Assumir riscos é parte do dia a dia de quem está à frente de uma companhia. As vantagens para empresas que assumem riscos são grandes: encontrar uma estratégia que funcione para seu negócio e que ninguém ainda tenha aproveitado. Se a estratégia for bem-sucedida, a empresa conta com uma dianteira para explorar um mercado ou nicho, pelo menos por algum tempo.
Há vários frameworks que são usados para analisar riscos que um fundador, diretor ou CEO precisa pesar, antes de tomar uma decisão. Entre eles está o modelo criado por Robert S. Kaplan, professor emérito de Desenvolvimento na Harvard Business School, e Anette Mikes, da Universidade de Oxford. Nesse modelo, há três categorias de risco: evitáveis, estratégicos e externos.
Riscos Evitáveis. São monitorados e controlados por meio de regras, valores e ferramentas de conformidade padrão.
Riscos Estratégicos. Exigem processos para incentivar gestores a discutir riscos abertamente e encontrar maneiras de reduzir as chances de que esses eventos aconteçam.
Riscos Externos. Exigem processos distintos para fazer com que os gestores estejam abertos a discutir riscos e pensem em maneiras econômicas de mitigar consequências de eventos de risco ou diminuir a probabilidade de que ocorram.
A partir dessa classificação de riscos, as empresas podem definir ou adaptar seus processos para fazer a gestão de riscos.
A consultoria internacional Odgers Berndtson traz um framework que pode ser usado para líderes que precisam desenvolver coragem para assumirem riscos. Passa pelos seguintes pontos: reflexão, escuta ativa, capacidade de aprendizagem e abertura.
Reserve um tempo para refletir
As equipes precisam detectar as ameaças de risco em suas áreas, entender suas vulnerabilidades para então traçar uma estratégia de resposta. Conforme a ameaça, esse processo tem que ser feito com muita agilidade, por isso o mais importante é ter um plano estratégico pronto para várias situações. E sempre que o risco tenha sido contigo ou mitigado, é fundamental reservar um tempo para refletir sobre o que funcionou, o que poderia ser melhor, o que cada um aprendeu. Para os líderes, é uma oportunidade única de melhorar e se desenvolver.
Ouça seu time com atenção
Uma vez que as áreas de vulnerabilidade foram mapeadas, crie uma equipe para acompanhar de perto esses pontos. Aqui, uma habilidade muito importante é a comunicação clara e transparente. Os bons líderes estruturam mentalmente e anotam os principais pontos que querem discutir para que não deixem nada de lado. Se a comunicação não for seu ponto forte, é importante definir um chefe de equipe que tenha essa capacidade. Ouça atentamente a pessoa que ocupa essa posição e realize pesquisas de pulso regularmente para garantir que os pontos de contato com os colaboradores vão trazer insights para proteger mais o negócio.
Faça da aprendizagem uma prioridade
Uma das características mais valorizadas pelas companhias é a habilidade de aprender. Os líderes devem fazer disso um elemento em suas vidas, buscando conhecimento de diferentes maneiras para continuar a crescer pessoal e profissionalmente. Compartilhar o conhecimento com as equipes é uma maneira de fazer com que todos tenham as mesmas ferramentas para abordar um possível risco. E trazer diferentes soluções.
Amplie sua visão e a maneira de abordar problemas
Em muitos momentos, os líderes precisam focar em determinados problemas para se certificar de que a solução proposta cobre todos os pormenores. Mas quando se trata de evitar riscos, é importante fazer um esforço para evoluir e sair da zona de conforto. Sem uma abordagem mais ampla, você pode ignorar a oportunidade de aprender com a experiência de um colaborador ou colega, ampliar o que considera habilidades essenciais para talentos ou ainda entender melhor as necessidades de cada pessoa do time. Ter essa visão pode ajudar a atrair e manter talentos dentro da empresa.
