Estudo de caso IBM: como ela se tornou gigante depois de várias transformações de negócio
18 min de leitura

Tallis Gomes
28 de jan. de 2023 • Última atualização 24 de abr. de 2025 • 18 min de leitura
O estudo de caso da IBM é um grande exemplo de como uma empresa pode se reinventar constantemente quando alinha visão estratégica, percepção de mercado e inovação - se tornando um player único e à frente da concorrência.
Em 1961, muito antes da Siri e da Alexa ganharem vida, a Shoebox, máquina de reconhecimento de voz que convertia sons e impulsos elétricos, foi apresentada pela IBM abrindo assim, caminho para inovações que viriam a fazer parte de nossas vidas hoje.
Esse, no entanto, é apenas um entre tantos exemplos que ajudaram a IBM a construir uma história repleta de feitos extraordinários.
Além de ter criado os famosos cartões perfurados - que por mais de 50 anos armazenaram praticamente todas as informações conhecidas do mundo -, ajudou a levar o homem à Lua, sendo responsável pelos computadores e softwares utilizados nas missões Apollo.
“A decisão final de ir ou não ir [naquele dia] foi fornecida a mim por computadores operados por engenheiros da IBM no Centro de Controle de Missão da NASA. Sem a IBM e os sistemas que eles forneceram, não teríamos pousado na Lua.”
Gene Kranz, diretor de voo de plantão da IBM em 20 de julho de 1969
Operando em mais de 170 países, a corporação multinacional de tecnologia apresentou uma receita de US$ 57,35 bilhões em 2021 e terminou o ano de 2022 com um aumento de 15%.
Embora atualmente a empresa esteja em um processo para reconquistar sua relevância, sua contribuição histórica não deve ser menosprezada, e a IBM segue como uma das maiores companhias do mundo - ajudando a mudar e até criar mercados inteiramente novos em mais de uma ocasião.
Com grandes inovações, conquistou um espaço singular não apenas do ponto de vista de negócios como também da história:
- 1928: o cartão perfurado e o US Census
- 1953: o primeiro coração e pulmão mecânico
- 1956: advento da IA com o programa IBM 704
- 1961: o nascimento do reconhecimento de fala com a máquina shoebox
- 1962: SABRE, a origem do comércio eletrônico
- 1969: ajuda a levar os primeiros homens na Lua
- 1970: Charge it, a tarja magnética
- 1971: cria o primeiro disquete do mundo
- 1973: o código de barras UPC
Líder em computação quântica atualmente, a empresa “integra tecnologia e conhecimento, oferecendo infraestrutura, software e serviços de consultoria para companhias que buscam a transformação digital”.
Apesar de sua grandeza, tudo começou simples para a IBM, que foi resultado da fusão de algumas empresas em Endicott, uma pequena vila de Nova Iorque.
Onde tudo começou: Computing-Tabulated-Recording Company
A Computing-Tabulated-Recording Company - atual IBM - nasceu em 1911 a partir da fusão de quatro empresas:
- The Bundy Manufacturing Company
- ITR
- Computing Scale Company
- The Tabulating Machine Company
(Charles Ranlett Flint) (Créditos: divulgação)
Sob o comando de Charles Ranlett Flint, foi fundada em um período em que a economia estava deixando de ser agrícola para se tornar industrial. Com um portfólio de produtos que atendia a novas necessidades, a CTR foi capaz de oferecer produtos certos no momento certo.
Desde relógios a balanças comerciais, as soluções industriais relacionavam-se diretamente ao que o novo momento pedia.
Apesar do êxito e de uma supervalorização das ações apoiada por economistas da época, o nascimento da IBM surgiu de práticas tidas como problemáticas.
Conhecido por criar monopólios, as táticas de Flint eram muitas vezes questionáveis. Enquanto unia empresas, o então presidente da CTR ficava com as ações e fazia com que outros gerenciassem os negócios.
Sem um plano comercial claro, não havia sinergia entre os negócios. Alguns eram mais lucrativos que outros, e desde o começo, a fusão fazia parte de uma estratégia que protegia seus próprios interesses - caso uma das empresas deixasse de ser lucrativa e fosse vendida, esse esquema técnico protegeria seus investimentos.
Além disso, a empresa somava uma série de complicações: endividamento, conflitos internos, falta de sinergia, pouca inovação, foco nos lucros e falta de atenção com o cliente e o funcionário.
Reestruturação: o surgimento da IBM
A IBM nasceu de condições adversas para qualquer negócio, e muito de sua fama positiva foi implantada para atrair investidores.
(Thomas Watson Sr) (Créditos: divulgação)
Em 1914, uma verdadeira transformação empresarial começou na CTR. Liderada por Thomas J. Watson Sr, mudanças começaram a ser implantadas de ponta a ponta.
Durante sua gestão além de desenvolver novas linhas de produtos de maneira consistente - cobrindo uma ampla gama de máquinas comerciais, sob seu comando, a IBM começou a ganhar vida, e suas iniciativas são consideradas como a fundação da empresa que viríamos a conhecer.
Além de estabelecer boas práticas e orçamento, entre suas principais contribuições, podemos destacar:
- Instituiu um treinamento chamado “Escola de Vendas” em que todo vendedor da empresa se formava;
- Definiu um propósito claro, o comunicando através de metas e medidas de desempenho;
- Criou uma cultura de execução, alinhando e estabelecendo metas diárias mensuráveis que faziam parte da estratégia;
- Criou novos produtos na indústria de processamento de dados;
- Além de aproximar colaboradores de diferentes áreas fortaleceu a cultura organizacional cultivando um sistema de crenças e práticas compartilhadas que guiavam suas decisões;
- Impulsionou a eficiência reunindo desenvolvedores de produtos e fabricação no mesmo prédio, otimizando a troca de informações e perspectivas.
Ao promover uma verdadeira transformação estrutural na CTR, Watson a renomeou para International Business Machines ou simplesmente IBM - uma companhia agora saudável e autêntica.
Era de Ouro: IBM entra na indústria de computadores
Além da origem conturbada como CTR, após se tornar IBM, a empresa continuou a enfrentar cenários difíceis, entre eles, a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.
A Segunda Guerra Mundial apesar de ter impulsionado as atividades, se tornou um período dual para a companhia. Durante o conflito, Watson se comprometeu a empregar novamente aqueles funcionários que foram para a guerra, e em contrapartida recebeu apoio financeiro de suas famílias.
No entanto, quando a guerra acabou, os contratos militares se foram.
Com cerca de 25% da força de trabalho estava de volta, a IBM se viu então em uma situação delicada: muitos funcionários e pouco dinheiro.
Uma vez que os contratos militares responderam por grande parte da estabilidade da empresa durante o conflito, a IBM se viu novamente em uma situação de mudança e, para sobreviver, começou a desenhar uma outra estratégia.
A estratégia corporativa que levou a IBM a outro patamar
Com o objetivo de solucionar o aumento da mão de obra e a receita desaparecida, Watson tinha uma visão clara sobre o papel da IBM, e queria que a empresa liderasse novas ondas de inovação e avanço tecnológico.
Para isso, desenvolveu dois pilares fundamentais:
- Expandir vendas de produtos com alta demanda: melhorar, marginalmente, produtos existentes com alta procura, gerando caixa e mantendo o negócio flutuante (oscila de acordo com a oferta e a demanda);
- Investir em P&D de eletrônica avançada: como uma nova tecnologia, Watson queria promover uma vantagem competitiva para a IBM na hora de comercializá-la.
No entanto, como toda grande empreitada inovadora, houve resistência por parte de acionistas e stakeholders, mas não só isso. Entre os principais desafios que Watson enfrentou para implementar sua estratégia, temos:
- Os talentos mais preparados para lidar com eletrônica avançada não trabalhavam na IBM
- Falta de conhecimento e imprevisibilidade de uma tecnologia emergente
- Financiamento dado a outros players que pesquisavam e tinham mais conhecimento sobre a tecnologia
- Falta de alinhamento entre vendas e engenharia
Como a IBM superou os desafios e implementou uma estratégia focada em avanço tecnológico?
O que impulsionou verdadeiramente a mudança estratégica da IBM foi a entrada do filho de Watson na empresa. Diferente de seu pai, Tom Watson Jr entendia a tecnologia emergente para consolidar as transformações necessárias, e rapidamente se tornou vice-presidente executivo da companhia.
(Na imagem: Tom Watson Jr)
(Créditos: divulgação)
Apesar de discordarem em muitos aspectos, as desavenças entre eles se limitavam a questões mais técnicas como políticas a serem implementadas e a cadência das transformações. Do ponto de vista estratégico, ambos concordavam que a IBM precisava avançar tecnologicamente, e esse é um ponto que vale destacar.
Quando conflitos empresariais surgem, é fundamental entender em que pontos há discordância. Em geral, as divergências devem surgir no nível tático e não no estratégico, ou seja, se houver conflitos o ideal é que eles não questionem o destino, e sim, o caminho para chegar até ele.
Isso garantiu que todos seguissem o mesmo rumo e que a empresa não fosse dividida em diferentes visões. O embate gerou insights produtivos sobre o futuro:
- A IBM passou a reinvestir ganhos para não depender do financiamento do governo
- A área de eletrônica avançada construiu uma cultura transparente e responsável, garantindo mais eficiência e comunicação fluida
(Tom Watson Jr na capa da revista TIME) (Créditos: divulgação)
Utilizou feedbacks de clientes para entender necessidades e melhorar os produtos O primeiro produto altamente lucrativo da companhia, a calculadora eletrônica “Calculating Punch” surgiu desse processo que focou no cliente e em melhorar constantemente sua expertise, desenvolvendo produtos e serviços cada vez melhores.
Essa abordagem fez com que a IBM desenvolvesse o que a mesma definiu como “uma infraestrutura de clientes, vendedores e técnicos especializados em computadores eletrônicos”chegando ao mercado de computação eletrônica como um player altamente competitivo em 1950.
Apesar do sucesso, outra mudança estratégica mudou tudo - e diferente de outras transformações, ocasionou em mais perdas que ganhos, custando à IBM seu apelo competitivo.
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Ascensão e queda da IBM: o que não funcionou?
No final da metade do século passado, a companhia começou a alterar seu modelo de negócios que a levou ao topo - se afastando da fabricação de computadores e novas tecnologias e se aproximando da prestação de serviços de consultoria e integração de T.I.
Enquanto a vendas de peças de hardware diminuía ano após ano, os serviços de consultoria não aumentavam na mesma proporção, o que gerou um fluxo de caixa inconsistente.
Além disso, com o novo posicionamento, a empresa passou a investir menos em P&D para focar nas finanças. Assim, as metas financeiras foram consideradas uma estratégia, orientando a tomada de decisão em todos os níveis da IBM.
Apresentadas em 2006 e em 2010, foram chamadas respectivamente de “Roadmap 2010” e “Roadmap 2015”. Com foco extremo nos lucros, a IBM passou a cobrar altos preços por seus serviços, chegando a reduzir 10% dos salários em troca de treinamentos e contratando funcionários do exterior para reduzir custos.
Entre outras características dessa abordagem que impactaram o crescimento da companhia podemos destacar algumas:
- Virginia Marie “Ginni” Rometty, CEO durante esse período de foco financeiro priorizava demasiadamente os lucros e ao deixar os colaboradores em segundo plano, o instaurou um sentimento de insatisfação geral, impactando diretamente na
- A receita caia ano após ano e demissões se tornaram uma tática trimestral regular para atingir os números
- Resultado de “truques financeiros” para evitar impostos (como recompra massiva de ações e ocultação de ativos e lucros), as ações continuavam subindo enquanto a empresa seguia pagando dividendos e altos EPS.
Com a baixa lucratividade das vendas de hardware, as margens diminuíram e a situação se agravou - mesmo com a abordagem financeira agressiva.
Em 2013 a liderança executiva abriu mão dos pagamentos de incentivo anuais e abandonou os roadmaps. No entanto, o foco na redução de custos prejudicou a operação e no fim de 2014 a IBM já acumulava uma enorme dívida.
Para salvar-se, investiu em uma nova estratégia e dessa vez, mais próxima de suas raízes - focando no desenvolvimento de produtos e serviços.
Nova estratégia, nova IBM
Apesar das complicações estratégicas que enfrentou nos últimos anos, a IBM é uma das maiores empresas da atualidade.
Além de apresentar lucros consistentes, chega a gerar mais de US$50 bilhões em receita e em 2018, por exemplo, empregava 378.000 pessoas, entre elas, os maiores PhDs em ciência da computação e tecnologia.
Essa grandeza foi uma das razões para que em 2017, mesmo em crise, a IBM pôde reorganizar a “casa” e sua própria rota.
Com cerca de US$8 bilhões em caixa, era hora de desenhar uma outra estratégia. Diferente da anterior - que visava lucro acima de qualquer coisa -, o plano estratégico chamado de “5 imperativos” tentava conciliar diferentes interesses e principalmente, se concentrar no desempenho da companhia como um todo, não somente em suas finanças.
Com o objetivo de fechar sua lacuna competitiva, a empresa realizou uma série de aquisições e transferiu recursos capazes de sustentar os 5 imperativos:
- Análise: software para gerenciar e analisar enormes volumes de dados;
- Computação em nuvem e Ciber segurança: ao adquirir a empresa SoftLayer por US$ 2 bilhões conquistou a computação em nuvem e ampliou serviços de segurança cibernética.
- Tecnologias móveis: em parceria com a Apple Computer iniciou plano para uma computação portátil e plataformas de desenvolvimento de aplicativos;
- Rede social: através do foco em redes sociais, equilibrou suas ofertas, oferecendo consultoria de gerenciamento e serviços de software.
Desde então, essa abordagem vem ganhando maior robustez - sendo incorporada ao guarda-chuva de transformação digital da empresa.
IBM e a transformação digital
Desde seu anúncio, os imperativos destacados anteriormente estão sendo integrados sob o guarda-chuva de transformação digital da IBM, especificamente em dois grandes pilares: computação híbrida e inteligência artificial (IA). Mas como isso acontece na prática?
Para ajudar os negócios a superarem desafios que surgem conforme a transformação digital avança, a IBM adotou uma abordagem que combina nuvem híbrida centrada com recursos avançados de IA.
Uma nuvem híbrida combina serviços de nuvem privada e pública de maneira flexível.Com a inteligência artificial e machine learning, por exemplo, os clientes podem ainda maximizar recursos com automação, diminuindo erros e tarefas repetitivas.
Desde o gerenciamento de ambientes heterogêneos à extração de dados e informações e segurança, a IBM proporciona uma execução de ponta a ponta, ajudando a manter a competitividade operacional.
Simplificando, sua proposta de valor é a transformação sustentável e acelerada dos negócios levando em consideração os seguintes pontos:
- Desenvolvimento de habilidade e velocidade com a nuvem híbrida
- Governança de dados personalizada e confiável, respeitando a privacidade e gerando insights de negócios orientados por dados
- Tomada de decisões orientada por IA que automatiza processos corporativos
- Consistência, segurança e conformidade
(Na imagem: produtos e serviços ofertados pela IBM atualmente)
(Créditos: IBM)
Ao focar novamente em customer experience, IBM está aos poucos, retomando a imagem de inovação pela qual sempre foi conhecida.
O que podemos aprender com a IBM?
Com uma história repleta de renascimentos, a IBM é um grande exemplo de resiliência e perpetuidade, marcando história com inovações que mudaram o mundo.
A seguir, separamos alguns insights de sua trajetória que podem não só inspirá-lo, mas principalmente adicionar novas perspectivas no seu próprio negócio.
#1 - Não deixe de alinhar o planejamento
Nem toda mudança é sinônimo de melhora, principalmente quando falamos de uma empresa. Para diminuir as chances de risco, é preciso alinhar planejamento estratégico, tático e operacional, ou seja, alinhar o que será feito, como será feito e as ações diárias para que objetivo seja alcançado.
Mesmo que tenha começado com uma estratégia simples, a execução de Watson foi impecável. A cultura da execução, por exemplo, implementada por ele, é um exemplo ilustrativo de como o planejamento deve se desdobrar para a prática da empresa, principalmente em seu dia a dia de maneira coesa.
O planejamento estratégico pode ser conhecido por definir o que um negócio deseja se tornar, no entanto, é preciso coordenar recursos e tangibilizar as iniciativas em um nível operacional e tático.
Isso porque mesmo que a qualidade do planejamento estratégico apresente dúvidas, com uma boa execução é possível alcançar bons resultados. O contrário dificilmente acontecerá. No caso de um plano de ação, é importante destacar que o mesmo é um documento vivo, e deve acompanhar as necessidades externas e internas da companhia.
#2 - Estabeleça um propósito
A abordagem de Watson mudou a história da IBM. Ao se deparar com práticas problemáticas, divisões e pouco alinhamento, transformou a empresa em uma das mais longevas da história através de metodologias e boas práticas.
Mesmo com uma série de divergências com seu filho, seus desacordos nunca foram sobre o destino - mas sim sobre o caminho.
Portanto, estabelecer um propósito desde o começo é fundamental para o sucesso de qualquer estratégia.
Manter o objetivo claro, alinhar com a liderança e chegar a um consenso acerca das políticas que serão implementadas fará com que o processo decisório seja mais embasado e simples - principalmente quando há discordâncias.
#3 - Exercite sua capacidade de adaptação
Desde o reconhecimento de voz à Lua, chegando ao mercado de computadores e consultorias, a IBM já passou por diversas transformações - internas e externas., adaptando o negócio as necessidades tecnológicas e comportamentais de sua própria época.
Embora o caminho nem sempre tenha sido fácil, desenvolver a capacidade de adaptação - reconhecendo mudanças e entendendo como seu negócio é impactado por elas pode ser o que separa uma empresa que se perpetua daquelas que não sobrevivem.
#4 - Não confunda metas financeiras com o principal objetivo do negócio
Metas financeiras são importantes, mas não podem ser consideradas estratégias de longo prazo, nem devem ser colocadas no centro do negócio.
O propósito norteador da companhia, tende a construir uma estratégia que mantém o cliente e os colaboradores como protagonistas. Ao entender suas necessidades, é possível construir um negócio que se relacione diretamente com eles, aumentando a retenção e consequentemente, a receita.
O mundo é dinâmico e muda a todo instante, o que faz com que sua vantagem competitiva possa rapidamente desaparecer. Por isso, o desenvolvimento é contínuo e investir no desempenho do negócio irá torná-lo mais resiliente.
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#5 - Desenvolva sua equipe
Além de investir no desenvolvimento do negócio é preciso investir na capacitação do time. Ao levar em consideração as ameaças e fraquezas do mercado, Watson entendeu que capacitar seus vendedores seria uma vantagem competitiva expressiva a médio e longo prazo e estava certo.
Além disso, esclareceu e comunicou o propósito da companhia adequadamente, construindo uma cultura organizacional forte.
Embora tenha se inspirado na cultura anterior, seus processos e formas de medir desempenho lapidaram o que a companhia veio a se tornar, mantendo a inovação e a tecnologia como pilares da IBM. Afinal, uma grande visão só se realizará com uma equipe preparada e engajada.
A IBM pretende voltar a se destacar como uma companhia de inovação, e ao que tudo indica, está no caminho certo.
Em setembro de 2022, seus ativos totais somavam US$ 28,999 bilhões, e de acordo com os resultados do terceiro trimestre de 2022 apresentados pela companhia, a receita foi de US$14,1 bilhões, um crescimento de 15% se comparado ao mesmo período de 2021.
A receita da consultoria foi de US$4,70 bilhões, ficando acima de estimativas do mercado em 5,5%.
“Tanto o crescimento de nossa receita quanto o perfil de lucro operacional nos três primeiros trimestres do ano se alinham à tese de investimento que descrevemos no outono passado. Nosso mix de portfólio, fundamentos de negócios, forte fluxo de receita recorrente e sólida geração de caixa nos permitem investir para crescimento contínuo e retorno de valor aos acionistas por meio de dividendos."
James Kavanaugh, CFO da IBM
A gigante da informática percorreu um longo caminho até aqui, e apesar dos inúmeros desafios que enfrentou, parece pronta para voltar ao topo, investindo em produtos inovadores e que ajudem outras empresas a lidarem com desafios atuais.
E embora não possamos afirmar o sucesso ou insucesso, é certo que assim como fez em outros momentos de sua história, se reinventar é um dos pontos fortes da IBM.
Estamos, cada vez mais, caminhando para a chamada “low touch economy”, onde negócios precisam ser mais digitais, ágeis e asset light do que nunca. Nessa nova realidade, a máxima “inove ou morra” passa a ser aplicada a todos os setores.
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Engenheira Industrial de formação, especialista em finanças, sócia e CEO do G4 Educação.
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