Crowdfunding

Apesar de estar dando os primeiros passos no mercado brasileiro, o crowdfunding é um mercado global com investimentos anuais acima de US$ 35 bilhões.

Você pode participar de um crowdfunding como investidor ou também usar essa modalidade de levantamento de capital para colocar em pé um projeto.

O que significa Crowdfunding?


O termo crowdfunding significa na tradução direta “grupo de pessoas” (crowd) e “financiamento” (funding).

No Brasil, a prática ficou conhecida por alguns nomes como “financiamento coletivo”, “vaquinha online” ou “investimento coletivo”.

Crowdfunding é a prática de arrecadar recursos financeiros online através de doações de pessoas físicas, em vez de um montante maior de um investidor anjo. Atualmente, existem diversas plataformas que operacionalizam a atividade, como o Catarse, Broota e Kickstarter que são plataformas de crowdfunding.

A prática é legalizada e regulamentada no Brasil desde 2017 com a publicação da Instrução CVM nº588.

Quais os principais tipos de Crowdfunding?

Há três tipos de crowdfunding: 1) crowdfunding donate: que é doação plena, 2) crowdfunding early buyer: Quando o investidor espera um produto ainda que em fase de protótipo e 3) Equity Crowdfunding: quando o investidor fica com uma participação do negócio.

Como funciona um crowdfunding?

O crowdfunding funciona quando várias pessoas que não se conhecem alocam seus recursos para tirar um projeto do papel sem se envolver nas atividades executoras, ou seja, contribuem apenas financeiramente.

Esse tipo de financiamento pode ser usado para pequenos projetos, como publicações independentes, infoprodutos, organizações sociais, atividades culturais e renda fixa para produtores de conteúdo digital, por exemplo.

Com o apoio, que pode ser pontual ou contínuo, recebe-se algum tipo de benefício, como brindes, produtos, conteúdos etc.

Alguns exemplos desse tipo de financiamento coletivo incluem: Catarse; Apoia-se; Vakinha; Kickante; e Abacashi.

Entretanto, o crowdfunding também pode ser usado para investimentos na economia real, sendo incluído na categoria de investimentos alternativos.

Nesse caso é possível investir em empresas de diferentes segmentos, como agropecuária, geração de energia, comércio, mercado imobiliário e outros.

O investidor aloca capital no projeto e recebe participação nos lucros, por exemplo, com a venda de imóveis construídos a partir do financiamento coletivo.

Mesmo sem nenhum conhecimento no setor agropecuário e sem precisar desempenhar nenhuma função na empresa, o investidor pode ter lucro com a exportação de carne ao investir em um negócio voltado à pecuária de corte.

A ideia é que seja um investimento de longo prazo no qual o investidor faz parte da sociedade em troca do capital que viabiliza o negócio.

Alguns exemplos de plataformas de crowdfunding voltadas a investidores incluem: Inco; Hurst; Platta; Cluster21; Linka Invest; e StartMeUp.

Também é possível que abrir empresas no modelo de crowdfunding em vez de ser um investidor.

Nesse caso, você precisa definir o modelo de financiamento, como se ele só será iniciado se a meta for cumprida em sua totalidade ou mesmo com o levantamento parcial do valor estabelecido.

Além disso, é necessário deixar claro como que vai funcionar o retorno aos investidores que apoiarem o projeto, como se por benefícios pré-estabelecidos ou se com uma parcela da sociedade.

Por fim, apresente uma proposta clara do que pretende executar e como, garantindo que os investidores confiem na viabilidade e lucratividade do seu empreendimento.

Vantagens e desvantagens do financiamento coletivo

A principal vantagem do modelo de crowdfunding é conseguir um investimento de capital que viabilize tirar um projeto do papel.

Além disso, a modalidade também é vantajosa para investidores, que podem diversificar sua cartela de investimentos alocando recursos em projetos de economia real e também apoiadores, que recebem benefícios.

Como desvantagem, especialmente para investidores, é direcionar  recursos para uma proposta e o negócio não dar certo. Esse problema pode ser mitigado com um estudo detalhado do projeto, principalmente a viabilidade do empreendimento proposto.

Para o empreendedor, apesar de ser benéfico conseguir aporte para executar seu plano, ele inicia uma empresa com sociedade dividida, o que traz responsabilidades específicas e compartilhamento dos lucros.

Assim, o crowdfunding é uma opção que, como todas as outras, tem prós e contras, o ideal é que antes de investir ou lançar uma proposta, todas essas ponderações sejam minuciosamente estudadas.

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