Tornar-se um empreendedor no Brasil não é uma tarefa fácil. Mais do que ser criativo, persistente e otimista, existe uma série de habilidades empreendedoras fundamentais para ser possível manter um negócio funcionando mesmo com pouco ou sem qualquer auxílio dos órgãos públicos.
Cada empreendedor é diferente e cada negócio possui as suas próprias particularidades. Por isso, é impossível criar um rol taxativo de habilidades e esperar que um robô administre um negócio de maneira bem-sucedida.
De igual modo, para cada um dos itens a seguir, podemos pensar em algumas dezenas de bilionários que notoriamente não tinham aquela determinada qualidade.
Isso significa que ter clareza dessas características e entender seus pontos fracos e fortes permite que se contratem pessoas capazes de compensar as suas principais fraquezas e dificuldades.
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As habilidades empreendedoras abrangem uma ampla variedade de conjuntos de habilidades variadas, como habilidades técnicas, habilidades de liderança e gerenciamento de negócios e pensamento artístico.
Além disso, elas podem estar presentes em coisas simples do seu dia a dia, como no esporte, em filmes e podcasts. Entre as principais, destacamos:
Embora algumas dessas condições possam vir mais naturalmente para algumas pessoas do que para outras, muitas delas são coisas que você pode aprender ou desenvolver com a prática. Vejamos melhor, então, cada uma delas.
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A agilidade se refere à capacidade do indivíduo de conseguir se adaptar rapidamente às mudanças e flutuações em seu ambiente. Quanto mais rápida é a sua habilidade de ajustar sua estratégia de negócios, maior será sua agilidade.
Entregar e responder com velocidade não é fácil. No entanto, segundo uma pesquisa da McKinsey, os entrevistados que tomam decisões de alta qualidade mais rapidamente e executam-nas logo em seguida, desfrutam de maior crescimento, retornos gerais ou ambos.
Assim, implemente uma cultura de agilidade contínua em sua empresa e tenha “rotinas dinâmicas” para alcançar esses objetivos. Por exemplo, a prática dos testes produz um comportamento sofisticado para conceituar, fornecer recursos, executar e aprender com clareza sobre o que funciona e o que não, tornando possível se transformar agilmente em resposta.
Em outra oportunidade, a McKinsey descobriu que as empresas ágeis foram superiores às empresas não ágeis em relação à superação do novo cenário provocado pela Covid-19. Portanto, ser estrategicamente ágil tem efeitos mensuráveis e a pandemia evidenciou isso de forma mais do que suficiente.
Sendo assim, a agilidade estratégica pressupõe entender, na medida do possível, o que o futuro reserva. Por mais assustador que possa ser reavaliar seu modelo de negócios, isso permitirá que você avance e continue, não importando como seja o dia de amanhã.
De acordo com estudo do Korn Ferry Institute, agilidade de aprendizado é o fator chave para impulsionar as organizações à frente de seus concorrentes, com indivíduos ágeis de alto aprendizado sendo 18x mais propensos a serem identificados como de alto desempenho e a companhia produzindo margens de lucro 25% maiores.
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A adaptabilidade sempre foi fundamental para nossa sobrevivência – como espécie, como organizações e em nossas vidas profissionais e pessoais.
Graças a ela, podemos discernir e reconhecer quando a mudança é necessária, evitando o fracasso que perseguiu inúmeras empresas que não foram capazes de se adaptar ao mercado, como a Blockbuster, Kodak e Xerox.
Por isso, esteja aberto a novas ideias e situações, sendo flexível, versátil, resiliente e responsivo às mudanças. O levantamento realizado pelo LinkedIn, "Learning Workplace Learning Report 2021", classificou a resiliência e a adaptabilidade em primeiro lugar entre as dez habilidades mais importantes no universo corporativo.
Como é o caso do aprendizado de uma ampla gama de habilidades sociais críticas, anote quando as pessoas ao seu redor exibirem as habilidades de adaptabilidade que você deseja aprender ou peça diretamente dicas, feedbacks e orientações.
Além disso, compartilhe novos conhecimentos e teste soluções alternativas, afinal, esses erros fornecerão algumas das lições mais importantes que você aprenderá ao longo de sua vida profissional.
De igual modo, faça perguntas com frequência, elas são uma ótima fonte para aprender mais e desafiar as formas estabelecidas de fazer as coisas, um componente primordial para ser adaptável.
"Para liderar, é preciso se adaptar a diferentes situações e como eu costumo dizer, “montar o avião no ar.”
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As prioridades são importantes, porque direcionam o seu foco e o da organização. As atividades prioritárias serão perseguidas, enquanto aquelas que não são serão evitadas, não importa quão estrategicamente importantes ou quanto a alta administração tente empurrar, estimular e compelir a companhia a persegui-las.
Além disso, após realizar a priorização, é possível alocar os recursos da empresa de maneira assertiva. Afinal, eles são finitos. Mas, para definir o que é crucial ou não, analise se determinado processo ajudará a organização a aumentar suas margens, tamanhos médios de transação ou mercados endereçáveis e se está alinhada com a cultura e os valores do seu negócio.
Pense nisso: existe algum negócio que não tenha mais o que fazer do que tem tempo? Por isso, é fundamental descobrir o que deve vir primeiro, segundo e terceiro ou o que não pode ser feito.
“A chave não é priorizar o que está em sua agenda, mas agendar suas prioridades.”
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Um empreendedor com uma boa comunicação pode fazer a diferença entre colaboradores confiantes e motivados e uma equipe improdutiva com baixa moral.
Como líder, é seu papel definir o tom da empresa e ter boas habilidades de comunicação permite que haja clareza e eficácia no compartilhamento de informações com outras pessoas. Vejamos alguns estatísticas interessantes:
Portanto, a comunicação é uma ferramenta eficaz, não importa qual seja a perspectiva, sendo uma competência que descomplica a interação entre as pessoas e que evita que grandes ideias fiquem apenas trancadas nas mentes empreendedoras.
“Desenvolver excelentes habilidades de comunicação é absolutamente essencial para uma liderança eficaz. O líder deve ser capaz de compartilhar conhecimentos e ideias para transmitir um senso de urgência e entusiasmo aos outros. Se um líder não consegue transmitir uma mensagem com clareza e motivar os outros a agir de acordo com ela, então ter uma mensagem não importa.”
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A capacidade analítica é a reunião de habilidades de resolução de problemas que ajudam avaliar dados e informações para desenvolver soluções criativas e racionais.
A título exemplificativo, uma pessoa analítica no ambiente de trabalho se concentra em dar sentido aos fatos e números e usar práticas de pensamento lógico para identificar uma solução.
Nesse sentido, o relatório sobre o futuro do trabalho, realizado pelo The World Economic Forum (WEF), apontou a capacidade analítica como uma skill imprescindível para os profissionais modernos.
De igual modo, a consultora Gartner desenvolveu um framework para entender como se dá a maturidade analítica, considerando 4 níveis de análise de dados: descritiva, diagnóstica, preditiva e prescritiva.
Assim, cada vez que se viabiliza e implementa análises mais completas e robustas, mais madura essa habilidade empreendedora está em relação ao uso de dados.
“O objetivo é transformar dados em informações e informações em insights”.
Os empreendedores precisam estar à frente da curva para serem bem-sucedidos. Se não aprenderem coisas novas, ficarão atrasados e perderão, inevitavelmente, participação no mercado.
Nesse sentido, uma cultura de lifelong learning permite acompanhar as mudanças para se manter sempre preparado para o desafio que vier a seguir, dando uma grande vantagem competitiva sobre os seus concorrentes.
Assim, não se pode aceitar que o aprendizado termine com a escola ou a faculdade. Ter sede de conhecimento é o verdadeiro motor da inovação.
O objetivo aqui é aumentar o seu background ganhando novas perspectivas, eliminando mediocridade e otimizando a resolução de problemas no seu negócio.
Como a gestão adequada das finanças pode fazer ou quebrar qualquer negócio, todo empreendedor deve desenvolver habilidades e conhecimentos contábeis básicos. Isso porque, ao empreender, todas as suas decisões terão implicações financeiras para sua organização.
A manutenção adequada de registros e arquivos pode fornecer uma visão mais ampla para prever como sua empresa terá lucro ou prejuízo. Além disso, a habilidade financeira não se trata apenas de administrar capital — trata-se também de encontrá-lo.
Vale dizer que tanto as finanças de entrada quanto de saída flutuam constantemente e, portanto, a análise do orçamento deve ser um processo contínuo, apresentando uma imagem completa de suas finanças.
Igualmente, à medida que sua empresa cresce, você precisará de mais investimentos e, para isso, é necessário construir uma imagem comercial forte. É a sua classificação de crédito que determinará sua elegibilidade para muitas oportunidades financeiras, incluindo um grande número de empréstimos
Não é a toa que uma pesquisa da Universitat Oberta de Catalunya (UOC), na Espanha, mostrou que empreendedores bons com números são mais confiantes.
No mundo dos negócios, um indivíduo raramente terá sucesso se trabalhar sozinho. Por isso, o networking é crucial, pois expõe ao empreendedor oportunidades que ele não teria acesso de outra forma.
Em linhas gerais, networking faz menção à criação e manutenção de contatos sociais que podem contribuir, de alguma maneira, para atender às suas necessidades. Quanto maior a sua rede e suas conexões, maior a probabilidade de atingir as oportunidades certas para estimular o seu crescimento.
Algumas das principais estatísticas sobre o tema podem produzir insights valiosos sobre como essa é uma das habilidades empreededoras que mais afeta diretamente seus negócios e sua carreira:
Ter uma mentalidade de crescimento (ou growth mindset) é essencial para empreendedores. Afinal, ao construir o seu negócio, o única certeza é que praticamente todos os dias você irá se deparar com obstáculos que nem sabia que existiam.
Considere que o oposto – uma mentalidade fixa – é limitante e transmite a mensagem de que não somos adaptáveis o suficiente, enquanto uma mentalidade de crescimento ajuda a identificar um oceano azul de possibilidades, especialmente em um cenário disruptado pela transformação digital.
Quer um exemplo? O seu mindset determina como você lida com o fracasso. Pessoas com um midset fixo quando estão diante de um obstáculo que não conseguem superar, tendem a desistir. Já pessoas com growth mindset, recorrem a soluções novas e muitas vezes criativas para lidar com a situação, experimentando coisas que estão fora da sua zona de conforto.
No entanto, mudar de um para o outro não é tão fácil, já que muito da nossa mentalidade é baseada em experiências passadas. De qualquer forma, experimente os seguintes exercícios diários:
Walt Disney, Steve Jobs e Bill Gates são exemplos de empreededores com mindset de crescimento que não deixaram se abalar pelas adversidades, ao contrário, recuperaram-se e tentaram novamente até alcançar o sucesso.
De acordo com uma pesquisa da consultoria de desempenho e medição de venda,s Chally Group, 39% dos compradores B2B selecionam um fornecedor de acordo com as habilidades do vendedor, em vez de preço, qualidade ou características do serviço:
“Os concorrentes podem e irão rapidamente igualar os produtos, serviços e preços uns dos outros. Isso faz com que a qualidade do contato de vendas e atendimento seja o único diferencial.”
No século XXI e tempos de Black Friday, se você quer construir uma empresa de sucesso que seja sustentável a longo prazo é necessário vender e fechar uma venda significa abrir um relacionamento.
Marcas e negócios estão, mais do que nunca, lutando pela atenção de clientes, compradores, investidores e outros parceiros. Portanto, dominar as inúmeras técnicas de vendas existentes permite desenvolver a habilidade de se destacar em um mercado lotado. Nas palavras do fundador do PayPal, Peter Thiel:
“Todo mundo tem um produto para vender – não importa se você é um funcionário, um fundador ou um investidor. É verdade mesmo que seja apenas você e seu computador. Olhar em volta. Se você não vê nenhum vendedor, você é o vendedor”.
Resiliência é a capacidade de lidar e se recuperar de contratempos. Apesar de ser uma habilidade importante para qualquer pessoa, para um empreendedor ela é fundamental. O empresário é responsável não apenas pelo seu próprio bem-estar, mas de terceiros que trabalham (direta ou indiretamente) para o seu negócio.
Emoções negativas como medo, angústia e falta de esperança diminuem sua capacidade de lidar com problemas, enfraquecendo até o sistema imunológico. Por isso, um fator positivo a ser considerado para melhorar sua resiliência é que, além de tudo, ela faz bem para a saúde.
Ou seja, em sua essência, pessoas resilientes não se curvam ao fracasso. Elas aprendem com os erros e lidam com as mais diversas situações de forma positiva.
De acordo com um levantamento realizado pela ADP Research, sobre os componentes da resiliência no local de trabalho: não há grandes diferenças entre as gerações sobre a existência ou não dessa competência e aquelas que amam o que fazem são 3.9% mais propensos a serem resilientes.
Desenvolver habilidades empreendedoras nos permite ter os pressupostos para sermos bem-sucedidos em um mundo que está em constante mudança. Quer você seja dono de um negócio ou trabalhe para outra pessoa, essas competências acima mencionadas ajudam a identificar oportunidades, resolver problemas e vender ideias.
Ademais, pesquisas conduzidas pela Harvard University, Carnegie Foundation e Stanford Research Center concluíram que 85% do sucesso no trabalho vem de soft skills (habilidades comportamentais) bem desenvolvidas, enquanto apenas 15% vem das hard skills (habilidades técnicas).
Por isso, o vídeo abaixo, entitulado The Power of an Entrepreneurial Mindset, de Bill Roche, mostra como criar uma poderosa mentalidade empreendedora te permite criar a melhor versão de si mesmo.