A análise SWOT pessoal é derivada de uma das ferramentas mais utilizadas e conhecidas no meio empresarial, a matriz SWOT. Geralmente, o framework auxilia na construção de uma percepção estratégica de maneira clara, objetiva e visual e como mencionado, pode ser adaptada para diferentes necessidades.
Resumidamente, a matriz contempla strenghts, weaknesses, opportunities e threats, formando então, a sigla SWOT. Mesmo que seja incomum, a ferramenta pode ser encontrada em uma versão traduzida, chamada FOFA, que em tradução livre, equivale a forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
Resumidamente, quando aplicada ao mundo dos negócios, ao avaliar cada um desses pontos, é possível construir uma estratégia baseada em um cenário consistente e realista, e embora essa utilização seja popular, não é exclusiva.
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A matriz pode ser bastante relevante para as mais diversas atividades, pessoais e profissionais, identificando e ajudando a avaliar objetivos e metas a medio e longo prazo.
Embora seja bastante utilizada no começo da carreira, a matriz pode ajudá-lo também em sua gestão. Afinal, ao refletir sobre seus pontos fortes e fracos, é possível definir iniciativas que beneficiarão sua carreira e o desempenho da equipe.
Decidindo um curso de graduação, se preparando para um processo seletivo, e até fazendo uma transição de carreira. Essas são algumas das situações em que utilizar a análise SWOT pode te ajudar a seguir pelo caminho que faça mais sentido para você, alinhado com habilidades e contexto externo.
Utilizar este framework é acima de tudo, um exercício de desenvolvimento que pode ser aplicado a diferentes esferas da vida. Ao organizar seus pensamentos e visão em cada quadrante, é possível construir uma perspectiva sólida sobre suas prioridades atuais e o que deseja atingir a médio e longo prazo.
A matriz FOFA pessoal alinha questões internas e externas, formulando cenários cruzando informações relevantes: o que está sendo feito, o que se quer alcançar e o mais importante, o que pode ser um obstáculo para chegar lá. Ademais, mostra oportunidades que talvez não fossem mapeadas sem essa análise ampla.
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Mas afinal, o que analisar? Quais perguntas fazer? Primeiro de tudo, a análise SWOT pessoal ou análise FOFA pessoal, além de ser simples, é bastante fácil de ser preenchida, e não necessita de nenhum treinamento ou conhecimento prévio.
Não há uma regra sobre como começar, ou um passo a passo definitivo sobre seu preenchimento. Contudo, o ideal é começar pelo que podemos controlar, e logo depois, o que foge do nosso controle. Ela abarca os seguintes fatores:
Condições internas estão mais alinhadas com o que podemos realizar e principalmente controlar. Não é preciso investir tempo em pensar sobre todos os pontos fortes ou fracos, mas sim, os mais relevantes de acordo com seu objetivo.
Os pontos fortes incluem, como o próprio nome sugere, o que você faz de melhor, e pode até ir mais longe: o que te torna único. Pode ser habilidades, talentos e até ferramentas que você domina, por exemplo.
Já para definir os pontos fracos, é preciso exercitar o autoconhecimento e acima de tudo, ser honesto sobre suas próprias limitações. Mesmo que pareça desafiador, essa seção costuma ser a mais enriquecedora para o processo de análise. E lembre-se, a ideia é, justamente, superar essas fraquezas.
O ambiente externo geralmente é menos controlável, e estamos mais suscetíveis a ter que lidar com situações inesperadas, adequando as rotas. Novamente, é importante focar no que é estratégico, ou seja, o ideal é ser o mais objetivo possível.
Normalmente, as oportunidades são referentes a situações externas que podem impulsionar o alcance dos objetivos, e geralmente, são cenários positivos.
Para definir as ameaças, segue-se o mesmo raciocínio de cenário externo, mas referindo-se a obstáculos e desafios que podem atrapalhar o avanço.
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Como já pontuado no começo do artigo, quando aplicada ao gerenciamento, a matriz SWOT traz insights valiosos sobre sua atuação e principalmente, oferece uma percepção futura sobre o cargo.
Ou seja, uma das maiores vantagens da matriz SWOT aplicada à gestão, é a possibilidade de aprofundar em seu próprio perfil enquanto gestor, entendendo eventuais lacunas de desenvolvimento a serem preenchidas, ajudando na sua evolução e até servindo de exemplo para os colaboradores, o que contribui de certa maneira, para uma gestão 4.0, ou seja, com menos incertezas e mais dados.
Vamos deixar o caminho mais palpável: você pode guiar sua análise com algumas perguntas simples e diretas, que podem ajudá-lo a entender como se tornar um gestor mais efetivo:
Pontos fortes:
Pontos fracos:
É importante que ao refletir sobre esses fatores, entre em contato com alguém de sua confiança e pergunte sobre suas percepções. Às vezes, um olhar externo contribui com uma qualidade ou ponto fraco que não conseguimos contemplar, e que pode mudar nossa ponto de vista.
Oportunidades:
Ameaças:
Um dos maiores desafios em posições de liderança é fugir da estagnação profissional. Apesar de já ter obtido experiências relevantes, estudado a teoria e a aplicado obtendo bons resultados, o mundo está em constante transformação, e para fugir da própria obsolescência, é necessário sair da zona de conforto.
Uma forma de fugir do efeito dunning-kruger, por exemplo, pode ser analisar criticamente a sua gestão, aprendendo novas formas de inovar, e exercitando o autoconhecimento.
É a partir dele que conseguimos continuar em movimento, identificando necessidades de desenvolvimento, decidindo os próximos passos e claro, sempre levando em consideração sua história pessoal, conquistas e talentos.
Nesta perspectiva, seus pontos fortes e fracos são características pessoais, que fazem parte de como você gerencia, são suas habilidades e competências, como também, a falta delas.
Já as oportunidades e ameaças são referentes a cenários externos incontroláveis e que afetam a gestão, como uma oportunidade de promoção por exemplo ou mudanças no setor no qual está inserido, como alguma nova ferramenta ou dashboard que precisa compreender urgentemente e que caso não o faça, implica em consequências negativas (ameaças).
A partir da análise acima, mesmo que simplificada, é possível entender a importância de desenvolver um plano tático, com objetivos e metas de desenvolvimento. Afinal, mesmo já sendo um gestor, há sempre algo que podemos melhorar, e principalmente, aprender.
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Diante do contexto apresentado até aqui, separamos um exemplo prático de como um gestor pode utilizar a análise SWOT pessoal para impulsionar seu progresso e melhorar suas habilidades de gerenciamento.
Para fins didáticos e ilustrativos, vamos chamar o gestor de Paulo. Paulo é gerente de comunicação em uma empresa de médio porte e resolveu elaborar a matriz porque encontrou alguns problemas para se relacionar com sua equipe.
Diante disso, Paulo gostaria de entender o seguinte: como melhorar e fortalecer a relação com meus liderados?
A seguir, é possível visualizar sua matriz SWOT preenchida, demonstrando com mais clareza o que está acontecendo e o que pode ser visto como uma possível solução.
Vale destacar que para chegar em um resultado satisfatório, Paulo solicitou a ajuda dos próprios liderados, que deram sugestões do que poderia ser aprimorado no dia a dia:
A matriz completa do Paulo ficou assim:
De acordo com um estudo da Emerald Works, para 66% dos profissionais, aprendizagem e desenvolvimento estão se tornando elementos estratégicos das organizações. Ao mesmo tempo, apenas pouco mais de ⅓ dos gestores concordam fortemente que tiveram oportunidades no trabalho para aprender e crescer.
Isso pode resultar em situações preocupantes, como a falta de confiança e gestores que não são capazes de evoluir e como consequência, podem liderar times igualmente estagnados.
Sendo assim, desenvolver um plano coerente, levando em consideração o ambiente de trabalho e suas características pessoais, principalmente aquelas que apresentam indícios de serem desfavoráveis, é um grande passo para se tornar um gestor melhor.
Exercitar a sensibilidade de saber seus próprios limites é um dos únicos caminhos para superá-los, reconhecendo que é preciso aprender constantemente. A análise SWOT pessoal pode ser um instrumento essencial para mapear essa necessidade emergente, impactando positivamente tanto a organização quanto os profissionais.
Ao utilizar a matriz SWOT em uma empresa, é possível construir um plano de ação levando em consideração a competitividade e construindo uma solução consistente e realista do cenário encontrado. Fazer o mesmo com seus profissionais, principalmente gestores, é tão importante quanto.
Em suma, a matriz te impulsiona a enxergar além do cotidiano, proporcionando um tempo de reflexão sobre seu próprio desempenho e encontrando possibilidades de potencializá-lo, aumentando as chances de implementar uma gestão estratégica.
De maneira geral, para preenche-la com êxito, o ideal é ser capaz de refletir sobre o presente e desenhar o futuro, de maneira que tenha consistência e que seja aplicável, ocasionando em um visão confiável com aplicações táticas.