Comprometido com a transformação da educação empreendedora do Brasil e as incertezas do período em que vivemos, a série de talks “Gestão em Tempos Turbulentos” foi criada pelo G4 Educação.
Assim como visto nos insights do 1º dia de evento, sobre o cenário macroeconômico global e nacional, com a participação de Tallis Gomes (cofundador e chairman do G4 Educação) Florian Bartunek (sócio-fundador da Constellation Asset Management) e André Portilho (sócio e diretor de Ativos Digitais do Banco BTG Pactual e Head da Exame Academy) e nos insights do dia 2, sobre o cenário de polarização nacional, ainda com Tallis Gomes, Tay Dantas (Sócia, Diretora de Marca e Marketing de Produto do G4 Educação) e Marcos Do Val (senador da República pelo Estado do Espírito Santo, eleito o 2º melhor parlamentar do Brasil e melhor senador pelo ranking dos políticos, ex-instrutor da SWAT nos EUA e empreendedor), é possível liderar com maior previsibilidade em tempos de incertezas.
Pensando nisso, após entender as nuances da era em que vivemos, Luccas Riedo (CEO do G4 Educação) e Manoel Lins (Consultor Sênior na Auddas, ex-LATAM na Nokia e Grupo Technos, formação em Estratégia e Finanças em Harvard, experiência como alto executivo na indústria, varejo e e-commerce) debateram, neste terceiro episódio, como empreendedores devem pensar em seu planejamento estratégico empresarial para tomarem melhores decisões na adversidade.
Riedo chamou a atenção para o fato de que em março de 2020, no momento inicial da pandemia, o business do G4 era preponderantemente baseado em seus eventos e imersões presenciais. Como consequência, durante esse período, a receita da companhia caiu quase 92%.
Nesse instante, foi necessário parar para realizar um planejamento estratégico capaz de ajudar a (re)construir os rumos do negócio. Assim, ao entender as fortalezas, fraquezas e ambições da empresa, foi possível agir com assertividade e voltar a crescer de maneira sustentável.
Vejamos, então, as principais lições e dicas desse talk para atravessar os acontecimentos atípicos e sobreviver ao mercado com saúde e caixa.
Se você deseja acessar o conteúdo dos talks, inscreva-se gratuitamente na "Plataforma G4", acesse a série "Guia do gestor para tempos turbulentos" e aprenda a conduzir sua companhia mesmo em cenários desfavoráveis e incertos.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
De fato, a Teoria da Evolução tem tudo a ver com a sobrevivência das organizações nos moldes vistos na atualidade. Afinal, não é o mais rápido e nem o que tem mais recursos que encontrará as melhores oportunidades e avenidas de crescimento, mas aquele com maior capacidade de adaptação.
Há uma verdade simples na vida e no mundo dos negócios: nada é para sempre. Se você deseja alcançar o sucesso como empreendedor, é fundamental estar por dentro das tendências de mudanças do ambiente em que está inserido, entendê-las e reagir rapidamente quando necessário. Sem essa plasticidade, você pode ter sérios problemas na sua trajetória.
Segundo Lins, o planejamento estratégico empresarial pode ser resumido como o conjunto de ações capazes de te levar de um ponto A e ir em direção a um ponto B.
Por isso, antes de mais nada, é primordial que se entenda onde você está hoje, para que seja possível definir os rumos do seu negócio. Assim, o diagnóstico da situação atual é o ponto de partida para a criação desse roteiro que a sua organização seguirá nos próximos anos.
Com uma missão definida, metas e objetivos claros e uma cultura organizacional alinhada, torna-se muito mais fácil a realização do trabalho.
Portanto, dentre as várias metodologias existentes, o modelo escolhido não deve engessar o seu escopo de atuação, mas permitir que a sua gestão esteja mais ágil e preparada para os desafios e revisões que se fizerem necessárias durante esse percurso.
Em caso de companhias maiores, os sócios precisam alinhar entre si as diretrizes macro de onde querem chegar antes de irem até o Conselho: o que esperar desse negócio? quanto se espera crescer? de que forma alcançar essa rentabilidade? qual a margem e EBITDA esperadas?
De igual modo, em empresas menos robustas, com uma estrutura mais enxuta, a lógica a ser seguida é a mesma, com a diferença de que não haverá um Conselho para validar essas premissas, já que o próprio empreendedor é quem concentra todos esses papéis em si mesmo.
Assim, o melhor momento para realizar o seu planejamento estratégico empresarial é quando você sente a necessidade de moldar, orientar e ter algum controle sobre como seu negócio vai se comportar e crescer no futuro.
Manoel Lins indica que, geralmente, trabalha-se com um intervalo de 5 a 10 anos, sendo o 1º ano decisivo para o sucesso ou comprometimento desse objetivo.
Mesmo que não se possa ter a visibilidade do que vai acontecer no longo prazo, é crucial tentar prever o máximo possível de eventos que, porventura, possam existir nesse ínterim.
Além disso, quando se fala em previsão (de demanda, planejamento estratégico etc.), há que se destacar que existe uma margem de erro em cima dessas projeções. Mas, ainda assim, é preferível trabalhar em cima de um cenário e de uma análise de todas as potencialidades que podem acontecer, do que desperdiçar a possibilidade de enfrentá-las da maneira mais estável possível.
"Se a decisão planejada e tomada não está atendendo ao objetivo para o qual foi traçada, corrige-se a rota."
O processo é projetado, então, para permitir que se estabeleça um consenso claro sobre o que precisa ser feito, com base em uma análise criteriosa da posição atual e das opções disponíveis para o desenvolvimento do negócio. Muitas vezes, a revisão é necessária para avançar de maneira mais eficaz.