Como fazer um negócio crescer e se diferenciar com João Adibe, CEO do Grupo Cimed

Como fazer um negócio crescer e se diferenciar com João Adibe, CEO do Grupo Cimed

Por:
G4 Educação
Publicado em:
12/7/2022
Atualizado em:

No primeiro episódio do Extremos – novo podcast do G4 Educação – Alfredo Soares e Bruno Nardon conversam com João Adibe Marques, CEO do grupo CIMED, sobre momentos surpreendentes e marcantes na trajetória do empresário.

Assim como o streaming foi para o vídeo, os podcasts tornam possível que o áudio seja reproduzido nas mais diversas situações, viabilizando para o usuário selecionar, de maneira interativa, o conteúdo que deseja consumir.

Pensando nisso, Alfredo Soares e Bruno Nardon estrearam o Extremos – podcast produzido pelo G4 Educação – visando receber os players mais influentes do mercado para conversar sobre momentos extremos das suas jornadas, dos melhores aos piores, explorando as novas perspectivas e inovações disponíveis para se impulsionar um negócio.

Nesse sentido, ninguém melhor do que João Adibe Marques, CEO do grupo CIMED,  pioneiro do ramo farmacêutico  e um dos maiores empresários do Brasil (eleito pela Bloomberg Línea como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina em 2021) para estrelar o 1º episódio do novo canal.

Confira agora os melhores momentos desse bate-papo e se prepare para aprimorar a sua visão de negócios com insights poderosos trazidos pelo empreendedor – passando pelo seu sequestro, o patrocínio da Seleção Brasileira de futebol e a habilidade de se aproveitar o hype gerado pelas redes sociais para alavancar as vendas.

#01 - Não importa se a empresa é pequena ou grande, ela tem que ter agilidade

Sem dúvidas, com o ritmo em que a sociedade avança, as empresas precisam fazer o que for preciso para se manterem relevantes. Foi assim que Adibe se aproveitou do frenesi envolvendo a atriz Carla Diaz (que filmou o quarto de hotel em que estava hospedade com o namorado e deixou à mostra a embalagem de um lubrificante) para, em um mês, aumentar em 6 vezes as vendas do produto Kmed.

A arte de transformar polêmica em publicidade foi fruto de uma ação tomada quase que instantaneamente, tão logo as discussões em torno do assunto começaram a surgir.

Essa é a diferença entre estratégia e oportunidade. Muitas vezes, se você se prolonga muito para a tomada de decisão, acaba perdendo o timing certo daquele evento. É fundamental que a organização seja ágil e o marketing tenha uma estruturação pensada nas necessidades de se flexibilizar os custos de operações como essa.

Entender  a relevância de se ter agilidade é produzir investimentos colaterais em diversas áreas, como imagem, networking etc. Afinal, se você não for rápido, seus concorrentes serão. Por isso, velocidade é pré-requisito para sobreviver.

#02 – O networking é a razão das oportunidades que passam perto de você

Para João Adibe, networking não se resume a apenas conhecer outras pessoas, mas em entender como as mais diversas relações podem ajudar a alavancar inúmeros projetos. E mais, como essas conexões podem ajudá-lo a tomar melhores decisões e de maneira mais direcionada.

O bom profissional, seja de qual setor seja, está sempre aberto a conhecer novos grupos e pessoas. A visão 360º que o contato com o outro proporciona é, para o empresário, o grande ativo do G4 Educação.

“O maior ativo de um vendedor é o networking.”
João Adibe Marques, CEO do grupo CIMED


Especialmente para quem trabalha com vendas, construir uma rede é essencial. O bom vendedor faz branding próprio e sabe construir pontes, já que o cliente não compra o que o produto que está sendo vendido, mas a confiança e o relacionamento que estão sendo gerados.

#03 – Vendas é comunicação

São as suas habilidades de comunicação que determinam as suas chances de realizar uma venda – desde sua apresentação até o fechamento. Desenvolvê-las ajuda a construir uma forte primeira impressão, ganhando confiança e estabelecendo credibilidade.

Se, antigamente, a mídia se concentrava em jornal, rádio e televisão, hoje, o instagram é o nosso principal cartão de visitas –  algo impensável para empreendedores das décadas passadas que precisaram se adaptar com esse cenário de comunicação cada vez mais latente.

Adibe, mesmo já tendo sofrido com uma experiência de sequestro nos anos 2000, época em que mostrar o que se tinha era perigoso, teve problemas em casa e na companhia para que entendessem a sua exposição nas redes sociais.

No entanto, para ele, se você primeiro não se vende, não conseguirá depois vender o seu produto. Assim, é fundamental ouvir as opiniões divergentes para depois ter a possibilidade de confrontá-las e desconstrui-las. Atualmente, 90% dos seus colabores são digitais, o que mostrar a grande influência do seu pipeline de liderança.

#04 – Vivo muito o presente, falo pouco do passado e não planejo o meu futuro

Embora seja importante aprender com os fracassos do passado, é importante considerar cuidadosamente aquilo que você vive hoje.

Uma das grandes armadilhas em relação ao futuro é sentir como se já tivesse realizado o que deseja - mesmo que não o tenha feito – e ficar menos inclinado a seguir em frente até o resultado final.

Ao invés de confundir o seu cérebro como se você já tivesse alcançado o objetivo, traga seu foco de volta para o presente. Quais são os passos que você precisa seguir para tornar esse sonho uma realidade? Quais são as verdades e necessidades do seu negócio hoje? Concentre-se no agora e esteja pronto para reconhecer os desafios do momento e seguir em frente.

É com essa mentalidade e esse foco intenso em resultados que Adibe não guarda traumas e nem lamentos do período em que esteve em cárcere privado, transformando os problemas em união.

“A gente não senta no problema, nem eu e nem a minha familia, a gente atropela e bola pra frente”.

Dessa forma, seu mindset é voltado para viver intensamente na vida pessoal e profissional, disruptando a velha crença de que vendedor precisa de compaixão da outra parte para conseguir vender. Ao contrário, desde o início, fez de tudo para lidar de igual para igual e olhar no olho do outro para ser valorizado e construir a sua história.

João Adibe, de calça branca e a tradicional polo amarela da Cimed, com um microfone na mão, palestrando no G4 Club.
João Adibe Marques dá palestra no G4 Club (Crédito: G4 Educação)

#05 – A vitória é consequência de um planejamento bem-sucedido

O planejamento pode fazer ou quebrar um negócio. É importante planejar, planejar com antecedência e reavaliar a eficácia do plano com frequência. Lembre-se, "nenhum plano sobrevive ao campo de batalha" e sempre haverão eventualidades as quais, simplesmente, não se pode imaginar.

Devido à essa tensão constante, segundo o CEO do grupo CIMED, todo grande líder que constrói algo, acaba não comemorando aquilo que ele conquista e isso começa a estressar a empresa, muita pressão, muita cobrança e poucas comemorações.

“Todo líder bate muito, mas de vez em quando, muita energia explode uma estrutura”.

Deste modo, um de seus grandes focos atualmente é aprender a trabalhar a celebração de suas vitórias. Afinal, a pandemia nos mostrou que, independente de ter muito ou pouco dinheiro, não estamos blindados às mais diversas situações.

Além disso, ele vem se esforçando para implementar o sentimento de “eu tenho, eu posso, eu faço” em seus colaboradores e familiares, para que estrutura não dependa apenas de uma pessoa. E, nesse ponto, o papel da cultura organizacional é primordial.

De acordo com a 21ª edição do estudo global Edelman Trust Barometer, o brasileiro hoje tem mais medo de perder o emprego do que de morrer. Isso nos passa uma mensagem muito forte. Assim, Adibe objetiva deixar um legado de prosperidade para todo mundo que está ao seu redor – o salário é apenas uma consequência.

Como? Dividindo o aprendizado que acumulou nos últimos 50 anos. Porque, no final das contas, tudo o que tem é resultado daquilo que foi plantado conjuntamente. Hoje, cada colaborador da CIMED sabe onde pode chegar. E, com essa lógica, entende-se prosperidade como aquilo que tem o potencial de fazer a sua empresa ficar cada vez maior e melhor, mas com todo mundo junto e não você sozinho.

#06 – Una sensibilidade com rentabilidade

Como líder, sua equipe é seu melhor recurso. Ser sensível envolve cuidar de seus funcionários fora do trabalho e conhecê-los como pessoas. Além disso, uma parte fundamental da sensibilidade é a capacidade de ouvir efetivamente: seus times, seus clientes, seus instintos e o seu mercado.

Segundo pesquisa da McKinsey, 94% dos executivos seniores entrevistados disseram que as pessoas e a cultura corporativa são os mais importantes impulsionadores da inovação em suas organizações.

Não é à toa que inovar e ser disruptivo está no sangue da CIMED e isso se reflete na nova frente almejada pela companhia com o lançamento da CIMED X - divisão de pesquisa e desenvolvimento de novas drogas, que inclui estudos em órbita na Estação Espacial Internacional.

 Companhias que incentivam seus funcionários a serem mais empáticos, além de serem mais inovadoras, aumentam a fidelidade e a satisfação de seus clientes.  Um levantamento da Harvard Business Review sugere que as 10 empresas mais empáticas  aumentaram seu valor monetário mais do que o dobro das piores 10 empresas e geraram 50% mais lucros.

Considerações finais: é possível escalar um negócio independente do cenário

No balanço completo de 2021, a CIMED mostrou que é possível escalar um negócio, mesmo em meio à crise e bem acima do mercado, com uma receita líquida de, aproximadamente, R$1,5 bilhão e um CAGR de 26% nos últimos 3 anos. 

E esse é um dos principais propósitos da empresa hoje: comprar, fabricar, distribuir e vender para uma população cada vez maior. Afinal, o seu vendedor é, antes de tudo, um empreendedor e a sua rentabilidade passa pelo sucesso e a satisfação desse cliente.

Após tantos ensinamentos e conselhos, se você deseja ir além e construir uma máquina de vendas no seu negócio, assim como João Adibe fez, não deixe de conferir na íntegra ao episódio de estreia do Extremos:

Como fazer um negócio crescer e se diferenciar com João Adibe, CEO do Grupo Cimed
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