Liderança de alta performance: como o líder pode otimizar seu desempenho (e o de toda a equipe)
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Liderança de alta performance: como o líder pode otimizar seu desempenho (e o de toda a equipe)

Por:
Lucas Bicudo
Publicado em:
3/8/2022
Atualizado em:

As características que definem uma liderança de alta performance passam por otimizar processos para maximizar resultados, autodesenvolvimento, saúde mental e física, alinhamento, comprometimento e autonomia. 

Liderança não é uma função isolada. É uma relação mútua entre o líder e seus liderados, em um elo de confiança e responsabilidade. Requer muito compromisso, mas a potência de ambas as partes alinhadas pode atingir todos os resultados esperados para uma empresa.

“Se o conselho é bom, o exemplo arrasta.” - Rony Meisler, CEO da Reserva

A frase de Rony ganha ainda mais base segundo um artigo da consultoria McKinsey & Company, que mostra que líderes que valorizam e acreditam no trabalho da sua equipe têm 2 vezes mais chances de entregar melhores resultados. 

Entre os diversos tipos de liderança disponíveis hoje no mercado, todas são guiadas por um objetivo em comum: atingir a alta performance. Conseguir extrair o máximo de si, de seus parceiros e de seus liderados. 

São nas minúcias do cuidado que um grande líder se desenvolve. Na competência profissional e humana para lidar com problemas complexos em ambientes corporativos. Para trazer segurança, tal qual um piloto de avião precisa passar.

Se esse fosse um curso de liderança gratuito, certamente a resposta sobre como alcançar uma liderança de alta performance passaria por algumas premissas exigidas pelo mercado e que precisam ser discutidas. 

Como ter uma liderança de alta performance? 

O que caracteriza a alta performance? O alinhamento aos resultados? O forte engajamento da equipe? O constante desenvolvimento? Esse é um conceito superlativo, dos mais elevados padrões. Sempre que você achar que está em conformidade e precisa melhorar, é o sintoma da alta performance te puxando para um nível acima.

Como foi dito, caso esse fosse um curso de liderança gratuito, existem algumas premissas as quais o mercado exige hoje. Premissas essas que coçam àqueles que não aguentam a conformidade, o status quo. Vejamos algumas delas.

A percepção de produtividade para um líder de alta performance

A percepção de produtividade para um líder de alta performance passa por otimizar processos para maximizar os resultados. É apenas tornando uma operação mais ágil que você é capaz de movimentá-la pelos desafios mais rapidamente.

Um processo nasce para ser desenvolvido e otimizado. Ele aparece conforme uma necessidade, cria sua estrutura e está quase sempre fadado a ter suas arestas aparadas. É saudável para um negócio. Processos são iterativos - e quanto mais você aprende sobre eles, melhor você consegue executá-los.

Para ser produtivo, a percepção de um líder de alta performance irá navegar por cada uma das seções conseguintes, mas, sobretudo, começa por abrir os caminhos para que todo mundo em seu ambiente corporativo circule e produza. 

“Abrir caminhos” começando por possibilitar que todo mundo tenha em mãos os processos ideais para executar suas funções sem entraves. A gestão estratégica de pessoas é que cuidará dos detalhes, que entrará nas minúcias do contexto e descobrirá como potencializar as valências de cada caso.

Autodesenvolvimento: o alicerce de qualquer liderança

Como fora mencionado, essas premissas coçam àqueles que não aguentam a conformidade. Um líder de alta performance sempre busca melhorar. Por si e pela responsabilidade da cadeira.

O alicerce de qualquer liderança consistente é o autodesenvolvimento. O conceito de lifelong learn, ou em tradução livre, aprendizado ao longo da vida. Você nas rédeas da educação, em uma trilha de aprendizado perene. 

O conceito diz que o ensino não é uma responsabilidade atrelada às instituições, mas sim ao seu compromisso. Funciona de forma proativa e voluntária. Você está no controle da decisão. Um líder precisa absorver referências recorrentemente. “Aprendizado ao longo da vida” naturaliza essa ideia dentro da rotina.

Porque hoje a capilaridade de oportunidades de entrega é enorme. Você precisa ter repertório para conseguir manejar qualquer rota conforme o contexto exija. O posto de liderança pede por uma amplitude de visão, técnica e comportamental. É apenas se aperfeiçoando que um líder não entrará em acordo com a conformidade - e passará o exemplo.

Mente e corpo alinhados para atingir a alta performance

Bruno Van Enck, dono da rede de barbearias Corleone, deu uma entrevista para o podcast Extremos, do G4 Educação. Falou sobre seu burnout

O quanto tudo pode correr em direção a um caminho próspero, mas quando o corpo sinaliza, é hora de prestar atenção e diminuir o ritmo. Passar por um burnout é daqueles momentos de recomeçar por um caminho diferente. Se de alguma maneira te derruba, também te fortalece. 

O termo em inglês foi criado para exemplificar a “queima” ou “pane” do sistema psíquico do de uma pessoa. Basicamente, é o total esgotamento mental, resultado do acúmulo de estresse, de atividades e de pressão constante no ambiente de trabalho.

Ouviu de seu médico que tinha como única perspectiva de vida seu emprego; precisava criar hobbies, precisava aprender a “se apaixonar pela jornada”. Essa foi uma mudança chave para sua trajetória, de ruptura e também de muito crescimento. Mais uma vez: se de alguma maneira te derruba, também te fortalece.

É por isso que é vital estar com a mente e o corpo alinhados. São só com esses dois elementos jogando juntos que você alcançará a alta performance. Qualquer desequilíbrio entre um e outro pode ser desastroso, porque é uma cadeira que pede muito. Dá muito em troca, mas exige muito. Liderar é, acima de tudo, uma responsabilidade.

Você cuida da cabeça para cuidar do corpo e cuida do corpo para cuidar da cabeça. Ambos fazem parte da mesma engrenagem, que precisa funcionar em sintonia. Tal qual os processos práticos de uma empresa, você precisa olhar iterativamente para sua saúde mental, cuidá-la com frequência. 

Alinhamento de gestor para gestor

Pode parecer redundante, mas líderes precisam também se comunicar. São o contingente selecionado para administrar uma empresa, logo, a responsabilidade pela clareza na comunicação necessita muito mais da atenção entre quem ocupa esses cargos.

O alinhamento entre líderes é o pontapé inicial para qualquer desdobramento que um processo possa ter dentro de um projeto. Cada gestor precisa compreender, para além de suas próprias caixas administrativas, o contexto de negócio como um todo. São o filtro e a clareza para o caminho que deve ser trilhado.

E na mesma medida que cobram pelo resultado, precisam servir de exemplo, mostrar que estão nas trincheiras tais quais seus liderados. Uma pessoa só reage a uma provocação bem, se essa é entendida proporcional ao que a outra pessoa faz e entende como melhor para situação.

Exemplos precisam falar a mesma língua. Exemplos precisam engajar suas equipes em busca de um mesmo objetivo. Exemplos precisam potencializar exemplos. Exemplos estão aí para atingir a alta performance. 

Comprometimento e responsabilidade, para construir confiança

O capitão é o símbolo do que sua embarcação representa – e a ordem de sua manutenção é reflexo do elo de confiança criado na relação entre ambas as partes. Exige comprometimento. A figura do líder precisa ser mais a de um “mentor” e menos a de um líder que microgerencia

Esse elo só é construído em uma via de mão dupla. Liderança precisa fazer concessões para mostrar que o colaborador tem sua retaguarda coberta, enquanto esse precisa mostrar com clareza que domina aquilo pelo qual ocupa o cargo. Entrega um pouco daqui, recebe um pouco de lá, em uma troca frequente. 

Uma balança cujo equilíbrio é medido pela responsabilidade com o qual o trabalho é tratado. Pouco inspira um líder que demonstra irresponsabilidades técnicas e comportamentais. Pouco confia-se em um colaborador que não cumpre com suas responsabilidades de rotina.

Com o elo construído, a avenida está aberta para trabalhar. É o ambiente mais propício para todos jogarem em alto nível, com bastante engajamento. Cria identidade no projeto – e muitas vezes o valor de uma jornada profissional está muito além da troca monetária. 

Comprometimento e responsabilidade são os dois valores que irão resultar na premissa que amarra as outras supracitadas acima. Como um caminho em um curso de liderança gratuito hipotético, essas são as valências pessoais, mas principalmente, interpessoais, que um líder de alta performance precisa ter em seu repertório. 

Alinhamento e autonomia para resultados

Uma liderança de alta performance permite que todos participem da tomada de decisões. Existe naturalmente uma tendência para a horizontalidade da cultura organizacional. É um grande desafio fazer com que todos joguem juntos, mas com alinhamento e autonomia, os resultados começam a aparecer.

“Um líder não é alguém a quem foi dada uma coroa, mas a quem foi dada a responsabilidade de fazer sobressair o melhor que há nos outros.” - Jack Welch, ex-gestor da GE

Uma equipe alinhada cria consciência não só sobre suas demandas, mas sobre todo o processo operacional. É um dos caminhos que cruza diretamente com a seção “otimizar processos para potencializar resultados”.  

Com alinhamento e autonomia, todos se sentem parte daquilo que está sendo construído.. Pelo alto nível de engajamento, também é um dos caminhos que cruza com a seção “comprometimento e responsabilidade”.

Só com todos performando em um elevado nível de alinhamento, a autonomia aparece para brilhar cada individualidade. Uma liderança atinge a alta performance quando constrói todo um organograma que funcione naturalmente sem suas intervenções, abrindo espaço para olhar para o futuro e projetar. 

Um líder de alta performance pode elevar o patamar de sua equipe

Ao elevar potências pessoais e interpessoais, um líder funciona como espelho para sua equipe. Funciona como aquele que cobra por aquilo que também faz, é justo e inclusivo na sua comunicação e serve de guia para desbravar os caminhos muitas vezes tortuosos de um negócio.

Um time de alta performance passa por uma grande liderança - é preciso alguém atento para funções administrativas regendo todo mundo na mesma sintonia. Um grande desafio, mas páreo para quem quer trabalhar no mais elevado nível. 

O que une todas essas premissas é o imperativo de se adaptar. Vivemos em tempos cada vez mais velozes e disruptivos. Não acompanhar o ritmo do mercado pode significar uma sentença letal. Adaptar-se e criar um ambiente ágil e propositivo certamente é o que garante o diferencial competitivo.

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