Fintech

A tecnologia mudou a forma como clientes lidam com serviços e produtos. Nesse sentido, a fintech também promoveu uma revolução relacionada aos serviços financeiros. Apesar da confusão frequente, fintech e bancos são modelos de negócios distintos.

O que significada Fintech?

O termo fintech é uma junção das palavras em inglês “financial” e “technology”, traduzidas, respectivamente, como “financeiro” e “tecnologia”.

Em uma versão mais interpretativa, a expressão fintech pode ser entendida como soluções financeiras que baseiam sua operação em processos inovadores e tecnológicos.

Qual a diferença entre fintech e banco?


É comum confundir fintechs e bancos, afinal, muitos serviços disponibilizados são semelhantes ou idênticos. Entretanto, a diferença é tanta que 76% dos bancos consideram as fintechs como ameaças, de acordo com o estudo realizado pela PwC¹.

O receio dos bancos tradicionais em relação às fintechs deve-se justamente as transformações na experiência, que estão mais alinhadas às expectativas atuais do público.

Alguns exemplos incluem:

1 – Praticidade: um ponto favorável às fintechs é que um dos objetivos é a desburocratização dos processos financeiros, o que faz com que o acesso aos serviços seja mais prático e com menos dificuldades operacionais ao cliente;
2 – Agilidade: a tecnologia é a chave para que os serviços financeiros em fintechs sejam mais ágeis, inclusive com o aumento da autonomia dos clientes que não dependem mais de atendentes para resolver qualquer solicitação;
3 – Tom de comunicação: apesar de atender todos os públicos, as fintechs são mais voltadas aos jovens que aderem mais as novas tecnologias. Nesse sentido, há uma transformação em como as instituições se comunicam com seus clientes, valorizando um tom mais amigável e descontraído;
4 – Cultura organizacional: enquanto instituições financeiras tradicionais têm um modelo hierárquico mais rígido, é comum que as fintechs tenham modelos organizacionais mais dinâmicos e horizontais, uma vez que muitas são startups focadas em inovação, o que aumenta a adaptabilidade dos profissionais e também das soluções.

Essas características das fintechs geram vantagens associadas especialmente à experiência dos clientes, preços mais competitivos, simplicidade e praticidade nas operações e foco no mobile.

Enquanto isso, as instituições tradicionais mantêm algumas vantagens, como maior confiabilidade e credibilidade perante o público e segurança operacional.

No Brasil, segundo mapeamento da Distrito², no primeiro trimestre de 2022 eram 1.289 negócios que se encaixam nessa classificação e eles vão muito além dos bancos digitais.

Conheça a seguir modelos de fintechs e também exemplos de representantes de cada área:

  • bancos digitais: nessa categoria estão as startups como o Nubank, Inter, Neon e C6 Bank que se propõem a disponibilizar cartão de crédito/débito e serviços financeiros amplos sem anuidade e com taxas menores do que as praticadas pelos bancos tradicionais;
  • fintech de pagamentos: são companhias que fazem a mediação de transações financeiras, sendo usadas especialmente no e-commerce, como Pic Pay, Mercado Pago e Pag Seguro, por exemplo;
  • fintechs de crowdfunding: a primeira fintech no Brasil na área de financiamento coletivo foi a Catarse, atualmente, entretanto, o mercado cresceu com outras opções;
  • fintech de crédito ou empréstimo: são negócios que surgiram com a proposta de fazer análises de crédito com base em processos digitais e cobrar juros reduzidos em relação à concorrência tradicional, como a Creditas e a Geru;
  • fintech de backoffice: são startups voltadas ao mercado B2B que disponibilizam softwares e serviços para operações empresariais, como gestão e automação da contabilidade. Entre os exemplos estão Nibo, Arquivei e ContaAzul;
  • fintech de criptomoedas: são companhias que visam facilitar as transações com criptomoedas, seja para investimentos ou compras usando as moedas digitais. Exemplos de fintechs na área incluem a Mercado Bitcoin, NovaDAX e Hashdex;
  • fintech de investimentos: entre os exemplos estão a Avenue e a Toro, que se propõem a ser corretoras de valores com experiências mais dinâmicas e digitais aos clientes;
  • fintech de financiamento: voltadas especialmente para financiamento de veículos, elas se destacam por oferecer condições mais vantajosas e práticas aos clientes, como é o caso da QueroFinanciar;
  • fintech de controle financeiro: são soluções que permitem que os usuários monitorem suas despesas por meio de apps, como é o caso da Organizze.


Apesar de os bancos digitais serem as opções mais conhecidas, existem diversas formas pelas quais as fintechs podem operar.

Esses são apenas alguns exemplos, mas também são modelos de fintechs a AME Digital e Meliuz, para cashback, Neoway e CERC para compliance, Quite Já e Meu Acerto para negociação de dívidas e outras.

O grande diferencial dessas companhias é que elas se baseiam em promover experiências digitais para seus clientes e usuários, transformando o relacionando tradicional que se costumava ter com as instituições financeiras tradicionais.

Apesar disso, é importante constatar que todas as instituições financeiras do país, sejam as fintechs ou empresas tradicionais, precisam se enquadrar nas diretrizes das instituições reguladoras, como o Banco Central.

Dessa forma, as operações realizadas por fintechs são igualmente seguras e confiáveis, mas promovem uma experiência de uso e relacionamento diferenciada, o que é o grande diferencial da opção.

Referências:

¹ PwC

² https://distrito.me/blog/fintech/

² https://distrito.docsend.com/view/r87x9kwaq3ckpncf

https://fintech.com.br/blog/fintech/diferenca-fintechs-banco/

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