícil das situações difíceis: Como construir um legado quando não existem respostas prontas” traz uma série de atribuições e responsabilidades para os CEOs. Uma delas é justamente lidar com as responsabilidades e pressões envolvidas com a administração de uma empresa.
A dificuldade é parte inevitável da gestão, pois passa pelo estresse e pela tomada de decisões complicadas tomadas pelos gestores. Inclusive, se isso não for administrado corretamente, da gestão de tempo à delegação de responsabilidades, as consequências podem afetar até a saúde física e mental do CEO.
É fato que a dificuldade é bem exaustiva, mas é nesses momentos que alguns líderes manifestam ainda mais força. Além disso, tais desafios não precisam ser encarados apenas por ele, mas devem ser distribuídos com sua equipe.
Por melhor que seja a execução dos papéis de um CEO, haverá momentos em que as coisas darão errado. Neste caso, surge outra grande dificuldade, mas também uma responsabilidade: a de comunicar o que aconteceu de maneira clara e direta.
É difícil assumir este papel, mas ser honesto e transparente ajuda a encontrar uma solução mais rápida, já que a equipe terá pleno conhecimento do que aconteceu e, por isso, conseguirá pensar em soluções assertivas.
Cabe destacar também que é muito melhor transmitir essas mensagens diretamente do que a equipe ficar sabendo por algum terceiro, o que pode minar a credibilidade do CEO para com a sua equipe.
Outra atividade que um CEO faz é demitir colaboradores, especialmente quando falamos sobre aqueles que ocupam posições estratégicas, já que dependendo do tamanho da equipe, essa é uma atividade que já fica a cargo dos responsáveis de cada área e da equipe de RH.
Quando pensamos no conceito de gestão de pessoas e, mais além, de gestão estratégica de pessoas, o melhor cenário possível seria sempre acertar nas contratações. Porém, não é isso que costuma acontecer – e, na verdade, faz parte do processo, já que toda empresa quer ter consigo os melhores talentos.
Logo, o CEO deve assumir a responsabilidade de demitir aqueles que não apresentaram os resultados esperados, que demonstraram desalinhamento com a cultura da empresa ou que passaram por qualquer outro tipo de situação indesejada.
Além da demissão em si, ele também deve assumir a responsabilidade de ter contratado alguém que não foi o colaborador ideal – e também não há problema algum nisso. Afinal, se todas as contratações fossem perfeitamente assertivas e precisas, ninguém jamais seria demitido, o que é um cenário utópico.
Se já não é a mais fácil das atividades contratar os melhores talentos, é importante pensar em esforços que aumentem as chances de atrair essas pessoas para o seu time, e um deles é justamente construir uma empresa que chame a atenção de quem está no mercado.
De fato, quando se constrói uma empresa desejável, até mesmo quem já está empregado em outra organização terá o desejo de fazer parte da sua equipe, seguindo uma cultura forte e bem estabelecida.
Para tal, algumas dicas são bem importantes, como as seguintes:
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Depois de conhecer essas atribuições fundamentais para todo CEO, você já tem um caminho a seguir para conseguir fazer o melhor trabalho possível. Não é simples, mas se você ocupa esta posição ou está em vias de ocupá-la, várias pessoas já devem ter visto suas habilidades, capacidades e potencial.
Porém, além da aplicação de toda essa teoria, vale também recorrer à absorção de conteúdos práticos, transmitidos por quem realmente entende do assunto e pode orientar outros CEOs a potencializarem suas carreiras.
A seguir, trazemos alguns inputs para quem deseja se tornar um CEO e um líder ainda melhor:
Desenvolver uma visão e uma estratégia claras
Como CEO, é fundamental ter uma visão clara do futuro da empresa e uma estratégia bem definida para alcançá-la. Trabalhe para articular essa visão e estratégia de forma clara para todos stakeholders (as partes interessadas), inclusive funcionários, investidores e clientes.
Aprimorar as habilidades de comunicação
A comunicação é fundamental para uma liderança que faz a diferença. Concentre-se em aprimorar as habilidades de comunicação verbal e escrita para garantir que suas mensagens sejam claras, concisas e inspiradoras. Comunique-se regularmente com os colaboradores para mantê-los informados e motivados.
Capacitar e delegar
Um bom líder sabe como capacitar e dar autonomia a sua equipe e delegar tarefas de forma eficiente. Confie nos membros da sua equipe para que assumam novas responsabilidades e forneça a eles o apoio e os recursos necessários para que tenham sucesso. Quanto mais puder fazer com que se sintam donos da empresa, melhor.
Liderar pelo exemplo
Seja um modelo para seus colaboradores, demonstrando os valores e os comportamentos que você espera deles. Dê o exemplo em termos de ética de trabalho, integridade e compromisso com a missão da empresa.
Adotar a mentalidade de aprendizado contínuo
O cenário dos negócios está em constante evolução, portanto, é essencial que um CEO adote o aprendizado contínuo e se mantenha atualizado sobre as tendências do setor, as práticas recomendadas e as tecnologias emergentes. Invista em seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional para se manter à frente da concorrência.
Construir uma cultura forte na empresa
A cultura da empresa desempenha um papel significativo na satisfação, retenção e desempenho geral dos colaboradores. Como CEO, promova uma cultura organizacional positiva e inclusiva em que os funcionários se sintam valorizados, respeitados e motivados a se destacar.
Tomar decisões de forma estratégica
Desenvolva habilidades sólidas de tomada de decisão reunindo dados relevantes, analisando possíveis resultados e considerando as implicações de longo prazo de suas escolhas. Tome decisões que estejam alinhadas com as metas e prioridades estratégicas da empresa.
Abraçar a inovação e a adaptabilidade
No atual ambiente de negócios em que há uma constante mudança, a inovação e a adaptabilidade são essenciais para o sucesso. Incentive uma cultura de inovação dentro da organização e esteja disposto a se adaptar às mudanças nas condições do mercado e às necessidades dos clientes.
Atrair talentos para formar grandes equipes
Cerque-se de pessoas talentosas e que pensam de maneira diferente da sua para complementar seus pontos fortes e fracos. Forme uma equipe de alto desempenho que esteja alinhada com a visão e os valores da empresa.
Colocar o foco na gestão dos stakeholders
Desenvolva relacionamentos sólidos com os principais stakeholders, incluindo funcionários, clientes, investidores, fornecedores e órgãos reguladores. Entenda suas necessidades e preocupações e trabalhe para atendê-las de forma eficaz.