Se olharmos para algumas das empresas mais bem-sucedidas do mundo, podemos atribuir seu sucesso a uma série de fatores diversos, e apesar de cada uma possuir sua própria história, todas têm em comum uma forte cultura de inovação, principalmente no que tange ao desenvolvimento de produtos.
Independente do setor e serviços ofertados, essas empresas foram capazes de influenciar a forma como consumimos, antecipando comportamentos, transformando e criando percepções de valor totalmente novas: únicas e sem precedentes. A Netflix, por exemplo, mudou nossa relação com o entretenimento através do serviço de streaming, deixando a maior concorrente até então, Blockbuster, para trás.
Embora muitos empreendedores pensem em inovar de maneira disruptiva, existem vários tipos de inovação, e que abarcam diversos temas, como customer experience, processos, gestão de pessoas, desenvolvimento de produtos e mais.
Muitos CEOs estão cientes da digitalização, e que um plano de mudança, apesar de complexo e estrutural, é preciso. Afinal, empresas que não inovam tendem a apresentar mais cedo ou mais tarde, sintomas de obsolescência, como a Blackberry, por exemplo. Apesar dos desafios, 62% das companhias em crescimento planejam investir em tecnologias que entreguem altas taxas de inovação.
Contudo, para empresas consideradas tradicionais, implementar uma cultura de inovação tende a possuir ainda mais obstáculos. Neste artigo, separei uma série de insights relevantes para negócios tradicionais que desejam investir em inovação.
Embora muitas organizações tornem-se cases de sucesso quando o assunto é inovar, muitas outras falham, sobretudo empresas que pertencem a indústrias mais tradicionais ou que funcionam de maneira similar. Fortemente apegadas a métodos e abordagens que tendem a ser pouco inovadores, esses negócios enfrentam desafios para se adequar a um mundo mais digital.
A dificuldade de adequação impacta em processos internos, na criação de ofertas, posicionamento e principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos.
O setor de construção, por exemplo, possui milhares de categorias e apresenta-se como uma base fundamental da economia, contudo, é pulverizado, e um dos menos digitalizados. Dada sua natural complexidade, com inúmeras categorias, fabricantes, distribuidores, players de nicho, revendedores e instaladores, por exemplo, é comum que muitas empresas ainda utilizem fax.
Essa é a situação de muitos negócios, porém, as coisas estão mudando e com a pandemia, o setor como muitos outros, foi obrigado a pensar sobre inovação. Apesar de muitas mudanças precisarem ser feitas, a maior parte das empresas enxergam a inovação em produtos como o melhor caminho para se manterem competitivas.
Um estudo da Mckinsey apontou que 70% dos executivos pretendem investir em inovação e Pesquisa e Desenvolvimento (R&D), o que eles chamam de “get smart”, ou em tradução livre, “ficar esperto" através de dados numéricos.
Mas como fazer isso? Traduzindo essas informações para iniciativas que gerem valor, deixando o tradicional ocupar cada vez menos espaço. Entre as principais tendências estão soluções de software de gerenciamento e automação, e ferramentas digitais, por exemplo. Investir em inovação, é capaz de:
Desse modo, não só empresas da indústria de construção mas também empresas tradicionais de maneira geral, podem se beneficiar das mesmas vantagens em seus respectivos setores. Inovar, tende a melhorar toda a cadeia de valor e aquelas que rejeitam esse movimento passam a ser ameaçadas constantemente com a chance de virarem história.
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Negócios que ainda dependem de “aperto de mão” para sobreviver não parecem somente distantes da realidade atual, como também, fadados a perder cada vez mais market share.
Muitos executivos escolhem uma abordagem de “reinventar-se” ao invés de inovar. Embora pareçam sinônimos, muitas organizações passam a optar por mudanças estrategicamente operacionais, não expandindo o termo para uma mentalidade geral, que impacte a cultura organizacional e os produtos.
Mesmo que sejam mercados naturalmente mais avessos a correr riscos, este comportamento traz indícios preocupantes acerca de como a inovação e a digitalização ainda são consideradas por muitos players tradicionais: uma ameaça ao invés de oportunidade, e essa percepção reduz o verdadeiro potencial das transformações.
A inovação em produtos tem o foco em desenvolver ou aperfeiçoar os produtos já existentes, para entregar ao mercado soluções cada vez melhores. Significa também se destacar da concorrência, pois está diretamente ligado a oferecer uma experiência melhor e mais memorável.
Investir em seu desenvolvimento mostra-se ainda mais relevante quando 1 entre 5 produtos falham em atender as expectativas dos consumidores. Pensar em produtos significa sobretudo, desenvolver um olhar para as novas tecnologias, necessidades, comportamento, além de habilidades técnicas capazes de torná-lo realidade.
Como eu sempre digo, não existe crescimento na zona de conforto, e não existe conforto na zona de crescimento. Não existe fórmula mágica. Sem persistência, tentativas constantes e obsessão por dados, a tendência é que seu negócio jamais inove.
A seguir, destaquei algumas abordagens que podem te ajudar a pensar no desenvolvimento de produtos a partir de um olhar mais inovador. Embora conhecimento seja fundamental, é preciso execução. Por isso, transforme esses insights em ação, afinal, existe uma diferença entre o que você diz e o que você fala que faz, e nos negócios, não é diferente.
Antes de desenvolver qualquer iniciativa voltada à inovação, tenha clareza do objetivo, pois somente a partir de um norte bem definido, é possível estabelecer o passo a passo para obter os resultados desejados.
Análise o cenário e o nível de maturidade da empresa, e a partir deste panorama, será mais fácil encontrar um objetivo, que pode variar entre obter maior crescimento líquido, incrementar o customer experience e melhorias operacionais e de supply chain. Lembre-se, há espaço para ser corajoso, mas seja também plausível. Isso significa que os objetivos devem ser ambiciosos, porém alcançáveis.
Nesse sentido, utilizar o benchmarking como uma fonte substancial pode ser seu aliado para convencer lideranças mais avessas à mudança a implementar práticas que já foram “testadas”, diminuindo eventuais riscos.
Embora muitas mudanças e necessidade de inovação possam ser mapeadas, às vezes há um gap considerável entre o que é alcançável por meio de intervenções na rotina, como marketing, vendas e processos, e outras que requerem uma mudança estrutural significativa e inviável dependendo do nível de maturidade da empresa relacionada à inovação.
Sendo assim, é um processo muitas vezes progressivo, e as transformações ocorrerão se não naquele momento, em outro, mas devem ser planejadas e acompanhadas cuidadosamente pela gestão. O ideal é exercitar o pragmatismo, combinando oportunidades com critérios objetivos e relevantes, de acordo com a atuação da empresa e seus objetivos a médio e longo prazo.
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Inovação por inovação não é sustentável a longo prazo e nem recomendável, principalmente em empresas que estão lutando para se tornarem mais digitais. Em última instância, a inovação só é útil se atende a uma necessidade clara do cliente, e não deve se tornar uma questão de vaidade para o negócio, pois seu objetivo é gerar valor.
Em negócios mais tradicionais, dependendo de sua complexidade, provavelmente existirão pontos problemáticos em diferentes níveis. Um fabricante de telhados, por exemplo, lida com fabricantes e também prestadores de serviços, ambos com diferentes necessidades.
Entre desenvolver um aplicativo de envio mais robusto ou telhas mais fáceis de serem instaladas, embora ambos melhorem o produto, em contexto de inovação, deve ser priorizada a iniciativa que gera mais valor para o cliente e para o ecossistema.
Isso não significa que para uma inovação ocorrer outra deve morrer. É normal se deparar com inúmeras possibilidades e a empolgação de explorá-las, e isso nos leva a uma realidade: alguma inovação provavelmente terá que esperar.
O ciclo de inovação é contínuo, e existem milhões de oportunidades e melhorias que podem ser feitas e que, de fato, estão sendo feitas por outras empresas.
Gerenciar um portfólio de produtos muito amplo, com diferentes conceitos, investimento e abordagens requer agilidade e alocação de recursos. Como? Melhorando custos, o reposicionamento de mercado e maximizando a criação de valor.
Neste sentido, desenvolver produtos de maneira tradicional, de modo que seja necessário um grande investimento base com poucas oportunidades de iteração e etapas incrementais para escalar é quase impossível em um mundo de constantes mudanças.
Quando os produtos não crescem através de investimentos, a estagnação é inevitável, além de impedir o crescimento do negócio como um todo, já que com uma parcela de produtos sendo acelerada por investimento, outras linhas são impactadas. Uma boa opção é começar a implementar o conceito de MVP.
Interrupções na cadeia de suprimentos, variação de preços da matéria-prima e falta de mão de obra, fez com que o setor de construções fosse capaz de ver as próprias fraquezas durante o momento pandêmico, o que acelerou sua intenção de inovação.
A fim de sobreviver, executivos de setores mais tradicionais estão respondendo de acordo com o momento atual, comprometidos com inovação e transformação digital. Neste sentido, inovar não é mais uma escolha, e o ideal é não esperar por momentos críticos para mudar o mindset. Com um produto de qualidade fica ainda mais fácil cair na zona de conforto.
O primeiro produto do G4 Educação, a Imersão e Mentoria Gestão 4.0, entrega a melhor imersão com os maiores empreendedores do Brasil, o que poderia gerar uma sensação de conforto. Contudo é preciso gerar valor, e melhorar continuamente. A partir do Gestão 4.0, criamos uma série de outras soluções, como:
Com o desenvolvimento de novos produtos, cria-se também mais oportunidades de crescimento e de impacto, sempre levando em consideração o propósito do seu negócio. Pode não ser fácil, mas os resultados são gratificantes.
Recentemente, o MIT Technology Review elegeu o G4 Educação no top 20 das empresas mais inovadoras do Brasil, uma pontuação que levou em consideração uma série de aspectos, incluindo produtos e serviços.
Na nova realidade, a máxima “inove ou morra” passa a ser aplicada a todos os setores. É por isso que você precisa saber como explorar novos canais, práticas, frameworks e ferramentas de gestão que te ajudem a tornar o seu negócio ainda mais relevante e principalmente, crescer.
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