Startup

O termo startup está em voga há mais de uma década, mas muitos exemplos de sucesso nos últimos anos, especialmente com novas tecnologias disruptivas, trouxe o modelo ainda mais à tona.

É comum encontrar pessoas que acreditam que startup é apenas uma empresa em estágio inicial, entretanto, esses negócios se caracterizam por atributos como escalabilidade e replicabilidade do modelo.

As startups estão intimamente ligadas à inovação, atuando tanto na otimização de soluções existentes como na criação de novos modelos de produtos e serviços que são disruptivos, ou seja, com grande potencial de transformar os hábitos de consumo existentes.

O que significa Startup?

O termo em inglês “startup” poderia ser traduzido como “empresa emergente”, mas isso significa apenas uma pequena parte do que esses negócios, de fato, são.

Já popular nos Estados Unidos na década de 1990, no Brasil, o termo ficou mais conhecido após os anos 2000 com o surgimento de empresas digitais, como o Google e Amazon.
Para alguns, startup pode ser entendida como uma empresa inovadora, que tem como objetivo crescer de forma agressiva, gerar lucros elevados com baixos custos de manutenção e operar no mercado de alto risco.

Apesar de algumas dessas ideias condizerem com o que é uma startup, o G4 Educação descreve startup como um “negócio com modelo escalável e replicável”, ou seja, no qual em um curto período de tempo as receitas sejam consideravelmente maiores do que os custos de operação.

A partir disso, podemos observar que uma startup envolve diferentes pressupostos operacionais para além de ser uma empresa emergente. Conheça as principais características a seguir.

Modelo de negócios de uma startup

Muito do alto potencial de lucro das startups deve-se ao modelo de negócio inovador e, portanto, imprevisível, o que quer dizer que pode dar muito certo ou muito errado.

Muitas startups atuam no mercado de tecnologia e inovação, mas isso não é uma regra. Trata-se apenas de um dos contextos atuais mais plausíveis de proporcionar crescimento e escalabilidade com investimentos acessíveis.

Um exemplo de modelo de negócios é o streaming, pelo qual a empresa recebe uma mensalidade fixa do usuário enquanto o produtor do conteúdo recebe conforme as visualizações do filme, série, música etc.

Apesar de o recorte tecnológico ser comum, as startups estão em vários segmentos, como:

  • Edtech – startups da área de educação;
  • Healthtechs – startups na área da saúde;
  • Agrotech – startups na área do agronegócio;
  • Insutech – startups na área securitária.
  • Fintechs – startups na área de finanças

Repetível e escalabilidade

Para que um negócio possa ser lucrativo, especialmente da forma agressiva pretendida pelas startups, é preciso que o serviço ou produto possa ser comercializado em larga escala.

Além disso, o objetivo é que o produto ingresse em diferentes mercados com o mínimo de adaptação, demandando menos investimentos. Quer exemplos? Uber, Airbnb, iFood e muitas outras plataformas voltadas ao usuário final ou empresas.

Incerteza

O que faz uma startup potencialmente mais valiosa é a possibilidade de transformação e adoção em larga escala, o que pode ou não dar certo, indicando a incerteza do modelo.

As startups são consideradas de alto risco, pois é na incerteza que mora o potencial de elevada lucratividade esperada pelos investidores.

Além disso, um dos pilares das startups é serem negócios adaptáveis, que estão em constante transformação visando maior rentabilidade das operações.

Por conta disso, as aptidões profissionais valorizadas em startups, como criatividade, adaptabilidade, flexibilidade etc. são distintas daquelas demandas por empresas tradicionais.

São exemplos de startups: GuiaBolso, QuintoAndar, Alice, a55, Contabilizei, Creditas e Amaro, Descomplica e outras.

Startup unicórnio

Uma dúvida comum é sobre os falados “unicórnios”. Afinal, o que são eles? Trata-se de uma startup que atingiu valor de mercado de US$ 1 bilhão antes de abrir seu capital em bolsa de valores.

Exemplos de empresas hoje consolidadas que já foram unicórnios é o Google, Facebook e Nubank.

Segundo levantamento da Fundação Estudar, atualmente (2022), os cinco unicórnios mais valiosos do mundo são Uber, Airbnb, SpaceX e as chinesas Didi Chuxing e Toutiao.

Alguns exemplos de unicórnios atuais incluem: Movile (iFood), 99 Taxi, Gympass, Loggi, Pag Seguro, C6 Bank e outras.

Quais as diferenças entre empresa e startup?

É comum ficar em dúvida sobre as diferenças entre empresas e startups. O fato é que toda startup é uma empresa, mas nem toda empresa é uma startup.

A startup adota práticas de mercado mais arriscadas, como captação de investimentos externos, cultura organizacional inovadora, foco na escalabilidade, modelo de negócio diferenciado e outras.

Já uma empresa tradicional tende a operar com base em empréstimos quando almeja aumentar seu capital para investimento e ter uma operação mais estável, evitando transformações profundas em um curto período de tempo.

Por fim, a “vida útil” das startups varia muito mais do que de empresas tradicionais. É comum que essas companhias sejam incorporadas por outras, tornem-se unicórnios – e então empresas, mas não mais startups – ou simplesmente desapareçam.

Já uma empresa tradicional pode manter-se ativa por décadas mantendo uma operação estável.

Como criar uma startup?

O objetivo de muitos profissionais atualmente é iniciar sua própria startup. Apesar do crescimento acelerado no número de startups brasileiras nos últimos anos, ainda há – muito – mercado para isso.

Mas, antes de só querer criar uma startup é preciso fazer algumas ponderações, especialmente sobre seu perfil profissional. Para ter uma startup é preciso ter facilidade para dividir o controle, afinal, essas empresas, geralmente, envolvem grupos de empreendedores e investidores.

Caso você tenha um estilo mais tradicional de gestão, com hierarquias bem delimitadas, segurança no investimento e crescimento paulatino, talvez esse modelo não seja para você.

Agora, se você é criativo, flexível, dinâmico, inovador e tem visão de mercado, as startups podem ser seu caminho, afinal, para encontrar seu nicho é preciso conseguir identificar oportunidades. E como começar?

  • tenha uma ideia – todas as startups têm início com uma ideia que visa transformar algo, seja solucionando uma dor ou otimizando algo já existente;
  • delimite seu modelo de negócio – não adianta ter uma ideia, ela precisa ser lucrativa e é aí que surge a relevância de definir um modelo de negócio que permita operacionalizar sua ideia, ganhar escalabilidade e, especialmente, ter lucro;
  • encontre investidores – para o ponta pé inicial das startups é fundamental encontrar pessoas dispostas a acreditar na sua ideia e trabalhar nela tanto quanto você;
  • sem tempo para pausas – toda a proposta em torno das startups é justamente crescer rápido, portanto, trata-se de um tipo de negócio que demanda muito mais energia no início para uma estratégia mais agressiva de posicionamento no mercado.

Lembre-se, uma mente empreendedora pode precisar de muitas ideias antes daquela que vale um unicórnio, mas é fundamental não desistir. As startups são um modelo de alto risco, mas com retornos tanto em aprendizado quanto financeiro.

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