A digitalização da economia vem impactando o consumo - facilitando a compra para os consumidores e representando novas avenidas de crescimento para as empresas.
Desde a pandemia, o salto tecnológico foi impetuoso e indústrias tradicionais se viram cada vez mais inclinadas a digitalizar seus processos, impactando na comercialização e distribuição de serviços.
O e-commerce, por exemplo, vem crescendo exponencialmente e é fruto da digitalização da economia, que só tende a crescer, se tornando um elemento chave para o desenvolvimento econômico - um estudo recente previu que até 2025 a economia digital representará cerca de 24% do PIB mundial, e assim como muitos países, o Brasil não está de fora desse processo.
Dentre as inovações nacionais, o Pix vem ganhando um espaço relevante desde que foi apresentado ao público, em outubro de 2020. De acordo com um artigo da Exame, em um ano, a aceitação desse meio de pagamento foi de 16,9% para 76,3% - um recorde.
Embora ganhe destaque, o Pix não está sozinho, e de acordo com o Banco Central - que está liderando a digitalização da economia no Brasil- algumas outras iniciativas devem ganhar a atenção do público nos próximos anos, entre elas, o real digital e o pagamento com criptomoedas.
Levando em consideração o impacto que o Pix causou no varejo (quase ultrapassando o boleto), é importante que todo empreendedor esteja atento às transformações digitais.
Mais do que nunca, o cliente busca praticidade e simplicidade na hora de ir às compras, e as empresas que focam em diminuir o atrito, tendem a se destacar da concorrência.
O mundo está cada vez mais digital e consequentemente, a maneira como nos relacionamos com ele também. As compras feitas online, por exemplo, dispararam durante a pandemia e não há sinais de desaceleração. Contudo, não foi somente a forma como adquirimos produtos e serviços que mudou, a maneira como pagamos por eles também, e ao que tudo indica, continuará mudando.
A seguir, separamos algumas novidades que prometem deixar a economia brasileira ainda mais digital:
O Pix surgiu há pouco mais de 2 anos e já superou grande parte das formas de transferir dinheiro conhecidas, incluindo o boleto, muito utilizado entre os consumidores na hora da compra.
De acordo com o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), já foram feitas 21,5 bilhões de transações com R$11 trilhões de volume financeiro e a expectativa é que ele continue sendo protagonista da digitalização.
Com o objetivo de transformá-lo em um meio de pagamento ainda mais simples e abrangente, novas funcionalidades estão sendo estudadas, como o pagamento por aproximação do celular para valores mais baixos e sistema offline, que permitirá o uso sem a necessidade de entrar no aplicativo do banco nem estar conectado na internet.
Mais de 131 milhões de pessoas físicas e jurídicas já utilizaram o método e com funcionalidades cada vez mais refinadas, esse número só tende a aumentar.
Com uma versão piloto prevista para o segundo semestre de 2023, o Real Digital é um passo substancial para a digitalização da economia brasileira. Diferente do Pix, que é um meio de pagamento, o Real Digital é a moeda física emitida pelo Banco Central, digitalizada - criada a partir de tecnologia blockchain.
Desenvolvida pelo BC, o tema já é pesquisado há anos, mas foi em 2020 que um grupo de trabalho foi organizado para estudar a viabilidade da moeda. Desse momento em diante, o Real Digital só ganhou mais força.
Até o momento, o banco publicou as diretrizes do Real Digital, promoveu webinars para discutir as aplicações da moeda digital e também organizou o Lift Challenge Real Digital - que envolveu empresas interessadas em desenvolver um MVP para o uso do Real Digital.
Os testes já começaram e seguirão até janeiro de 2023. Algumas da soluções testadas envolvem:
Com o Real Digital, o Banco Central se junta a uma cadeia de bancos globais que também já estão pesquisando e testando a viabilização de um sistema com moeda digital.
As moedas digitais vêm ganhando manchetes há algum tempo. Embora alguns ainda tenham dúvidas sobre as criptomoedas, em um mundo digital, esse ativo tende a ser cada vez mais importante, e deve ser acompanhado com atenção.
O programa “Crypto Source” chega ao Brasil em 2023 através da parceria entre Mastercard e a empresa especializada em ativos digitais Paxos, que já trabalhou com grandes nomes, entre eles Nubank e Mercado Pago.
Junto a alguns outros países, o Brasil foi escolhido para testar o programa que visa ajudar instituições financeiras a oferecerem negociação de criptomoedas - auxiliando no cumprimento das regras de compliance de criptoativos, verificando transações, serviços de monitoramento de identidade e lavagem de dinheiro.
Agora que você já sabe quais serão os próximos passos da digitalização da economia brasileira, é preciso entender como se manter competitivo. Por isso, reunimos alguns insights que podem ajudá-lo a entender melhor o cenário de oportunidades que essas tendências podem ocasionar, mapeando insumos para a criação ou incremento de soluções e até, novas avenidas de crescimento:
Uma pesquisa feita em 2021 apontou que uma das principais mudanças mapeadas no processo de digitalização dos negócios nacionais foi o aumento dos pagamentos instantâneos digitais. Cerca de 82% das companhias entrevistadas responderam que o pagamento instantâneo foi o meio mais utilizado na hora de vender online, e entre os pequenos negócios, 83%.
Ainda, de acordo com dados do Banco Central, somente este ano, os pagamentos P2B (de pessoas para empresas) representaram 18% das transações com Pix durante o mês de março, o que fortalece a popularidade do pagamento entre os consumidores.
Por sua praticidade, o Pix pode ajudar a aumentar as vendas, já que de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), 50% das vezes os boletos não são pagos. Além disso, tende a impactar na diminuição do abandono de carrinho já que 52% dos consumidores brasileiros desistem de realizar uma compra pela falta de flexibilidade na forma de pagamento.
Nesse cenário, o uso do Pix disparou no e-commerce e muitas marcas já aderiram - otimiza o fluxo de caixa, reduz intermediações e é mais ágil.
Contudo, é fundamental garantir uma experiência coesa, com o menor atrito possível para os clientes. Portanto, teste a integração e garanta que esteja funcionando sem problemas. Em alguns casos, é possível até personalizar o QR Code com o nome da empresa, aumentando a personalização e as chances de ser lembrado no futuro.
Levando em consideração que a aceitação do Pix pode chegar a 92% de aceitação no futuro, as empresas devem começar a se atualizar - além de disponibilizar o meio de pagamento, atuar cada vez de maneira mais phygital.
De acordo com um estudo da Mckinsey, a moeda digital está ganhando força mundialmente. Bancos que concentram quase todo o PIB mundial estão focados em como operacionalizar o uso de moedas digitais, buscando estar à frente da concorrência em um mundo globalizado e tecnológico.
Além do desejo dos bancos estarem na dianteira dessa inovação, o interesse pela moeda digital vai além:
Embora os testes ainda estejam em estágios iniciais, alguns países já estão em um nível de maturidade mais avançado, como é o caso do Banco Central das Bahamas, que tem disponível o Sand Dollar e o Central Bank of Nigeria, que possui o e-Naira.
Uma vez que as moedas digitais passarem a ser uma realidade, pode aumentar exponencialmente o consumo.
Segundo a Forbes, algumas das vantagens da moeda digital incluem: pagamentos mais rápidos, transferências internacionais mais baratas, acesso 24/7, alternativa àqueles que não possuem conta bancária, entre outros.
A desburocratização tende a entregar uma experiência mais coesa e com menos atrito ao consumidor, que nem terá que ter conta aberta em um banco para fazer uma transação.
A tendência é que as taxas e encargos também diminuam, aumentando o poder de compra do cliente e também as chances da empresa fechar negócio. Afinal, a transação em cripto é Peer to Peer, ou seja, ocorre entre os usuários, sem mediação de terceiros.
Nesse cenário de autonomia, o consumidor está cada vez mais munido de ferramentas tecnológicas - da escolha do produto a compra finalizada -, o que aumentam suas expectativas quanto a experiência. Portanto, priorizar o tempo, diminuir os atritos e melhorar os pontos de contato, facilitando a decisão de compra, será essencial.
Do ponto de vista de novas oportunidades e avenidas de crescimento, as possibilidades de modelos de negócios são amplas, e incluem criação de sistemas offline (como é o caso do Pix), sistemas de ponto de venda e contas na web, por exemplo.
De acordo com dados citados pela Forbes, o país conta com mais de 10 milhões de cripto investidores. Com esse número, fica atrás somente da Índia, Estados Unidos, Rússia e Nigéria, e mesmo que alguns olhem com certa desconfiança, ele já ultrapassa o mercado de ações brasileiro - que tem em média, 4 milhões de investidores.
Apesar dos números expressivos, o investimento é só uma peça do quebra-cabeça, e faz parte de um movimento muito maior e que promete revolucionar muito mercados, de acordo com um estudo da Mckinsey.
Isso porque a criptografia faz parte da Web 3.0, que já movimenta US$ 3 trilhões em todo o mundo e promete um futuro descentralizado.
Metaverso, NFTs e DAOs, por exemplo, só são possíveis por conta dos pilares que sustentam a Web 3.0: blockchain (registro), smart contracts (contratos automáticos de blockchain) e digital assets (que incluem criptomoedas como o Bitcoin).
A partir desses elementos, já vimos muitos serviços financeiros encontrarem novas avenidas de crescimento, como é o caso de pagamentos no Metaverso mas as oportunidades na Web 3.0 podem ir muito além. Afinal, é tida como "o mundo das comunidades e não das corporações” e isso muda tudo.
A geração Z, por exemplo, além de ser a maior geração do planeta, (com um poder de compra expressivo), está chegando ao Metaverso, e muitas empresas já podem pensar em como potencializar sua proposta de valor nesse novo ambiente.
A empresária Bianca Andrade, lançou recentemente a Pink, seu avatar no Metaverso. A personagem, além de representar a empresária, é uma personificação dos valores de sua marca, se relacionando com o público de maneira autêntica - ocupando um espaço de influenciadora virtual, outra grande tendência.
Portanto, estar atento ao seu mercado e acompanhar as inovações tecnológicas que surgem podem levar o seu negócio a outras avenidas de crescimento, potencializando a proposta de valor e encontrando um “lugar ao Sol” em um mundo digitalizado.
A pandemia acelerou a digitalização em todo o mundo, novos comportamentos de consumo emergiram e dificilmente irão regredir.
Da fábrica às prateleiras, do SAC às vendas, os consumidores estão se relacionando de modo diferente com as soluções e querem sobretudo, se relacionar com empresas capazes de oferecer múltiplas experiências, capazes de equilibrar o físico e o digital.
Neste contexto, se uma palavra pudesse descrever o que muitos negócios deveriam cultivar em seus processos, essa palavra seria adaptabilidade. De acordo com um report do Fórum Econômico Mundial, 97% dos negócios brasileiros já estão buscando automatizar o trabalho, e a expectativa é que de maneira geral, a adoção de tecnologia só avance, aumentando a digitalização de atividades e processos de ponta a ponta.
Até o surgimento das fintechs, por exemplo, a soberania dos bancos foi comprometida, uma vez que o público foi apresentado a soluções menos burocráticas, digitais e rápidas. De repente, o modo tradicional de operar perdeu não só espaço como clientes.
Assim como os bancos, muitas empresas começam a agir quando passam a perder mercado. Para evitar que sua companhia deixe de ser competitiva, investir em inovação é a chave para compreender e antecipar comportamentos, colocando o negócio na vanguarda e ajudando a explorar suas avenidas de crescimento.
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