Você conhece o livro “A Startup Enxuta”? Se já pesquisou o que é Lean Startup, então provavelmente já se deparou com a obra literária de Eric Ries, que já teve mais de um milhão de cópias vendidas e foi traduzido para 30 idiomas.
Mesmo tendo sido lançado em 2011, o livro “A Startup Enxuta: como usar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bem-sucedidos” continua bem atual, trazendo um modelo de muito sucesso entre as startups.
Inclusive, durante este tempo, o livro Lean Startup se consolidou como uma leitura imperdível no segmento, trazendo histórias reais e exemplos de empresas que passaram por uma profunda transformação com a implementação deste modelo.
Nos acompanhe na leitura para entender as principais ideias do livro e o que você pode extrair dele para o seu negócio.
Resumimos para você as principais ideias presentes no Lean Startup livro. Veja:
Nesse texto, também temos o resumo de Lean Startup, com lições do autor Eric Ries que se destacam em cada um dos 12 capítulos.
Eric Ries é um autor e empreendedor nascido no Vale do Silício, Califórnia. Foi o criador do movimento Lean Startup, que consiste em uma estratégia nova para os modelos de negócios.
No ano de 2008, Eric Ries resolveu compartilhar sua experiência como CTO. Em suas palestras, dizia como era possível resolver os problemas de forma rápida. Esses problemas eram resolvidos de forma eficaz por meio dos feedbacks com seus consumidores.
Então, em 2011, foi lançado por Eric Ries “Lean Startup”, livro que se consolidou como referência no universo das startups.
Lean Startup, ou startup enxuta em português, é um conceito desenvolvido por Eric Ries, autor do livro "The Lean Startup: How Today’s Entrepreneurs Use Continuous Innovation to Create Radically Successful Businesses”.
Através de experiências que ele mesmo viveu nos anos como empreendedor e criador de startups, o conceito é orientado por cinco princípios, que são os seguintes, como mostra o site The Lean Startup:
A seguir, confira as principais informações do livro, de acordo com cada seção:
O método Lean Startup consiste de práticas feitas para o seu negócio ter mais resultados utilizando poucos recursos. Por isso, a sua base consiste em:
Para isso acontecer, as startups fazem testes e mensuram custos ao invés de gastar o seu tempo com pesquisa, tudo para garantir o sucesso do negócio que ainda está começando.
Para a criação do Lean Startup, Ries utilizou como sua base a filosofia japonesa do Lean Manufacturing. Deste modo, ele conseguiu identificar e eliminar desperdícios, fazendo com que sua metodologia fosse utilizada por empresas de todo o mundo.
A empresa que usa essa metodologia encontra diversas vantagens, como produzir mais, reduzir os custos operacionais e ficar mais próximo dos seus clientes.
O empreendedorismo está crescendo muito em todo o mundo, porém esse é um tipo de atividade que envolve riscos. Por isso, é importante estudar bem como começar a sua startup, pois quando se age de forma precipitada, pode-se acabar fracassando em seu negócio.
Por isso que as Lean Startups são essenciais e vêm alterando radicalmente a forma que os empreendedores conduzem os seus projetos. Assim, eles conseguem ter progresso e alta qualidade em seus produtos.
Uma startup precisa ter uma equipe multifuncional para que esta resulte em uma organização bem rígida. Isso significa que todos os departamentos serão funcionais e responsáveis por incentivar as pessoas a fazer o seu melhor ao realizar o seu trabalho.
Dessa forma, torna-se possível aumentar a produtividade da empresa.
Outro ponto importante que o autor aborda no capítulo 1 do livro é o processo de desenvolvimento do produto. Afinal, a Lean Startup tem um só destino em mente, que é a criação de um negócio rentável, próspero e com potencial para mudar o mundo.
A Lean Startup precisa ter um modelo de negócios para conseguir alcançar seus objetivos.
Ries criou o método do Lean Startup com o objetivo de ensinar os empreendedores a dirigirem seu negócio de maneira eficaz.
Neste capítulo, o autor explica que uma startup é projetada com o intuito de criar produtos e serviços novos. Isso acontece porque fazer uma empresa com as mesmas características de outra existente não se configura como uma startup.
O autor explica em vários momentos do livro que o conceito de Lean Startup pode ser aplicado em diversas instituições, de empresas pequenas a multinacionais. O importante é definir o seu produto ou serviço para desenvolvê-lo.
Isso deve beneficiar a todos os envolvidos no negócio.
Sair do tradicional, ou seja, inovar no produto ou serviço que será oferecido pela empresa.
Saber bem que tipo de produto ou serviço você quer desenvolver na empresa.
Não importa o tamanho da startup, o importante é definir o seu produto ou serviço.
Neste capítulo, o autor fala sobre uma desculpa de todo gerente e empreendedor que não é bem sucedido, que é de que estão em um processo de aprendizagem.
Porém, um fato muito importante a ser considerado é que o empreendedor a todo instante está envolvido com organizações, ou seja, a aprendizagem faz parte de seu cotidiano. Afinal, é necessário aprender o que está funcionando para que a visão da empresa seja concretizada.
É importante também aprender quais são os interesses dos clientes, o que de fato eles querem, não o que o empreendedor quer. É preciso descobrir se a startup está encaminhando para um negócio sustentável.
O autor também comenta sobre a aprendizagem validada, método bastante rigoroso que mostra o progresso que a sua startup está tendo.
É o processo que mostra se seus funcionários aprenderam de forma precisa quais são as perspectivas da empresa. Cria-se um prognóstico do mercado para o seu ramo de atuação.
Outro ponto importante do capítulo é o de valor versus desperdício. É de extrema importância saber o que proporciona valor para o seu cliente, pois o resto é somente desperdício.
No modelo de Lean Startup, tudo o que desenvolvemos é considerado um experimento para se chegar à aprendizagem validada.
A aprendizagem validada significa que tudo o que você aprende é importante para alcançar os interesses dos clientes.
É preciso saber o que é de valor para o seu cliente, pois o resto é considerado desperdício.
A metodologia Lean Startup reconhece que todos os esforços que são dispensados no processo testam as estratégias utilizadas no negócio. É muito importante nesse aspecto saber quais são as lições aprendidas e validadas.
Um dos principais exemplos citados no capítulo é o da loja Zappos, considerada a maior loja de sapatos on-line do mundo. O valor anual das vendas brutas chega a mais de US$ 1 bilhão.
O fundador dessa empresa se sentia frustrado pelo fato de não existir nenhum site com uma seleção de sapatos grandes. A partir disso, ele pensou em uma experiência de varejo nova e superior. Sem perder tempo e sem gastar rios de dinheiro, começou o seu negócio online.
Para fazer um teste, a loja Zappos foi às lojas de sapatos locais e pediu para tirar fotos do estoque delas. Em troca, ele postaria as fotos e voltaria para comprar os sapatos. Porém, os sapatos seriam comprados pelo preço de varejo, mas a compra só era realizada quando os clientes comprassem on-line.
O dono da loja Zappos começou simples e pequeno e conseguiu levantar dados preciosos. Considerou os interesses dos clientes para assim conseguir surpreendê-los.
Este fato é considerado uma aprendizagem qualitativa que ajuda a aprendizagem quantitativa.
É importante testar se o produto ou serviço irá oferecer valor para o cliente.
É preciso saber se a aprendizagem validada foi feita da forma correta, pois se você não aprender, o seu negócio tem grande chance de não dar certo.
Esse capítulo fala sobre a chegada de três alunos no Vale do Silício com sua rede social que acabaram de criar. A tal rede social era o Facebook, que na época tinha somente 150 mil usuários e uma receita baixa.
Entretanto, seu crescimento foi tão estrondoso que menos de 1 ano depois eles conseguiram levantar US$ 12,7 milhões. Esse fato impressionou os investidores, pois o crescimento da rede social foi muito grande.
Entretanto, na época, muitas pessoas criticaram os investidores do Facebook pelo fato de a empresa não possuir nenhum modelo de negócio e a receita baixa.
Muitos acreditavam que o Facebook era somente o retorno dos excessos da era digital. Eles tentavam atrair audiência e vender publicidade, mas não pagavam nada para a aquisição do cliente e com isso atraíam mais atenção no início.
Outro ponto abordado no capítulo é as suposições que tentam alcançar a visão da empresa. O empreendedor precisa construir uma organização capaz de testar suas suposições.
É preciso construir uma organização capaz de alcançar a visão da empresa.
O plano de negócios de uma empresa sempre começa com um conjunto de suposições sobre ele.
Investir em negócios considerados pequenos também pode ser uma boa pedida, como mostra o exemplo do Facebook, que teve um crescimento estrondoso.
Um Mínimo Produto Viável (MVP) ajuda os empreendedores a iniciarem o seu processo de aprendizagem da forma mais rápida possível. Ele pode variar de acordo com a complexidade, indo desde os testes iniciais do produto até seus protótipos.
A principal lição do MVP está no fato de que qualquer trabalho superior ao que foi requerido inicialmente é um desperdício, não considerando a relevância que pareça ter tido naquele momento.
O objetivo do MVP é começar o processo de aprendizagem, não terminá-lo, diferente de um protótipo ou teste de conceito.
Qualquer teste a mais do que foi solicitado inicialmente é considerado um desperdício no processo de aprendizagem.
A tarefa da Lean Startup é, primeiramente, medir rigorosamente onde ela está naquele momento, criando experiências para descobrir a forma de levar os números reais para perto do ideal refletido.
A maioria dos produtos, incluindo os que fracassaram, não têm uma força de tração zero. Um dos resultados mais perigosos de uma startup é perambular na terra dos mortos-vivos. Tenha clientes!
É importante saber que a contabilidade para inovação faz com que a startup veja de forma objetiva que está conseguindo desenvolver um negócio sustentável.
A contabilidade para inovação começa convertendo as suposições do tipo “salto de fé”. Ela se desenvolve em três partes:
Outro ponto falado no capítulo é sobre a análise de coorte, ferramenta extremamente importante para a startup. Ela é baseada numa premissa simples e considera os totais acumulados ou quantidades brutas, ou seja, o desempenho de cada grupo de clientes em contato com o produto.
Quando se fala sobre otimização e aprendizagem, o autor diz que as empresas consolidadas são experientes em fazer a verificação das proposições de valor através de testes.
Entretanto, essas ferramentas para melhorias não funcionam da mesma maneira com as startups. Se você estiver construindo a coisa errada, a otimização do produto ou marketing não renderão resultados significativos.
Ao falar das métricas de vaidade, foi dito que as empresas de qualquer tamanho conseguem se valer do tipo errado de métricas para orientar suas ações.
Já para as métricas acionáveis, o autor usou como exemplo uma empresa chamada Grockit. Essa empresa utilizou uma abordagem educacional superior, combinando as aulas orientadas por docentes e empregando dever de casa individualizado e estudo em grupo.
No começo, usou uma abordagem enxuta, ensinando a preparar os testes através de uma ferramenta conhecida para realização de conferências via web (WebEx).
Rapidamente, essa hipótese foi confirmada como boa tração inicial, e desse modo levantou dinheiro com investidores de riscos. A Grockit montou uma equipe muito disciplinada para seu software próprio.
Medir de forma rigorosa onde a Lean Startup quer chegar, considerando todos os produtos, até os que fracassaram.
Todas as empresas têm um motor de crescimento, independentemente de seu tamanho.
Tudo que foi falado até agora é considerado um prelúdio para uma simples pergunta: tudo feito está contribuindo para o progresso; desse modo, faremos uma grande mudança?
Empresas que não conseguem pivotar em uma direção nova baseada no feedback do mercado têm a possibilidade de ficar presas na terra dos mortos-vivos, ou seja, não crescer de forma suficiente e também não morrer.
A produtividade de uma startup não é somente produzir mais widgets ou recursos, mas sim conseguir alinhar os esforços com um negócio que está funcionando para criar valor e impulsionar o crescimento.
Os pivôs bem sucedidos colocam a startup no caminho para o desenvolvimento sustentável do negócio. Alguns tipos de pivô são:
Empresas que não conseguem pivotar não conseguem crescer e se desenvolver de forma sustentável.
A startup consegue produzir e alinhar os esforços de um negócio que está funcionando.
Neste capítulo, o autor explica que os lotes pequenos são adeptos à manufatura enxuta. Isso explica a economia depois da Segunda Guerra, quando fabricantes de carros, como a Toyota, não davam conta de competir com as grandes fábricas norte americanas, já que os Estados Unidos usavam técnicas de produção em massa.
Seguindo a maneira intuitivamente eficiente de manufatura, as indústrias de produção em massa fabricavam carros em lotes maiores. Era um gasto enorme e quantias de dinheiro com máquinas para demanda de alta escala.
As empresas deveriam manter as máquinas a todo vapor, pois assim podiam reduzir o custo unitário da peça e produzir carros baratos.
Na empresa de Eric Ries, ele projetava, desenvolvia e lançava os novos recursos um de cada vez, tirando assim vantagem do poder dos pequenos lotes.
É preciso desenvolver e lançar novos recursos para as empresas.
Os benefícios dos pequenos lotes vêm para os adeptos da manufatura enxuta.
O autor menciona três motores de crescimento:
Os motores de crescimento determinam o Product-Market Fit. Manter o motor de crescimento de uma startup funcionando não é simples, e isso só pode funcionar adequadamente quando existe uma boa estrutura organizacional.
Para o autor, na IMVU, empresa da qual ele é co-fundador, era possível se desenvolver através de um um programa de treinamento considerado maravilhoso. Novos funcionários já conseguiam se tornar produtivos no primeiro dia.
Para cada funcionário seria dado um mentor para ajudá-lo a se acostumar com:
O desempenho do mentor e orientando são vinculados. Isso faz com que não seja necessário interromper o trabalho para criar um grande programa de treinamento.
Ele também menciona a ideia básica dos “Cinco Porquês”, que consiste em ligar os investimentos diretamente à prevenção de sintomas problemáticos por meio da formulação de cinco perguntas para que se consiga entender o que aconteceu, ou seja, descobrir a causa-raiz.
Esse sistema é usado para compreender a causa-raiz de determinado problema. Tal técnica foi desenvolvida para ser uma ferramenta sistemática para solucionar os problemas por Taiichi Ohno, pai do Sistema de Produção Toyota.
Esse sistema foi adaptado por Ries para ser usado nas startups enxutas.
Agora, se a abordagem dos Cinco Porquês der errado, provavelmente foi utilizado o método “Cinco Culpas”.
Ao invés de se perguntar por que repetidas vezes para tentar entender o que deu errado, os membros que estão frustrados começam a apontar os dedos uns contra os outros, culpando-se ao invés de achar e corrigir problemas.
Os cinco porquês ligam diretamente os investimentos com a prevenção dos problemas.
Quando a ideia dos cinco porquês não dá certo, provavelmente foi utilizado o método das cinco culpas, que não ajuda a descobrir o que realmente aconteceu.
A sabedoria convencional diz que sempre que as empresas ficam maiores, perdem a sua capacidade, principalmente para inovação, criatividade e crescimento.
Entretanto, o autor discorda, dizendo que se pode construir organizações que conseguem fazer o equilíbrio das necessidades dos clientes.
Sempre haverá o desafio de encontrar novos clientes. Porém, é preciso resolver isso ao mesmo tempo em que se gerencia linhas existentes de negócios e se explora novos modelos de negócio.
Startups apoiadas por capital de risco ou autossuficientes naturalmente possuem alguns atributos estruturais de inovação radical.
Além disso, seja para equipes de startups internas ou externas, três atributos estruturais são necessários:
O autor ainda lembra sobre uma consultoria que prestou em uma grande empresa. Nela, a direção foi se reunindo para tomar decisões sobre o que deveria incluir na próxima versão do seu produto.
Como a empresa tem o compromisso de ser orientada a dados, fez um experimento acerca dos preços. Porém, a parte da reunião que trouxe os dados foi muito confusa, o que mostra como a escolha de métricas de vaidade e um projeto experimental fraco, entre outros pontos, são realmente prejudiciais.
Os empreendedores precisam se interessar pessoalmente no resultado de suas criações.
A startup tem que ter autonomia para conseguir construir e comercializar os seus produtos.
É possível construir empresas que conseguem equilibrar as necessidades dos clientes que as empresas já têm com os desafios de encontrar novos clientes, e, desse modo, consegue gerenciar linhas existentes de negócios e explorar novos modelos de negócio.