Como o homem pode chegar a Marte? Há muitas respostas para essa questão, mas todas elas certamente entendem que para atingir um objetivo tão monumental, será preciso encarar a viagem a Marte como uma grande tarefa e então quebrá-la em pequenas tarefas. Esse pensamento é a base da Metodologia Ágil e está presente no Scrum, uma estrutura muito usada em projetos complexos. O Scrum é um framework que ajuda a estruturar e organizar as equipes e seu trabalho, em busca de melhoria contínua e do avanço do time até o resultado final. A razão de usar o Scrum é chegar ao final das etapas com uma solução para alcançar um objetivo.
O Scrum enfatiza o trabalho em equipe, a responsabilidade e o desenvolvimento contínuo em direção a uma meta bem definida. O Scrum promove o planejamento adaptativo, a evolução e desenvolvimento em etapas, a entrega antecipada e a melhoria contínua, que estão entre os princípios fundamentais da Metodologia Ágil. Por sua estrutura coesa e enxuta, o time colabora para resolver os desafios de cada etapa e encontrar a melhor solução, ou seja, todos têm visibilidade do que está sendo feito e dos próximos passos.
Os três pilares do Scrum são: Transparência, Inspeção e Adaptação. Esses princípios aparecem no Agile Manifesto, publicado em 2001, um documento que concentra as principais ideias da Metodologia Ágil, então aplicadas somente à produção de software.
Embora ainda seja muito usado para o desenvolvimento de software, o Scrum pode ser aplicado a todos os tipos de trabalho em equipe e, portanto, a projetos em todas as áreas de negócios e indústrias. Esse framework pode ou não ser combinado com outras metodologias ágeis, como o Kanban e o XP (Extreme Programming). O mais importante é que a equipe adote desde o início uma mentalidade (mindset) ágil em que é preciso avançar até o final.
"O Scrum se concentra em ser ágil, o que pode (e deve) levar a melhorias. O Kanban se concentra em melhorar, o que pode levar a ser ágil." - Karl Scotland, instrutor ágil
Neste artigo, vamos entender o que é o Scrum, quais são os pilares que regem esse framework, quais são as principais funções dentro de um time de Scrum, como aplicar essa estrutura no dia a dia e exemplos de empresas que usam o Scrum.
O Scrum é uma estrutura (framework) ágil de gestão de projetos que ajuda as equipes a gerenciar projetos complexos de forma estruturada e aplicando um conjunto de valores, princípios e práticas – com entregas de alto valor em um curto período de tempo (sprints). O Scrum enfatiza o desenvolvimento e melhoria contínuos, o trabalho colaborativo a partir de equipes multifuncionais e avaliação e adaptação frequentes para chegar ao melhor resultado.
O framework estabelece um objetivo que se pretende alcançar e seu ponto de partida é tudo o que se sabe ou se conhece que pode ajudar a atingir o tal objetivo. Ao contrário do Kanban, o Scrum foca na divisão de um único projeto em várias partes, que são denominadas “sprints”. O termo, que se refere a corrida, foi criado com o objetivo de dar às equipes um senso de urgência, mas com o entendimento de que após o esforço da corrida é preciso “descansar”, nesse caso transformar os itens do backlog da sprint em incrementos no software ou solução em desenvolvimento.
Cada sprint é planejada e executada individualmente, com uma duração estipulada previamente. O período pode ser de uma semana, duas semanas ou até um mês. O importante é que ao quebrar uma grande tarefa em tarefas menores, é possível identificar os problemas e tentar resolvê-los dentro da sprint para avançar até a próxima sprint.
“O segredo de sair na frente é começar. O segredo de começar é dividir suas tarefas complexas e esmagadoras em pequenas tarefas gerenciáveis e, em seguida, começar pela primeira.” - Ron Jeffries, um dos criadores da metodologia de desenvolvimento de software Extreme Programming
O framework da Metodologia Scrum como é conhecido hoje foi desenvolvido por Ken Schwaber e Jeff Sutherland no início dos anos 1990. A ideia era ajudar as equipes de desenvolvimento de software a lidar com projetos mais complexos. O framework Scrum foi apresentado às equipes em 1993 por Jeff Sutherland, John Scumniotales e Jeff McKenna da Easel Corporation. Dois anos depois, Schwaber publicou o artigo “The Scrum development process” na Conferência OOPSLA, no Texas.
Schwaber e Sutherland partiram de ideias publicadas em um estudo na Harvard Business Review, em 1986, e adaptaram, aprimoraram e formalizaram essas práticas para formar o conjunto de princípios, regras e aplicação simples que formam a base do Scrum.
Sob o título “The New New Product Development Game”, os professores Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka, da Harvard Business School e da Hitotsubashi University, respectivamente, apresentaram uma abordagem holística que já vinha sendo usada em algumas companhias e que possuía seis características: instabilidade incorporada, equipes de projeto auto-organizadas, sobreposição de fases de desenvolvimento, "multiaprendizagem", controle sutil e transferência organizacional da aprendizagem.
“As seis peças se encaixam como um quebra-cabeça, formando um processo rápido e flexível para o desenvolvimento de novos produtos. Tão importante quanto isso é o fato de que a nova abordagem pode atuar como um agente de mudança: é um veículo para a introdução de ideias e processos criativos e orientados para o mercado em uma organização antiga e rígida”, escrevem os autores no artigo.
Takeuchi e Nonaka comparam as equipes de alto desempenho e multifuncionais à formação "scrum", existente nos times de rugby. Enquanto a origem do termo vem de “scrummage”, que se refere a “multidão barulhenta” ou desordenada, no rugby estamos falando de uma formação organizada e apertada, em que os jogadores encaixam seus ombros para forçar o time adversário a recuar. Além disso, os autores identificaram que no rugby, o time avança em linha passando a bola de um para outro de forma livre, ou seja, um processo flexível em oposição à visão até então comum nas empresas da corrida de revezamento, em que a ideia central era ser rápido, terminar sua parte e passar o bastão para o próximo. O que se ganhava em velocidade se perdia em adaptabilidade e flexibilidade, duas características mais em linha com a abordagem competitiva que impera até hoje.
A Metodologia Scrum possui 3 pilares: Transparência, Inspeção e Adaptação. Esses princípios orientam as equipes a alcançar resultados de alto valor e com frequência. Ao promover a transparência, as equipes garantem que todos os stakeholders (partes interessadas) tenham uma compreensão clara do trabalho e do progresso. Por meio da inspeção, as equipes avaliam continuamente seu trabalho em relação às expectativas, obtendo feedback para informar a adaptação. E, por meio da adaptação, as equipes fazem ajustes iterativos para otimizar os resultados com base nos insights obtidos com a transparência e a inspeção. Ao adotar esses pilares, as equipes podem promover uma cultura de melhoria contínua e agregar valor de forma eficaz em ambientes complexos e dinâmicos.
Veja a seguir o que define cada princípio e exemplos de aplicação prática no dia a dia da empresa.
A transparência no Scrum significa que todos os aspectos do processo, dos artefatos e do progresso são visíveis e compreendidos por todos os envolvidos.
Exemplo 1
Reuniões diárias (Daily Scrum). Durante as reuniões diárias, os membros da equipe compartilham atualizações sobre seu progresso, obstáculos e trabalho planejado. Isso promove a transparência, garantindo que todos saibam no que os outros estão trabalhando e os impedimentos que estão enfrentando.
Exemplo 2
Backlog do Produto. O Backlog do Produto oferece transparência na lista priorizada de itens de trabalho para o projeto. Ele permite que as partes interessadas entendam quais recursos estão planejados, sua prioridade e o esforço estimado necessário para cada item.
A inspeção no Scrum envolve o exame regular do trabalho e do progresso para detectar quaisquer variações ou desvios dos resultados esperados.
Exemplo 1
Reuniões de Revisão da Sprint
Durante as reuniões de revisão do sprint, a equipe apresenta o incremento concluído às partes interessadas e obtém feedback. Essa inspeção permite que as partes interessadas avaliem o produto em relação às suas expectativas e forneçam informações para iterações futuras.
Exemplo 2
Reuniões de Retrospectiva da Sprint
As retrospectivas do Sprint oferecem uma oportunidade para a equipe refletir sobre seus processos, colaboração e resultados. Ao inspecionar o que deu certo e o que poderia ser melhorado, a equipe pode identificar áreas para ajustes em sprints futuros.
A adaptação no Scrum refere-se ao ato de fazer ajustes com base nas percepções obtidas com a transparência e a inspeção para otimizar os resultados.
Exemplo 1
Reuniões de Planejamento da Sprint
Com base no feedback das partes interessadas, nas percepções de sprints anteriores e no estado atual do backlog do produto, a equipe adapta seu plano de sprint durante as reuniões de planejamento de sprint para garantir que estejam trabalhando nos itens mais valiosos.
Exemplo 2
Reuniões diárias (Daily Scrum)
Se um membro da equipe encontrar obstáculos ou atrasos inesperados, ele os menciona durante a reunião diária (Daily Scrum). A equipe pode então adaptar seu plano para o dia, redistribuindo o trabalho ou buscando assistência para superar os impedimentos.
A seguir, entenda quais são os elementos que compõem o Scrum e o que cada um deles implica no processo.
Intervalos de tempo de duração fixa (geralmente de 2 a 4 semanas) em que ocorre o desenvolvimento. As sprints permitem que as equipes se concentrem na entrega de um incremento (melhoria) de produto que vai agregar valor para o produto final.
Reuniões que ocorrem regularmente para facilitar a comunicação, a transparência e o alinhamento dentro da equipe. Incluem o planejamento da sprint, as reuniões diárias (Daily Scrum), as revisões de sprint e as retrospectivas da sprint.
O Scrum define três funções principais: Scrum Master, Product Owner (PO) e Equipe de Desenvolvimento. Cada função tem responsabilidades distintas destinadas a maximizar o valor entregue pela equipe (veja mais sobre cada função neste artigo).
Os artefatos do Scrum incluem o Backlog do Produto, o Backlog da Sprint e o Incremento. Esses artefatos proporcionam transparência no trabalho a ser feito, no trabalho em andamento e no incremento do produto produzido durante o sprint.
Os artefatos do Scrum se referem ao Backlog do Produto, Backlog da Sprint e o Incremento. Eles proporcionam visibilidade e transparência do progresso, das prioridades e das entregas do projeto. Esses artefatos servem como ferramentas de comunicação para a Equipe Scrum e os demais stakeholders, permitindo a colaboração, o alinhamento e a tomada de decisões informadas durante todo o processo de desenvolvimento.
Os Artefatos do Scrum ajudam as equipes e os stakeholders a entender o estado atual do projeto e facilitam a comunicação e a colaboração.
O Backlog do Produto é uma lista priorizada de todo o trabalho desejado que o time deseja realizar no projeto, mantida pelo Product Owner (PO). O Backlog do Produto representa os requisitos, os recursos, os aprimoramentos e as correções que agregarão valor às partes interessadas.
O Backlog do Produto inclui:
Os atributos do Backlog do Produto são:
O Backlog da Sprint é um subconjunto dos itens do Backlog do Produto selecionados para implementação durante uma sprint específica. Ele contém as tarefas, as histórias de usuários (user stories) ou os itens do backlog que a equipe de desenvolvimento se compromete a concluir no sprint.
O Backlog da Sprint inclui:
Os atributos do Backlog da Sprint são:
O incremento é a soma de todos os itens do Backlog do Produto concluídos e entregues pela equipe de desenvolvimento ao final de uma sprint. Ele representa o resultado tangível do trabalho da equipe durante a sprint.
O Incremento inclui:
Os atributos do Incremento são:
O Scrum inclui funções exclusivas, ou seja, os papéis que cada membro da equipe vai desempenhar. No Scrum tradicional temos o Product Owner (PO), Scrum Master e a Equipe de Desenvolvimento. Na estrutura do Scrum, eles têm funções e responsabilidades distintas que visam a impulsionar o sucesso do projeto. Ao colaborar de forma eficaz e assumir suas respectivas funções, esses indivíduos contribuem para a criação de produtos valiosos, a melhoria contínua e a satisfação do cliente dentro da estrutura Agile.
Veja a seguir o que faz e quais as responsabilidades do Product Owner ou PO, do Scrum Master e dos desenvolvedores.
O Product Owner (PO) representa as partes interessadas (stakeholders) e é responsável por maximizar o valor do produto e o trabalho da equipe de desenvolvimento.
Visão do produto: Definir e comunicar a visão, as metas e o roteiro do produto.
Priorização: Manter e priorizar o Backlog do produto com base nas necessidades das partes interessadas, no valor comercial e nas tendências do mercado.
Gerenciamento de requisitos: Definir e articular claramente as histórias dos usuários, os critérios de aceitação e os requisitos do produto.
Envolvimento de stakeholders: Atuar como o principal elo entre a equipe de desenvolvimento e as partes interessadas (stakeholders), reunindo feedback e gerenciando expectativas.
Tomada de decisões: Tomar decisões oportunas e informadas sobre priorização de recursos, alterações de escopo e planejamento de lançamentos.
O Scrum Master é um líder servidor responsável por garantir que a estrutura do Scrum seja compreendida e aplicada pela equipe.
Facilitação de processos: Facilitar eventos Scrum (planejamento de sprint, reuniões diárias, revisões de sprint, retrospectivas de sprint) e garantir a adesão aos princípios e práticas do Scrum.
Remoção de bloqueios: Identificar e remover os impedimentos que prejudicam o progresso da equipe, permitindo que ela se concentre na entrega de valor.
Treinamento e orientação: Treinar a equipe nos princípios, práticas e valores do Scrum, promovendo a melhoria contínua e a auto-organização.
Liderança servil: Servir a equipe de desenvolvimento, o proprietário do produto e a organização, promovendo a colaboração, a transparência e uma cultura de melhoria contínua.
Defesa do Scrum: Defender as melhores práticas do Agile e do Scrum dentro da organização, apoiando a adoção e a adaptação conforme necessário.
A Equipe de Desenvolvimento é um grupo auto-organizado e multifuncional responsável por fornecer incrementos de funcionalidade de um produto que potencialmente pode avançar para a próxima etapa ao final de cada sprint.
Meta da Sprint: Definir e comprometer-se, de forma colaborativa, a atingir a Meta da Sprint, com base nos itens selecionados no Backlog do Produto.
Execução do trabalho: Determinar como atingir a meta do Sprint e se auto-organizar para concluir o trabalho dentro do prazo do Sprint.
Melhoria contínua: Inspecionar e adaptar regularmente seus processos, ferramentas e práticas para otimizar a eficiência, a qualidade e a colaboração.
Funcionalidade cruzada: Adotar uma diversidade de habilidades e conhecimentos especializados dentro da equipe, permitindo que eles lidem com todos os aspectos do desenvolvimento do produto, do design ao teste.
Responsabilidade: Assumir a responsabilidade coletiva de fornecer incrementos de alta qualidade, atender à Definição de Pronto e aderir aos valores e princípios acordados do Scrum.
O framework do Scrum segue as seguintes etapas:
O Scrum geralmente utiliza um quadro Scrum, que é semelhante ao quadro Kanban, e assim agrupa várias tarefas em várias colunas com base em seu progresso geral.
No ambiente de negócios competitivo e acelerado de hoje, as empresas devem ser capazes de responder rapidamente às mudanças nas demandas do mercado e nas necessidades dos clientes. A abordagem iterativa do Scrum permite que as empresas adaptem seus produtos e serviços rapidamente, garantindo que permaneçam relevantes e competitivas.
Ao dividir o trabalho em incrementos menores e gerenciáveis e entregar valor de forma iterativa, o Scrum permite que as empresas acelerem seu tempo de colocação no mercado. Essa velocidade é crucial para obter uma vantagem competitiva e capturar oportunidades de mercado antes dos concorrentes.
O Scrum dá grande ênfase à colaboração e ao feedback do cliente. Ao envolver os clientes em todo o processo de desenvolvimento, as empresas podem garantir que estão criando produtos que atendam às necessidades reais dos usuários e forneçam valor tangível.
O Scrum promove a transparência por meio de suas reuniões regulares, funções definidas e artefatos. Essa transparência estimula a comunicação aberta dentro da equipe e com as partes interessadas, ajudando a alinhar todos em direção a metas e objetivos comuns.
O Scrum incentiva uma cultura de melhoria contínua por meio de reflexão e adaptação regulares. Ao realizar Retrospectivas de Sprint e fazer ajustes iterativos em seus processos, as equipes podem otimizar a eficiência, a qualidade e a colaboração ao longo do tempo.
A ênfase do Scrum em equipes auto-organizadas e multifuncionais promove a colaboração, a capacitação e a responsabilidade. Esse ambiente colaborativo não apenas leva a melhores resultados, mas também aumenta o moral e a satisfação da equipe.
O Scrum possui diversas características que o tornam um framework ágil e perfeito para aplicar em projetos. Entre suas principais características, temos:
Papéis claros. No Scrum, existem papéis bem definidos, como o Product Owner, o Scrum Master e a equipe de desenvolvimento. Cada um desses papéis desempenha um papel fundamental na execução do projeto.
Sprints. O Scrum se baseia em sprints, que são ciclos curtos de trabalho, geralmente com duração de uma a quatro semanas. Durante cada sprint, o time se concentra em atingir metas específicas, entregando valor ao final de cada iteração.
Reuniões estruturadas. O Scrum prevê uma série de reuniões estruturadas, como a Daily Scrum, o Sprint Planning, a Sprint Review e a Sprint Retrospective. Essas reuniões têm o objetivo de manter a equipe alinhada, identificar obstáculos e promover a melhoria contínua.
Backlog de Produto e Backlog da Sprint: O Scrum utiliza uma abordagem baseada em listas de itens, conhecidas como backlog de produto e backlog da sprint. O backlog de produto contém todos os requisitos e funcionalidades do projeto, enquanto o backlog da sprint é uma seleção de itens do backlog de produto que serão trabalhados durante o sprint.
Ao adotar as práticas e princípios fundamentais do Scrum, as equipes podem obter maior eficiência em seus processos de desenvolvimento de produtos. A eficiência no Scrum pode ser alcançada por meio de:
A adoção da metodologia Scrum catalisou transformações significativas tanto em empresas de tecnologia quanto em negócios tradicionais. Ao adotar os princípios ágeis, as organizações redefiniram seus processos, culturas e abordagens para o desenvolvimento de produtos e gerenciamento de negócios. Seja no setor de tecnologia ou nas indústrias tradicionais, o Scrum capacitou as equipes a se tornarem mais colaborativas, centradas no cliente e adaptáveis, impulsionando a inovação e o crescimento sustentável no atual cenário de negócios em rápida mudança.
As empresas de tecnologia foram as primeiras a adotar metodologias ágeis, como o Scrum, devido à natureza dinâmica do desenvolvimento de software.
O Scrum introduziu uma mentalidade ágil, enfatizando a flexibilidade, a colaboração e a capacidade de resposta às mudanças. Essa mudança permitiu que as equipes de tecnologia se adaptassem rapidamente aos requisitos e às condições de mercado em constante evolução.
A abordagem iterativa do Scrum para o desenvolvimento substituiu os métodos tradicionais em cascata, em que os projetos seguiam uma progressão linear.
Nas empresas de tecnologia, essa mudança permitiu lançamentos frequentes de incrementos de produtos utilizáveis, facilitando ciclos de feedback mais rápidos e reduzindo o tempo de colocação no mercado.
O Scrum promoveu a colaboração multifuncional, organizando as equipes em torno de objetivos específicos e promovendo a responsabilidade compartilhada.
As equipes técnicas tornaram-se mais auto-organizadas, com membros de diferentes disciplinas trabalhando em conjunto para fornecer valor de forma incremental.
A ênfase do Scrum na melhoria contínua levou a uma cultura de aprendizado e adaptação nas empresas de tecnologia.
As retrospectivas regulares permitiram que as equipes refletissem sobre seus processos, identificassem áreas para melhoria e implementassem mudanças de forma iterativa.
As empresas tradicionais reconheceram os benefícios do Scrum na melhoria da eficiência operacional, mesmo fora dos ambientes centrados em tecnologia.
Ao aplicar os princípios do Scrum, as empresas simplificaram os fluxos de trabalho, reduziram o desperdício e otimizaram a utilização de recursos, o que levou à redução de custos e ao aumento da produtividade.
O foco do Scrum na entrega de valor aos clientes repercutiu nas empresas tradicionais que buscam atender às necessidades e preferências em constante evolução dos clientes.
Ao priorizar o feedback do cliente e integrá-lo aos ciclos de desenvolvimento de produtos, as empresas poderiam desenvolver produtos e serviços mais alinhados às demandas do mercado.
Em um cenário de negócios cada vez mais volátil e incerto, as empresas tradicionais buscaram metodologias como o Scrum para aumentar sua capacidade de adaptação às mudanças. O Scrum forneceu uma estrutura para que as empresas respondessem rapidamente às mudanças do mercado, às pressões da concorrência e às mudanças regulatórias, permitindo que elas permanecessem ágeis e resistentes.
Ao adotar o Scrum, as empresas tradicionais promoveram uma cultura de inovação, capacitando as equipes a experimentar, iterar e inovar em seus respectivos domínios.
Essa cultura de inovação impulsionou o crescimento dos negócios, permitindo que as empresas explorassem novos mercados, desenvolvessem produtos inovadores e obtivessem uma vantagem competitiva em seus setores.
A metodologia Scrum, nascida da necessidade de agilidade e colaboração no desenvolvimento de software, foi amplamente adotada em vários setores e pode ser aplicada a empresas tradicionais que buscam aprimorar seus processos de desenvolvimento de produtos, a eficiência operacional e a satisfação do cliente. Ao adotar os princípios e práticas do Scrum, as organizações podem enfrentar desafios complexos, acelerar a inovação e alcançar um crescimento sustentável no dinâmico ambiente de negócios atual.
Embora o Scrum tenha se originado no campo do desenvolvimento de software, seus princípios e práticas podem ser adaptados às empresas tradicionais de vários setores.
Aqui estão alguns cenários em que o Scrum pode ser aplicado de forma eficaz:
As empresas tradicionais podem usar o Scrum para gerenciar e executar campanhas de marketing com mais eficiência. Ao dividir as tarefas da campanha em incrementos menores, as equipes podem iterar nas mensagens, analisar os resultados e adaptar as estratégias com base no feedback do cliente em tempo hábil.
As empresas de manufatura podem aplicar os princípios do Scrum para agilizar os processos de desenvolvimento de produtos, reduzir o tempo de colocação no mercado e melhorar a qualidade do produto. As equipes multifuncionais podem colaborar estreitamente para projetar, criar protótipos e iterar novos produtos, respondendo rapidamente às demandas do mercado e aos avanços tecnológicos.
As empresas de varejo podem adotar o Scrum para otimizar o gerenciamento de estoque, as estratégias de merchandising e as operações da loja. Ao organizar equipes em torno de objetivos específicos, como melhorar a experiência do cliente ou lançar novas linhas de produtos, os varejistas podem promover a inovação e a agilidade em um cenário de mercado competitivo.
As empresas de consultoria podem utilizar as metodologias Scrum para entregar projetos com mais eficiência, gerenciar as expectativas dos clientes e gerar valor comercial. Ao adotar abordagens iterativas e ciclos de feedback regulares, as equipes de consultoria podem adaptar suas recomendações e soluções para atender às necessidades dos clientes e às condições de mercado em constante evolução.
Ao longo dos anos, o Scrum ganhou ampla adoção em outros setores além do desenvolvimento de software. Muitas empresas líderes adotaram o Scrum para aprimorar seus processos de desenvolvimento de produtos, melhorar a colaboração da equipe e fornecer valor aos clientes com mais eficiência. Algumas empresas notáveis que aplicam o Scrum incluem:
O Google utiliza o Scrum extensivamente em suas equipes de engenharia para gerenciar e fornecer vários produtos e serviços, como o Google Search, o Gmail e o Google Maps.
A Amazon emprega metodologias Scrum em suas equipes de desenvolvimento para inovar e iterar rapidamente em sua plataforma de comércio eletrônico, serviços em nuvem (AWS) e produtos digitais.
A Microsoft integrou o Scrum em seus processos de desenvolvimento, incluindo a criação de produtos de software como Microsoft Office, Windows e Azure.
O Spotify, um participante proeminente no setor de streaming de música, utiliza o Scrum para aprimorar continuamente sua plataforma, desenvolver novos recursos e se adaptar às mudanças nas demandas do mercado.