Assim como as dinâmicas de trabalho, as formas de liderar uma equipe também vem sofrendo modificações nos últimos anos. Os profissionais do novo mercado de trabalho estão mais exigentes e voláteis, exigindo um ambiente de trabalho estruturado e acolhedor. Contudo, como ser um bom líder neste novo cenário profissional que vem sendo formado
Durante muito tempo, a ideia de uma boa liderança era pautada em um gestor que tinha autoridade máxima sobre os membros da equipe. Por mais que este formato possa ter funcionado em algum momento, muitos perceberam que esta forma de liderar, muitas vezes agressiva, trazia consequências que eram refletidas até no desempenho da empresa.
Dito isso, foi preciso traçar um novo caminho, formando líderes mais compreensíveis e empáticos que enxergassem a equipe como pessoas e não como “máquinas”.
Para aprofundar um pouco mais este tópico, a partir da experiência adquirida a frente de empresas como Klivo, Zeever e Payleven, além de cargos de gestão em organizações como Nubank e Oi, mostrarei alguns caminhos e boas práticas de como ser um bom lider no trabalho que podem ser aplicadas no dia a dia de um gestor.
Essa experiência foi fundamental para que eu, além de compreender a importância sobre inovação e adaptabilidade a novas tendências, desenvolvesse uma visão transformadora sobre liderança ao longo dos anos.
Antes de entender a importância, é preciso compreender o conceito. Afinal, o que de fato é ser líder?
De uma forma bem direta, o líder é o profissional responsável por gerir e conduzir um ou vários setores que são formados por um grupo de colaboradores. No entanto, a liderança é muito mais do que simplesmente assumir o cargo, delegar funções e acompanhar os resultados.
É necessário ir além e compreender que a liderança é uma construção diária, tendo como base a comunicação, o respeito e a compreensão da individualidade do outro. Este entendimento é o começo da elaboração de uma visão mais clara de como ser um bom lider no trabalho.
Dito isso, é importante pontuar que não existe apenas um tipo de liderança, mas quando uma empresa consegue ter uma consciência mais elaborada sobre esta questão, o ambiente de trabalho muda, tornando-se um local inspirador e com uma baixa rotatividade de bons funcionários.
Logo, isso também terá reflexo direto no comprometimento da equipe, aumentando a produtividade e, consequentemente, fazendo com que a empresa tenha um bom retorno financeiro.
Os pontos citados serão fundamentais para que novas oportunidades sejam criadas, fazendo com que a organização tenha um crescimento constante, onde todos serão beneficiados.
Essa é uma pergunta que muitos fazem em busca da resposta perfeita, principalmente profissionais que assumem cargos de gestão. De fato, a resposta pode ser um pouco complexa diante da diversidade de empresas existentes, mas é possível encontrar pontos em comum que podem ser aplicados em grande parte delas.
Neste caso, Ram Charan, consagrado consultor de negócios, desenvolveu um modelo de desenvolvimento de líderes estruturados em seis etapas fundamentais, também conhecida como “Pipeline de Liderança”.
Charan acredita que bons líderes podem ser formados, ou seja, as características que envolvem um gestor de sucesso não são inatas e todos são capazes de passar por um processo de evolução. Este pensamento serve de incentivo não só para o desenvolvimento de novos líderes, mas também para as novas formas de gestão.
Por isso, é importante sempre estudar e passar por diversos processos de atualização, pois assim o profissional será capaz de juntar todo o conhecimento adquirido e levá-lo para a realidade da sua empresa.
Partindo da ideia que um líder capacitado pode ser construído, existem ensinamentos fundamentais que podem ser transformados em ações que irão otimizar o dia a dia da gestão das empresas e auxiliar os gestores sobre como ser um bom lider de equipe.
É sempre bom entender que processos adaptativos para a realidade da empresa são necessários, além do fato de que cada organização deve moldar e criar os seus princípios, que podem ter como base a experiência e os aprendizados adquiridos com o tempo.
Logo, o ideal é entender a essência dos ensinamentos e utilizá-las como direcionamento para a evolução de acordo com Marcelo Toledo.
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Um bom líder é formado pelo hábito e, diante disso, é necessário criar práticas/rotinas que sejam voltadas para o crescimento pessoal e profissional do gestor e de toda a equipe que ele lidera.
É bastante comum que líderes, durante a sua rotina de trabalho, mantenham o foco apenas nos resultados. Apesar dessa observação constante ser fundamental para o rendimento da empresa, é imprescindível entender que as metas serão cumpridas a partir de ações feitas pela equipe.
Por isso, além de analisar os resultados, também é preciso ter um olhar construtivo e individual para cada membro do time. O ideal é prestar atenção nos diferentes comportamentos e nas variadas formas de realizar as atividades, ou seja, identificar como cada indivíduo age nas diversas situações do cotidiano.
O hábito de observar dá a oportunidade de mapeamento dos comportamentos que podem estar impactando negativamente a evolução do projeto, abrindo espaço para feedbacks construtivos.
Esta identificação das particularidades de cada funcionário fará com que o gestor entenda as dificuldades e os sonhos de cada um, podendo então ajudá-los a trilhar caminhos de realizações profissionais e, às vezes, até pessoais.
Em 22 anos trabalhando e lidando com pessoas, que não existe algo que seja completo suficiente, pois sempre haverá algo a ser questionado.
É bastante desafiador identificar se um profissional está pronto para exercer a posição de líder. Por mais que existam livros, cursos e metodologias que são indispensáveis, não existe nada melhor do que a prática. Por isso, será necessário aproveitar todas as oportunidades que o mercado de trabalho oferece para colocar em prática o que foi aprendido até agora.
O tempo de experiência é muito importante para entender o funcionamento da liderança, mas existe um fator muito importante nesta trajetória: a análise dos passos utilizando as falhas e os acertos como aprendizado.
Colocar “a mão na massa” será fundamental para verificar os desafios e as lacunas de habilidades.
Para aprender a como ser um bom lider de equipe é importante ter em mente que a comunicação é peça útil em todo o processo. Quem assume um cargo de liderança deve trabalhar a forma como se comunica com a sua equipe.
Deve-se criar caminhos para que a conversa seja objetiva e seja composta por uma reciprocidade na troca de informações, uma vez que cada indivíduo vive em um mundo mental repleto de crenças e medos que devem ser respeitados.
A comunicação eficaz acontece a partir do momento que o líder consegue ouvir além das palavras, entendendo que cada indivíduo tem uma forma de lidar com as situações e que cada um pode estar vivendo situações delicadas internas que estão interferindo na realização do trabalho.
Esta comunicação mais profunda é também uma excelente maneira de descobrir se os liderados estão de acordo com a cultura e com os objetivos da empresa.
A pluralidade das empresas faz com que os jovens e os mais experientes se encontrem no mesmo ambiente. Logo, não é incomum que um gestor jovem tenha, entre os membros da sua equipe, pessoas mais velhas porém com ampla experiência.
Nesses casos, os líderes mais jovens devem ter uma postura profissional, buscando formas de inserir novas metodologias ou tecnologias nas atividades do time. De modo geral, não existirá diferença entre liderar uma equipe completamente jovem e outra com algumas pessoas que já estão inseridas há mais tempo no mercado de trabalho.
O ponto crucial será entender se existem fatores que estejam bloqueando essas pessoas de avançarem na carreira, para assim criar formas de fazer com que elas consigam progredir. Além disso, também pode ser útil aproveitar a experiência dessas pessoas e, ao realizar questionamentos direcionados, obter novos pontos de vista e absorver novos aprendizados.
O bom gestor também traz a sua contribuição para receber novas visões de trabalho e de resolução de problemas. Contudo, o que deve ser feito para que isso aconteça?
A dica para contribuir e receber é realizar bons questionamentos que estimulem a que equipe a se sinta confortável em trazer novas ideias.
É preciso explorar esses novos pensamentos e extrair informações que mostrem como eles surgiram. Ao fazer isso, mesmo que a ideia não seja suficiente para otimizar a busca pela solução de um problema, o caminho até a sua formação terá bons gatilhos que servirão de apoio e direcionamento do projeto.
Todas as pessoas que estão próximas de um problema costumam ficar cegas de algum canto. Você, como líder, deve fazer as perguntas que façam com que essas pessoas enxerguem esses gaps.
O primeiro passo para colocar todas as dicas em prática é estar preparado para se tornar um bom líder, ou seja, ter a mente aberta a novos processos, metodologias e, principalmente, a adaptações de acordo com Marcelo Toledo.
Este preparo, além da experiência adquirida durante a jornada de trabalho, pode ser ainda melhor tendo uma base de conhecimento. Esse conhecimento fará com que o líder tenha um direcionamento adequado para realizar testes e mapear o que é possível absorver e aplicar dentro da sua realidade.
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