O que é empreendedorismo? Definição, tipos e características de um empreendedor

O que é empreendedorismo? Definição, tipos e características de um empreendedor

Por:
G4 Educação
Publicado em:
29/7/2022
Atualizado em:

Saber o que é empreendedorismo e executar uma nova ideia não é fácil. Escalá-la, então, pode ser ainda mais difícil. No entanto, isso não significa que você deva desistir ou se precipitar para lançar um produto sem planejamento. Ser empreendedor envolve muito mais do que ter o próprio negócio.

Muitos anseiam por se tornarem empreendedores, mas ficam desencorajados quando a realidade chega. A questão não é ser o primeiro, mas sim o melhor e, hoje em dia, o melhor é o empreendimento que entrega mais valor para a sua audiência.

Hoje, consumidores possuem muito mais poder e mais escolha do que antes e irão apoiar aquelas companhias que estão buscando facilitar o seu dia a dia. Como o seu negócio está tornando a vida do seu usuário mais agradável e relevante?

O mais recente relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2021/2022 explicitou os melhores países para se empreender no mundo através do Índice Nacional de Contexto de Empreendedorismo (NECI). Os Emirados Árabes Unidos atingiram a pontuação mais alta, com 6,8.

Além disso, o estudo analisou as nuances na atividade empreendedora em cada um dos últimos três anos, em estágio inicial (TEA), para os 34 países participantes, com destaque para o aumento do empreendedorismo na Arábia Saudita e Holanda.

Assim, fica latente a importância do ato de empreender no impulsionamento da economia mundial, seja pela criação de novas oportunidades, seja pelo estímulo à inovação no mercado. Nesse sentido, ao considerar a vantagem competitiva da sua empresa, comece com uma solução que atenda às necessidades das pessoas que você está pronto para servir.

O que é empreendedorismo?

Emprendedorismo é o processo no qual uma pessoa (ou um grupo de pessoas) explora uma oportunidade comercial, seja trazendo um novo produto ou serviço ao mercado ou melhorando substancialmente um bem, serviço ou método de produção existente, a fim de solucionar um problema enfrentado por diversas pessoas e gerar lucro durante o processo.

Esse processo é normalmente organizado através de uma nova empresa ou comércio ou, até mesmo, dentro uma alguma empresa já estabelecida que passa por uma mudança significativa na parte de produtos ou em sua estratégia.

Além disso, o empreendedorismo é a maneira que muitas pessoas encontram para conseguirem controlar suas carreiras e seus sonhos e guiá-los na direção que desejam, construindo uma vida de acordo com as suas vontades.

Importante dizer que o conceito de um empreendedorismo não é imutável, mas gira em torno do risco pessoal assumido pelo empreendedor na busca da realização de uma nova ideia de negócios, geralmente com a criação de um plano estratégico, obtenção de capital, contratação de mão de obra e o fornecimento de liderança.

Como tomadores de risco, os empreendedores geralmente enfrentam uma infinidade de desafios. Os mais comuns incluem dificuldades para obter financiamento, ausência de políticas públicas, burocracia e problemas para encontrar os talentos necessários. Mas, em última análise, os benefícios são proporcionalmente relevantes, como a possibilidade de aumento da renda bruta nacional.

“Empreender é uma atividade extremamente arriscada em que você aposta – literalmente – a própria vida para gerar empregos e entregar valor à sociedade”

Tallis Gomes
Fundador da Easy Taxi, Singu e G4 Educação

Quais são as principais características de um empreendedor de sucesso?

Nem todos os empreendedores são iguais, por causa de sua formação, classe social, faixa de renda, localização geográfica e exposição ao mundo exterior. Mas, ainda assim, existe um conjunto de habilidades consistentes que os tornam catalisadores de sucesso.

Quer saber se você também tem essa mentalidade vencedora? Então, veja se as características a seguir estão profundamente ligadas às suas decisões e experiências de vida.

#1 – Capacidade de manter uma atitude positiva

Como empreendedor, a mentalidade certa é fundamental para superar os desafios que acompanham o dia a dia da função.

Nesse sentido, ter uma atitude positiva é um traço comum desse seleto grupo de indivíduos, já que a maneira como você age e reage nos mais diversos momentos refletirá na postura do seu time e na entrega de resultados.

Além disso, permanecer otimista, mesmo quando surgem contratempos, é a chave para seguir em frente e avançar, contribuindo para transformar uma situação ruim em boa em um menor período de tempo.

#2 – Assume a responsabilidade pelo que acontece

Grandes empreendedores assumem responsabilidades por suas ações e de tudo que envolve o seu negócio. Eles entenderam que culpar outras pessoas ou desviar a autoria de um ato nocivo é improdutivo e prejudicial.

Para construir confiança em suas equipes são reflexivos ao invés de resolutos. Isso porque a possibilidade de se apreciar outras perspectivas, sem se esconder atrás de “eu fiz tudo certo” quando o resultado foi ruim, é uma excelente chance de inovar e criar um novo caminho para o progresso.

#3 – Possui uma mentalidade de crescimento

Em oposição a uma mentalidade fixa, bons empreendedores desenvolvem uma mentalidade de crescimento para a sua gestão empresarial, vendo as oportunidades à frente como um universo ilimitado de atuação.

Como consequência, são capazes de pensar grande e avançar. Isso os encoraja a continuar inovando e motiva toda a organização a seguir em frente.

Um empreendedor com uma mentalidade de growth hacking pegará um fracasso e o usará como uma chance de demonstrar a resiliência e a determinação necessárias para entregar algo ainda maior e melhor. Importante ressaltar que tão importante quanto pensar sem limites é ser disciplinado sobre seus hábitos e ações!

#4 – Tem empatia para se colocar no lugar do outro

A empatia é a capacidade de identificar, entender e compartilhar pessoalmente as emoções e pensamentos de outra pessoa. Pode ser especialmente demonstrada ao se compartilhar o ponto de vista do seu público-alvo para a criação de produtos assertivos e tendo uma compreensão mais completa da resposta emocional específica dos seus colaboradores para se relacionar mais profundamente com os membros de sua equipe.

A empatia ajuda, inclusive, a tomar melhores decisões, já que leva em consideração todos os fatores relevantes, incluindo aqueles subjetivos, que afetam as pessoas envolvidas em cada um dos processos da sua organização.

O mero ato de fazer uma pergunta aberta é uma boa maneira de fazer os outros se sentirem ouvidos e valorizados. Além disso, pratique a escuta ativa e evite julgamentos rápidos. Um pouco de empatia pode ajudar a criar um local de trabalho mais positivo, produtivo e coeso.

#5 – Sempre aberto a novas ideias (e críticas)

Empreendedores bem-sucedidos obtêm feedbacks de outras pessoas e estão sempre abertos a novas ideias e críticas em prol das melhores práticas de gestão para o negócio.

Ainda que essa possa parecer uma situação desconfortável, não há nada mais eficaz para desenvolver o seu perfil de liderança do que a humildade de ser receptivo às ideias de outras pessoas e saber o quão bem você está se saindo com cada uma delas.

“É preciso abrir mão do ego para fazer o que é necessário”

Bruno Nardon – cofundador do G4 Educação, Norte Ventures, Rappi Brasil e Kanui.

Como empreendedor, entender os comentários e críticas às suas soluções permite que se trabalhe com mais intensidade para fortalecer eventuais falhas e fraquezas pessoais, organizacionais e estruturais.

#6 – Senso de curiosidade aguçado

Um senso de curiosidade aguçado permite que sejam encontradas soluções variadas para problemas, mesmo antes que eles aconteçam, nunca parando de aprender e consumir novas ideias.

Além disso, a habilidade de exploração e o questionamento fazem parte do rol de características encontradas nesse perfil. Afinal, a curiosidade impulsiona a inovação. De maneira exemplificativa podemos citar Elon Musk e a SpaceX, fruto de uma mentalidade curiosa e destemida que está tornando o turismo espacial uma realidade em nossas vidas.

#7 – Extremamente adaptável

Ser adaptável é uma parte essencial do empreendedorismo. Essa é uma habilidade crítica no mundo dos negócios, dada a velocidade e liquidez com as quais as mudanças acontecem na contemporaneidade.

Dito isso, a adaptabilidade pode ser definida como a capacidade de se ajustar prontamente a diferentes condições e cenários. Estar preparado para aceitar mudanças e saber se posicionar em relação a elas é a chave para se manter relevante no mercado.

Empreendedores de sucesso evitam estruturas engessadas e vieses de decisões rígidas em seu caminho. Ao contrário, preferem uma gestão flexível e maleável, como a gestão 4.0 – em que se utilizam métodos ágeis e o poder dos dados e da tecnologia para a construção do processo de tomada de decisões.

#8 – É movido por um propósito

Ter um propósito é identificar a sua razão de existir e ter a clareza necessária para entender qual o seu papel no mundo. Buscar apenas o lucro já não é mais suficiente, especialmente após as mudanças nas expectativas das gerações – a Geração Z e o seu comportamento no impacto de consumo, por exemplo, conduz a um olhar sobre o trabalho atrelado às suas verdadeiras motivações e expectativas.

Assim, empreendedores de sucesso são capazes de identificar a sua missão e, com isso, criam uma oportunidade de atender uma demanda real, capaz de impactar positivamente a humanidade (ou, pelo menos, a sua comunidade).

De fato, conforme levantamento realizado pela EY Beacon Institute e a Harvard Business Review Analytics Services, hoje 90% dos executivos reconhecem a importância de se ter “uma razão de ser aspiracional, que inspire e forneça um apelo à ação para uma organização e forneça benefícios à sociedade”.

#9 – Grande tolerâcia ao risco (e competência para administrá-lo)

A gestão de risco é um ingrediente fundamental que une todos os empreendedores bem-sucedidos e faz parte das iniciativas diárias desses profissionais.

Não é por acaso que grande parte dos investidores procuram empresas lideradas por indivíduos que não sejam apenas tolerantes, mas também experientes em risco, capazes de julgar quando vale a pena correr um risco e quando ele é desnecessário, ao mesmo tempo em que gerenciam o estresse latente da posição.

A vontade e capacidade de se prosperar sob pressão são características fundamentais de uma alta tolerância ao risco e faz parte da formulação e execução da estratégia de um empreendedor de alta performance.

#10 – Aprende com seus erros

Aqueles que conquistam o sucesso agem conforme aquilo que aprenderam em todos os seus erros passados. O importante é ter atitude e tentar e, se não funcionar, entender o motivo e fazer novamente com essa nova informação em mente para que funcione na próxima vez.

Assim, abraçar os contratempos é fundamental, já que o fracasso ajuda a expandir o conhecimento e a compreensão de qualquer negócio. Nas palavras de Rapha Avellar, o importante é:

“Errar na velocidade de uma Ferrari, pelo preço de um Fusca”

Rapha Avellar, Fundador e CEO da TheAdventures.Inc

Por fim, lembre-se que, embora seja importante que você cometa seus próprios erros para aprender a superar as adversidades, esteja atento para não ignorar aqueles que vieram antes de você. Há muitas histórias de falhas e momentos de virada que podem ser determinantes para o ponto em que você se encontra hoje.

Como ser um empreendedor?

Em primeiro lugar, é essencial que você entenda que empreender envolve planejamento, estratégia e execução dedicada. Isso porque ser um empreendedor é menos sobre realizações ou elogios e mais sobre mentalidade e atitude. De acordo com uma pesquisa da Shopify, entre as principais motivações para empreender, temos:

Sendo assim, independente do ponto em que você se encontra hoje e das razões que lhe movem, os princípios e o processo básico para criação do seu negócio podem ser aprendidos. Pensando nisso, se você sempre quis atuar nessa área, seguem alguns conceitos e hábitos fundamentais para ajudá-lo em seus projetos presentes e futuros.

  1. Encontre uma ideia de negócio lucrativa: não espere encontrar o produto “perfeito”, mas analise o seu mercado sob todos os ângulos para entender se a sua solução é realmente viável. Analise concorrentes, identifique tendências e avalie fatores internos e externos. A análise SWOT, por exemplo, é uma excelente ferramenta para produzir ainda mais insights nesse primeiro momento. Algumas reflexões interessantes incluem responder às seguintes questões: “o seu produto ou serviço atende a uma paixão ou resolve um problema?”, “como é o cenário competitivo no nicho selecionado?”, “isso é uma tendência, moda ou categoria em crescimento?”;
  2. Desenvolva um produto: depois de definir a sua ideia, você terá que delinear sua estrutura de negócios e desenvolver o produto efetivamente para mostrar que ele é possível. Essa é, inclusive, a única maneira de conquistar eventuais e potenciais investidores. Atualmente, existem várias opções para esse desenvolvimento: de forma manual, através de parceiros de fabricação, buscando recursos no atacado e até via dropshipping;
  3. Valide seu produto: é aqui que você descobre se está vendendo produtos que os clientes realmente desejam.  Para tal, é importante construir uma prova simplificada desse conceito – o seu MVP (Mínimo Produto Viável). É através dele e das suas primeiras vendas que a validação real acontece;
  4. Escreva um plano de negócios: um plano ou modelo de negócios é um documento que descreve essencialmente tudo sobre o seu projeto. Ele permite avaliar informações mais detalhadas sobre a sua solução e encontrar janelas de oportunidade para poder partir para a fase de execução;
  5. Financiamento seguro: empresas precisam de capital financeiro para poderem funcionar adequadamente. Nesse sentido, boas alternativas para gerar receita no processo de estruturação e crescimento são: autofinanciamento, investidor-anjo, crowdfunding e venture capital.
  6. Lance seu negócio: saia da inércia. É preciso gastar todo o seu tempo e energia na obtenção dos seus primeiros resultados. Depois da ideia, é tudo uma questão de execução.
  7. Gerencie o negócio: A chave para gerenciar uma empresa de forma eficaz é ter um plano claro de como o negócio funcionará. Saber o que é gestão exigirá novos conhecimentos, habilidades e estratégias. Certifique-se de estar constantemente se aperfeiçoando, fazendo cursos, ouvindo podcasts de negócios, assistindo filmes para empreendedores e lendo com frequência. A seguir, algumas sugestões de obras para se preparar para o sucesso.

Livros sobre empreendedorismo

Nada Easy: O passo a passo de como combinei gestão, inovação e criatividade para levar minha empresa a 35 países em 4 anos

Capa do livro Nada Easy escrito por Tallis Gomes

Autor: Tallis Gomes

Data da Primeira Publicação: 18 de agosto de 2017

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Em “Nada Easy”, Tallis Gomes, empreendedor brasileiro e fundador da Easy Taxi, Singu e Gestão 4.0, traz um guia prático para futuros empreendedores com pretensões de abrir, escalar e gerenciar uma startup no Brasil.

A partir de suas próprias experiências, que vem desde que começou a vender celulares durante a adolescência até os problemas enfrentados durante sua jornada histórica de levar o Easy Taxi para 35 países. Como o próprio Tallis Gomes diz:

“Não pense que encontrará aqui case bonitos do Vale do Silício ou ideias importadas. Não é o caso. Nas próximas páginas, está a realidade de quem tenta fazer com que uma startup dê certo no Brasil – e há muitas dificuldades por aqui.”

De Zero a Um: o que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício

Autor: Peter Thiel & Blake Masters

Título Original: Zero to One: Notes on Startups, or How to Build the Future

Data da Primeira Publicação: 16 de setembro de 2014

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Peter Thiel é o fundador do PayPal e da Palantir, empresa de data analytics, e é conhecido por ser um dos primeiros investidores externos do Facebook.

“De Zero a Um” é um livro de autoajuda para empreendedores trazendo muito do entusiasmo e da confiança radiante sobre o futuro que só as startups podem construir. No entanto, muito mais do que isso, é também uma profunda e lúcida articulação sobre o capitalismo e o sucesso na economia do século XXI.

A Startup Enxuta: como usar a inovação contínua para criar negócios radicalmente bem-sucedidos

Autor: Eric Ries

Título Original: The Lean Startup: How Today’s Entrepreneus Use Continuous Innovation to Create Radically Successful Businesses

Data da Primeira Publicação: 2011

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Em “A Startup Enxuta”, analisa-se como uma gestão flexível e visando à aprendizagem contribuem para o sucesso de um projeto. As startups consideradas enxutas são as focadas em atender principalmente os seus clientes através de seus produtos, além de se adaptar às necessidades do mercado-alvo ao adquirir o conhecimento exato sobre as dores e as necessidades vividas por seus clientes por meio da experimentação.

A Startup Enxuta” é considerado por muitos como a “Bíblia” do empreendedorismo para startups. Além disso, ressaltar que o conteúdo do livro também serve como modelo de mentalidade para negócios tradicionais.

Quais são os tipos de empreendedorismo?

Empreendedor Individual

O conceito de empresário individual, também conhecido como autônomo ou empresa individual, é uma pessoa física que exerce uma atividade econômica ou profissional de maneira solo.

Por definição, o empreendedor individual pode se formalizar de diferentes maneiras no Brasil, como a Sociedade Unipessoal, Empresário Individual ou MEI (Microempreendedor Individual).

Segundo o boletim “Mapa de Empresas”, divulgado pela Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, quase 70% das empresas ativas no Brasil são MEI.

Empreendedorismo de Pequenas Empresas

O empreendedorismo de pequenas empresas geralmente ocorre quando uma pessoa possui e administra seu próprio negócio, mas contrata funcionários locais ou familiares. Mercearias locais, pequenas lojas de roupas e artefatos, por exemplo, fazem parte dessa categoria de empreendedorismo.

Em geral, são voltadas para a obtenção de sustento para a sua família e um estilo de vida mais modesto. Elas não estão buscando lucros em larga escala ou financiamento de capital de risco.

De acordo com o Sebrae, os pequenos negócios no país beneficiam o equivalente a 40,4% da população brasileira – um número mais expressivo do que a população de muitos países como França, Reino Unido, África do Sul e Argentina.

Startups

Uma startup é um empreendimento iniciado por seus fundadores em torno de uma ideia ou um problema com potencial de oportunidade e impacto de negócios significativos. A pretensão é desenvolver um produto ou serviço único e inovador que, ao ser escalável, fará com que a empresa cresça junto com ele.

Grande parte dessas iniciativas surgem no Vale do Silício e são focadas em tecnologia. Entre as maiores Startups do Brasil (em volume de investimentos divulgado), podemos citar a lista de unicórnios publicadas pela Distrito:

  • Nubank (US$ 2,38 bi)
  • Gympass (US$ 520M)
  • Frete.com (US$ 378M)
  • Quinto Andar (US$ 755,4M)
  • WildLife Studios (US$ 180M)
  • 99 (US$241,3M)
  • Unico (US$ 238,1M)
  • Creditas (US$ 854M)
  • Loft (US$ 788M)
  • Loggi (US$ 507M)
  • iFood (US$ 491,8M)

Empreendedorismo de Grandes Empresas

Nova divisão criada dentro de uma empresa já existente. A empresa existente pode estar bem-posicionada para se ramificar em outros setores ou pode estar bem-posicionada para se envolver com novas tecnologias.

Em linhas gerais, essa modalidade faz menção ao avanço de novas oportunidades e ideias dentro de empresas maiores e já estabelecidas. Ela pode ser vista como uma adaptação às expansões do ambiente com a criação de novos serviços e produtos.

O empreendedorismo de pequenas empresas pode se transformar em empreendedorismo de grandes empresas quando a empresa cresce rapidamente ou quando existe um processo de M&A. Empresas como Microsoft, Ambev e Disney são exemplos desse tipo de empreendedorismo.

Empreendedorismo Social

Os empreendedores que participam do empreendedorismo social estão focando em soluções capazes de resolver os dilemas sociais. O objetivo é criar um benefício para toda a comunidade ou o meio ambiente através de seus produtos ou serviços.

Importante ressaltar que, nem sempre, essas empresas são exclusivamente sem fins lucrativos, pois muitas também se baseiam no lucro. No entanto, a sua missão é tornar o mundo um lugar melhor. Alguns exemplos de empreendedores sociais são:

  • Eduardo Lyra – fundador e CEO do Gerando Falcões (ecossistema de desenvolvimento social que atua por meio da estratégia de rede em periferias e favelas de todo o Brasil);
  • Adriana Barbosa – fundadora da PretaHub (plataforma para impulsionar o empreendedorismo negro);
  • Sooinn Lee – cofundadora e SEO da Enuma (empresa com foco em educação básica por meio da aprendizagem digital);
  • Antonio Sergio Petrilli – fundador do Graacc (entidade de combate ao câncer infantil).

Como o empreendedorismo melhora a economia

Em um mercado cheio de incertezas, especialmente após a pandemia de COVID-19 e a instabilidade econômica global, é o empreendedor quem pode realmente ajudar a esclarecer todas essas possibilidades ao fazer julgamentos e assumir riscos.

Além disso, alguns empreendimentos podem gerar novas riquezas e até mesmo criar oportunidades inexploradas para um país.

“O empreendedorismo é um dos maiores criadores de empregos do mundo e, de longe, dois terços dos novos empregos vêm de micro, pequenas e médias empresas. “

Eva Majurin, especialista em desenvolvimento empresarial da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

O empreendedorismo cria oportunidades de emprego ao investir em bens e serviços que, muitas vezes, criam um efeito cascata, resultando em mais e mais desenvolvimento:

  • Empreendedores, junto com seus novos produtos ou tecnologias, criam mercados e geram novas riquezas que, consequentemente, aumentam os rendimentos que contribuem para a base tributária de uma nação, permitindo assim, maiores gastos do governo em projetos públicos;
  • empreendedores criam uma mudança social ao romper com certas tradições através de invenções únicas que reduzem a dependência dos métodos e sistemas já existentes;
  • empreendedores investem em projetos sociais e ajudam instituições de caridade e organizações sem fins lucrativos, apoiando muito as suas causas.

Segundo Milton Friedman, renomado economista, estatístico e escritor norte-americano, a combinação entre o sistema de preços, a busca pelo lucro e o empreendedorismo –– os mecanismo do mercado –– é considerada como o melhor agente transformador da sociedade além de ser a melhor rota para incrementar a riqueza da população.

Boas práticas para empreender

Identifique um problema que você se empenhe em resolver

O melhor combustível do empreendedor é conexão pessoal que ele tem com o trabalho que está sendo feito. Independente de como surgiu a ideia do seu negócio, você tem que sentir que para resolver a dor que você encontrou não existe outra solução do que lançar o seu negócio naquele momento específico.

Além disso, a motivação é ainda maior caso você faça parte de um segmento de consumidores que não é atendido pelas ofertas atuais ou caso você simplesmente se depare com uma frustração muito específica todos os dias, frustração que outras pessoas certamente compartilharão.

Considere seu papel como fundador

Mais do que nunca, as pessoas consideram e prestam muito mais atenção nos líderes de cada empresa e é muito difícil de se ter uma conexão pessoal com uma entidade sem nome e/ou sem uma cara vinculada a ela, além de que, como consumidor, é muito mais gratificante apoiar marcas que são construídas por indivíduos que possuem uma história convincente.

Como líder, você dará um grande passo para estabelecer um relacionamento autêntico com o seu público se estiver disposto a tentar, de todos os jeitos, comunicar-se diretamente com o seu consumidor. Além disso, essa relação de proximidade entre você, a sua marca e os seus clientes farão com que eles não só amem o seu produto como também torçam pelo seu sucesso e o da sua marca.

Determine como você irá gerar valor na vida das outras pessoas

Ainda que você possua uma ideia que irá resolver a dor de muitas pessoas, essa mesma ideia poderá existir na mente de outros empreendedores. Dito isso, é importante que você entenda que a questão não é ser o primeiro, mas sim ser o que resolve a dor e entrega o maior valor possível ao consumidor.

Se você não for teimoso, desistirá muito rápido dos experimentos. Se você não for flexível, vai bater sua cabeça contra a parede e não enxergará uma diferente solução para um problema que está tentando resolver

Jeff Bezos
Fundador da Amazon

Encontre seu equilíbrio

Quando você gere um negócio é normal que exista a necessidade de resolver problemas que constantemente te puxem para 10 direções diferentes. Como capitão do seu barco, muitas das reações que você terá perante a diferentes situações impactarão na reação que o seu time terá diante das mesmas e, desta forma, é importante que você permaneça bem enraizado e centrado.

Você não conseguirá ter controle sobre tudo, porém é importante que você encontre um equilíbrio para que a situação não fuja completamente do controle que você sim pode ter.

Construir um negócio é uma maratona, não um sprint

Tenha paciência, seja consistente e construa o “momentum” todos os dias. A consistência realmente importa e, caso você, como líder, se sinta estagnado, pause, olhe para o panorama geral, tire um tempo para analisá-lo, crie um plano e ataque-o.

Ainda que você possua grandes expectativas é importante que você mantenha a calma, celebre cada vitória, nutra a sua paixão, porém continue firme, forte e focado em completar a maratona para não acelerar em momentos equivocados.

Empreender envolve muitos riscos e você viverá uma montanha russa de emoções. Neste caso, a única forma de você se controlar, seguir em frente e conseguir executar, sobretudo em dias ruins, é com muita disciplina.

Mergulhe no processo

É totalmente compreensível que você, ao se lançar como empreendedor, queira manter algum outro trabalho que te traz uma certa estabilidade financeira até que o seu negócio comece a decolar. No entanto, fundar uma empresa é como ter 5 trabalhos de tempo-completo ao invés de simplesmente fazer isso como part-time.

No entanto, você pode fazer começar o seu empreendimento como side hustle (projeto paralelo), porém isso se refletirá no tempo que a sua empresa demorará para escalar, além do fato de que os seus possíveis competidores podem estar avançando em um ritmo muito mais acelerado.

Por último, reconheça que a sua jornada empreendedora “só começará” quando você se jogar de cabeça, se comprometendo com a sua visão e tomando o controle do resultado.

Sempre volte para o seu “porquê”

Em tempos difíceis, é importante que você sempre olhe e foque no produto ou serviço e planeje a melhor maneira de pivotar quando necessário. Encontre o seu “porque”, cole-o no seu escritório e, nos momentos em que você se encontrar perdido ou desmotivado, olhe para o motivo pelo qual você iniciou esse projeto.

Exemplos de empreendedores de sucesso

Jorge Paulo Lemann

Nascido no Rio de Janeiro em 1939, sem dúvidas, é um dos maiores empresários do Brasil e do mundo. Com a sua mentalidade de negócios diferenciada, tornou-se banqueiro de investimentos, dono da Ambev e cofundador da empresa brasileira de investimentos 3G Capital.

É um self made man que construiu um nome para si no mundo dos negócios. Desde novo, entendeu como o esporte pode ajudar o empreendedor e, como jogador de tênis brilhante na escola, obteve um caminho menos complicado para ser admitido na Universidade de Harvard – onde concluiu a graduação em um período de dois anos ao invés de três.

“Estude, fique cercado de gente boa, corra riscos. O Brasil precisa de gente querendo fazer acontecer.”

Jorge Paulo Lemann

Sua empresa de investimentos, a 3G Capital, adquiriu até hoje muitas grandes marcas e tem sido fundamental para o sucesso de suas iniciativas.

Steve Jobs

Nascido em San Francisco em 1955, Steve Jobs é, para muitos, o maior empreendedor do nosso tempo. Sua capacidade de liderar e inovar, bem como comunicar sua visão, possibilitou que se tornasse um ícone no desenvolvimento de soluções inovadoras.

Juntamente com Steve Wozniak, fundou a Apple em 1976. Graças ao seu pioneiro e visão, a companhia se tornou a primeira empresa a ultrapassar um valor de mercado de US$ 1 trilhão em 2 de agosto de 2018.

“[A inovação] surge quando você diz ‘não’ para mil coisas (…). Estamos sempre pensando em novos mercados em que podemos ingressar, mas é só ao dizer ‘não’ que você pode se concentrar nas coisas que são realmente importantes”.

Steve Jobs

Phil Knight

Nascido em Portland em 1938, Phil Knight foi apelidado pelo The Sporting News como o homem mais poderoso do esporte. Ele não ganhou o voto por ser atleta ou técnico de uma equipe esportiva, mas por sua liderança com sua icônica marca: a Nike.

O estudo de caso Nike mostra as estratégias e táticas utilizadas pelo empreendedor para se tornar líder do seu segmento.

“Eu diria aos homens e às mulheres na faixa dos 20 anos para não se contentarem com um trabalho ou uma profissão ou uma carreira. Busquem uma vocação. Mesmo que não saibam o que isso significa. Se estiverem seguindo sua vocação, o cansaço será mais fácil de suportar, as decepções serão seu combustível e as vitórias não irão se comparar a nada que vocês já sentiram”.

Phil Knight

Mulheres Empreendedoras

Assim como os homens fizeram ao longo da história, nos últimos dois, as mulheres vêm aumentando sua presença dentro do empreendedorismo nacional. De acordo com estudos realizados pelo Sebrae, são 9,3 milhões de mulheres liderando empresas dentro do Brasil, ou seja, 34% de todos os donos de negócios no país.  

Além disso, outras características de mulheres empreendedores vem ganhando destaque:

  • Elas são mais jovens e possuem um nível de escolaridade 16% maior ao dos homens;
  • Representam 48% dos microempreendedores individuais (MEIs);
  • Principais setores de atuação: beleza, moda e alimentação;
  • Proporção de mulheres entre os “empreendedores iniciais”: o Brasil se encontra sétima posição (entre 49 países)
  • Nos Estados Unidos, pela primeira vez na história, todas as empresas dentro do S&P 500 possuem ao menos uma mulher entre os membros de seu conselho.

Por último, hoje em dia, diversas mulheres vêm sendo apontadas para ocupar cargos altos em empresas, sobretudo em momentos turbulentos.

Esse movimento se deve a que mulheres são consideradas boas em resolver problemas e contornar situações complicadas ao possuir uma ótima capacidade de conciliação e colaboração, ter mais empatia do que muitos homens, conseguir trabalhar mais nos bastidores e prezar por um maior engajamento com sua equipe, características dadas como importantes em épocas de crise.

Alguns exemplos atuais e históricos de empreendedoras de sucesso incluem Luiza Helena Trajano, Madam C.J. Walker e Whitney Wolfe Herd.

Luiza Helena Trajano

Advogada, empresária, maior acionista e presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza com uma fortuna estimada em US$5,6 bilhões. Trajano transformou uma rede de lojas de varejo do interior de São Paulo em uma referência de comercio, tanto físico como virtual, e de inovação. A Magazine Luiza tem cerca de 1100 lojas distribuídas em 23 estados, um dos maiores e-commerce do Brasil e emprega cerca de 38.000 funcionários.

Além disso, Trajano fundou e lidera o “Grupo Mulheres do Brasil” desde 2012 onde fazem parte profissionais de diferentes segmentos da economia.

Errar, todo mundo erra. Você precisa dar espaço para que um novo erro aconteça. O importante é redirecionar o erro rapidamente

Luiza Helena Trajano

Madam C.J. Walker (1867 – 1919)

Empreendedora, filantropa e ativista e a primeira mulher que se tornou milionária nos Estados Unidos, segundo o Guinness Book of World Records, através do desenvolvimento e marketing da linha de cosméticos e produtos capilares para mulheres pretas chamada Madam C. J. Walker Manufacturing Company.

Whitney Wolfe Herd

Empresária de 31 anos fundadora do aplicativo de relacionamentos Bumble e a mulher mais jovem a se tornar bilionária após a abertura de capital na bolsa de sua empresa. Além do Bumble, Herd também fez parte do time que fundou seu concorrente, o Tinder. O Bumble hoje tem um valor estimado em US$10 bilhões e emprega 650 pessoas.

Empreendedorismo no Brasil

O Brasil, há muito, tem altas taxas de atividade empreendedora. Em 2021, conforme levantamento realizado pelo Global Entrepreneurship Monitor, cerca de 21% da população adulta brasileira estava envolvida em atividade empreendedora em estágio inicial – uma das mais altas entre todas as economias participantes com populações acima de 50 milhões – enquanto 10% estavam envolvidos como gerentes ou proprietários de um negócio estabelecido

Além disso, outro dado relevante no maior estudo de empreendedorismo mundial diz respeito ao número de empreendimentos nacionais com mais de 3,5 anos. O país saiu do 13º lugar no ranking global para o 7º lugar, com14 milhões de empreendedores nesta condição.

“A possibilidade de trabalhar para si mesmo e alavancar seus ganhos financeiros passou a ser mais interessante para os brasileiros, principalmente devido ao momento de crise no mercado de trabalho formal

Luiz Rabi
Economista da Serasa Experian

Empreendedorismo: um meio de transformação da sociedade

Nunca houve uma época melhor para se empreender do que agora. As pessoas não somente estão abertas a novas marcas, mas sim as estão desejando. As expectativas, porém, estão muito mais altas por parte dos consumidores que agora estão exigindo mais transparência, valor, responsabilidade e satisfação por parte das marcas que eles consomem.

No entanto, do mesmo jeito que vivemos em uma época propensa ao empreendedorismo, também vivemos em uma época muito competitiva devido às barreiras de entrada para iniciar um novo negócio que estão cada vez mais baixas à medida que a tecnologia se torna mais acessível e fácil de usar.

Por isso, ao pensar em iniciar um projeto, empresa ou startup, não se esqueça de se perguntar: será que o mundo precisa de mais uma empresa oferecendo algum produto já existente no mercado? Possivelmente não. Mas, será que o mundo precisa da sua empresa, que oferece algum produto já existente no mercado, porém que resolve uma dor vivida por muitas pessoas? Possivelmente sim.

Caso você possua uma verdadeira conexão com a sua ideia e caso você estiver realmente disposto a solucionar a dor vivida por muitas pessoas para tornar as suas vidas um pouco mais práticas, você está no caminho certo.

Nesse sentido, apoiar gestores e empreendedores para que desenvolvam suas empresas e transformem a realidade do país é parte do BHAG que alcançará a marca de 1 milhão de novos empregos gerados até 2030.

Empreendedorismo: o que é, tipos e características | Blog G4
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