É comum, hoje, para muitas empresas idealizar a criação de um influenciador virtual para auxiliar sua equipe comercial na construção de um funil de vendas mais eficaz. A Lu do Magalu, no entanto, é uma demonstração de que essa é uma solução inovadora não apenas para as vendas, mas para toda a estratégia de marketing de uma companhia.
Empreendedores impulsionam tendências. Mais ainda, alguns podem ser mais influentes do que celebridades para incentivar e inspirar o seu cliente. A lógica é simples: quanto mais você dá ao seu público, mais ele quer retribuir, interagir, questionar, desafiar, curtir...
Nesse sentido, é fundamental, por exemplo, responder a tweets, directs e comentários. Se você é proprietário ou gestor de uma companhia, sabe a quantidade de trabalho braçal que é necessário para solidificar esse relacionamento.
Isso, porque a interatividade desempenha um papel importante nos negócios e na construção de uma marca. Em contrapartida, ela traz uma carga de serviço adicional que pode ser extremamente exaustiva e custosa.
Tudo isso somado, a ideia de Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, consolidou uma receita de sucesso para a organização: terceirizar essas atividades para uma influenciadora virtual – batizada como Lu – que realiza o networking e constrói relações mais fortes para manter seus leads e clientes sendo nutridos.
Interessante ressaltar que a Lu, apesar de se tratar de uma garota propaganda em animação 3D, humaniza a marca com comportamentos que refletem diferentes segmentos da sociedade brasileira.
Sendo assim, vejamos de que forma ela foi inicialmente concebida e como o seu papel se expandiu com o tempo até se tornar uma das influenciadoras virtuais mais conhecidas mundialmente, superando Barbie, FNMeka e Miquela.
Com aproximadamente 25 milhões de seguidores nas redes sociais – mais de cinco milhões apenas no Instagram – Lu é, de longe, a influenciadora não-humana mais famosa do mundo. No Brasil, é uma das dez influenciadoras mais seguidas do país (sendo as outras nove todas de carne e osso).
Sua conta do TikTok é permeada por tendências e danças virais que conquistaram, apenas em seu primeiro mês, mais de um milhão de seguidores, recebendo o título de "conta TikTok que mais cresce no mundo".
Ela nasceu em 2003, quando o comércio eletrônico ainda dava os primeiros sinais de que poderia fazer frente às vendas tradicionais. Trajano logo identificou que o site da companhia precisava inovar para preencher o vazio deixado pelo ambiente digital em não contar com um vendedor humano à disposição.
Foi, dessa forma, inicialmente concebida como uma assistente de vendas que Lu surgiu e viu a sua importância na organização ir crescendo gradativamente. Hoje, além de contar com um artigo próprio no relatório anual da empresa, dá entrevistas e também fotografa com celebridades.
Dito isso, no entanto, há que se fazer a necessária contextualização do conceito e a inevitável distinção entre o que é um influenciador virtual e um influenciador digital.
Influenciadores virtuais ou influenciadores CGI (Computer-generated imagery), como também podem ser chamados, são pessoas fictícias geradas por computador que possuem características, comportamentos e personalidades realistas de seres humanos.
No Marketing de Influência, aquele que envolve uma marca colaborando com um influenciador online para comercializar um de seus produtos ou serviços, a lógica predominante é se apropriar de informações e opiniões de forma personalíssima para transmitir aos seus seguidores uma sensação empática, de pertencimento e segurança.
A loja Farm, por exemplo, fortaleceu as suas vendas adotando o social selling no varejo, estratégia em que o foco do processo de criação de relacionamentos e vendas acontece por meio das redes sociais.
Faz sentido em um país em que, de acordo com estudo do SPC Brasil, 90% dos consumidores com acesso à internet assumem o hábito de fazer pesquisas online antes de comprar.
Nessa perspectiva, quem é que não confia mais na opinião de outras pessoas sobre dado produto ou serviço do no seu conteúdo publicitário em si?
Segundo a Nielsen Catalina Solutions, o conteúdo de influenciadores gera 11 vezes mais resultado do que campanhas tradicionais, com um retorno sobre o investimento (ROI) expressivo para cada dólar investido. Por isso, nos Estados Unidos, 59% dos gestores de marketing confirmam a intenção de aumentar seus orçamentos para incluir neles o marketing de influência.
Nesse sentido, é crucial saber diferenciar um influenciador virtual de um influenciador digital já que ambos podem estar envolvidos na estratégia da sua companhia.
Em linhas gerais, os influenciadores virtuais são personas geradas por inteligência artificial, geralmente para refletir os valores da marca da empresa e atrair seu principal público-alvo – exatamente o que a Lu do Magalu faz.
Por outro lado, os influenciadores digitais são pessoas reais que se destacam nas redes sociais. O seu grande objetivo é incentivar seus seguidores na tomada de decisão.
Dados levantados pelo Manifesto dos Influencer Marketing mostrou que 82% das pessoas tendem a seguir recomendações de influenciadores digitais. Parece muito? Influenciadores virtuais experimentam em média 3x mais engajamento dos fãs do que o seu influenciador humano típico.
A Lu foi eleita a influenciadora mais seguida pela Virtual Humans através do levantamento “The Most-Followed Virtual Influencers of 2022”. A ideia do site é disponibilizar notícias, pesquisas, entrevistas e biografias sobre influenciadores virtuais de todo mundo, especialmente documentando, cultivando e potencializando esse mercado.
Para se chegar ao vencedor do concurso, é realizada uma análise de diversos avatares e quantificada a contagem de seguidores de cada influenciador em todas as plataformas, permitindo, então, obter uma visão clara dos 10 personagens mais populares de cada edição. Confira o ranking completo deste ano:
Olhando para os números de forma separada por redes, Lu tem 15 milhões de seguidores no Facebook, 1,3 milhão no Twitter, mais de 2,6 milhões no YouTube, além de 6,8 milhões no TikTok - sem contar, é claro, os seus outros canais de comunicação.
Em um contexto de vendas 4.0, no qual o desenvolvimento tecnológico trabalha para criar a demanda da sua audiência, influenciadores virtuais podem ser considerados um dos ativos mais valiosos de qualquer marca.
À título exemplificativo, a própria Adidas se interessou em contratar a Lu para ajudar a impulsionar o seu envolvimento com o consumidor.
Ninguém precisa estar mais atento a essa tendência do que marcas que procuram vantagem competitiva para se destacar da concorrência e alcançar um novo tipo de público.
De fato, estudos indicam que 54% de todos os consumidores do Reino Unido consideram as entidades virtuais atraentes em algum nível.
Como um reflexo do que é inovação, empresas que já se movimentam nesse sentido podem ser consideradas pioneiras no mercado e, no momento, a ascensão dessa indústria demonstra que criar influenciadores virtuais é um esforço que vale a pena.
O reconhecimento global da Lu do Magalu nos mostra o potencial expressivo dos influenciadores virtuais. Mais do que isso, as mudanças no comportamento dos consumidores, especialmente da Geração Z, é algo que precisa ser considerado pelas empresas que desejam atingir o sucesso.
Em maio de 2021, o eMarketer comprovou que a geração dos nascidos a partir dos anos 2000 é mais propensa a se envolver com o social selling do que as gerações mais velhas.
E, talvez por isso, Lu tem sido considerada como um vislumbre do futuro da influência social. A personagem não apenas incorporou com sucesso uma identidade corporativa, mas também trouxe uma escala humana para a sua marca – ao ponto de, mesmo sabendo que ela não é real, os brasileiros se identificarem com as suas dicas e conselhos.
Nas palavras de Aline Izo, líder da equipe de designers, programadores e profissionais de marketing que dão vida à influencer:
“Lu tem milhões de fãs e quando ela se posiciona sobre algo – por exemplo, conscientizando sobre abuso doméstico ou defendendo os direitos LGBT – as pessoas prestam atenção. Aqui no Brasil, Lu não é um truque de vendas; Lu é uma influenciadora no verdadeiro sentido da palavra; Lu pode mover a agulha em questões importantes na sociedade.”
Por fim, importante enfatizar que, sendo a Lu um produto do Brasil, temos uma evidência tangível de que embora a primeira geração de mídias sociais tenha nascido no exterior, a próxima tendência de inovação pode muito bem sugir aqui.
Diante disso, se você se interessa pelas melhores práticas e estratégias de vendas para elevar a performance do seu negócio, conheça a Imersão em Vendas do G4 Sales e construa uma máquina de faturamento para o seu negócio.