Silvio Santos

Silvio Santos
Nome completo:
Senor Abravanel
Sobrenome:
Nacionalidade:
Brasileiro
Data de nascimento:
12 de dezembro de 1930
Local de nascimento:
Rio de Janeiro, RJ
Ocupação:
Fundador do SBT e do Grupo Silvio Santos
Dono(a) da(s) Empresa(s):
SBT, Grupo Silvio Santos
Patrimônio Líquido Estimado:
Cônjuge:
Filhos:
Formação:

Quem é Silvio Santos?

Silvio Santos é um dos ícones da televisão no Brasil. O apresentador estabeleceu o padrão para os programas de domingo, misturando humor, música e celebridades de maneira a tornar o mundo do entretenimento mais acessível para os brasileiros. Seu poder de comunicação, aliado a um carisma e simpatia naturais, fez dele um ídolo para as gerações de telespectadores e para muitos artistas. Ele foi responsável por abrir espaço para novos talentos que depois seguiriam carreira própria, como Gugu Liberato.

Unindo inteligência, capacidade de articulação e um enorme talento empreendedor, Silvio Santos construiu empresas nos segmentos de finanças, hotelaria, empreendimentos imobiliários e cosméticos, entre outros. Sob o guarda-chuva do Grupo Silvio Santos estão a Jequiti (beleza), Liderança Capitalização, Tele Sena, TV Alphaville (TV por assinatura, Internet banda larga e telefonia), Sofitel Guarujá Jequitimar e SiSAN Empreendimetos Imobiliários.

Com uma grande perspicácia para negócios e entendimento da máquina que move a TV brasileira, Silvio Santos percebeu o momento em que antigas emissoras passavam por grandes reestruturações internas. Ele comprou a concessão da TV Tupi, que enfrentava dificuldades financeiras, e fundou a TVS, que se tornaria o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).

A grande sacada de Silvio Santos foi aproveitar as plataformas disponíveis de rádio e TV para expor seus produtos e impactar consumidores. Os comunicadores que viriam depois seguiriam bem esse formato, mas nenhum tão bem quanto o mestre.

Trajetória

Poucos conhecem Senor Abravanel. Mas a grande maioria dos brasileiros conhece ou já ouviu falar de Silvio Santos. O apresentador e empresário é uma das figuras mais longevas da TV brasileira. Ele fez a transição do momento em que os aparelhos de TV começavam a se tornar mais populares, surfou a onda da massificação da TV aberta, a chegada da TV por assinatura e o streaming.

Filho de uma família humilde, ele começou ainda adolescente a trabalhar como camelô, vendendo capinhas de plástico para guardar o título de eleitor, nas ruas do centro do Rio de Janeiro. Sua facilidade de comunicação e sua voz chamaram atenção e foi convidado para fazer um teste na Rádio Guanabara, em que foi o melhor colocado. Como ganhava mais como camelô, ele deixou a rádio de lado por um tempo, mas voltou aos 18 anos, enquanto servia o Exército.  

Um espírito empreendedor como o de Silvio Santos via oportunidades em todo lugar. Ele teve a ideia de montar um serviço de alto-falantes na balsa que ligava a cidade do Rio de Janeiro a Niterói, e fazia propagandas nos intervalos das músicas. Deu tão certo que algumas barcas passaram a ter um bar e um bingo: ao comprar uma bebida, o cliente ganhava uma cartela de bingo e concorria a prêmios. Todas ideias que surgiram pelo simples fato de que ele pegava a balsa para trabalhar na Rádio Niterói.

Em 1950, Silvio trocou o Rio por São Paulo para apresentar espetáculos e sorteios em caravanas de artistas, depois como locutor na Rádio Nacional. Para aumentar a renda, criou uma revista com passatempos, charadas e palavras cruzadas que vendia para as lojas.

Silvio Santos comanda quadro em programa exibido na TV Globo, no final dos anos 1960 (Crédito: Divulgação)

Baú da Felicidade e Grupo Silvio Santos

O negócio que abriria caminho para o empresário foi o Baú da Felicidade. Originalmente era um sistema de carnês para comprar brinquedos e pagar no longo prazo para receber a caixa com produtos antes do Natal. O negócio do radialista Manoel da Nóbrega enfrentava um gargalo pela dificuldade em entregar os brinquedos. Silvio comprou a operação, manteve o crediário, mas abriu lojas em que os carnês quitados podiam ser trocados também por eletromésticos, carros e até casas.

Para dar conta da demanda, ele abriu novas empresas. Em 1969, veio a Baú Financeira, que 20 anos depois se transformaria no Banco PanAmericano. Mas antes ele já havia criado a Baú Construtora, a concessionária Vimave e a Marca filmes, que em 1972 entraram sob o guarda-chuva da holding Silvio Santos S/A, que depois seria o Silvio Santos. E em 1975, a Liderança Capitalização viria reforçar a divisão financeira, abrindo caminho para a criação da TeleSena em 1991.

Mas todos os negócios do empresário tinham contavam com um poderoso aliado: a televisão, que começava a se popularizar nos país a partir dos anos 1960. A carreira de Silvio Santos na televisão teve início em 3 de junho de 1960, quando ele comprou horários na TV Paulista para um programa de meia hora chamado Vamos Brincar de Forca. A estratégia era trazer pessoas que pagavam carnês do Baú da Felicidade e tinham a oportunidade de concorrer a prêmios que seriam retirados nas lojas da rede. Além do custo baixo de produção, era uma propaganda para os carnês. A estratégia é usada até hoje nos programas apresentados por Silvio.

O programa Silvio Santos estrearia em 2 de junho de 1963 na TV Paulista. Com um formato de duas horas, mas sempre aos domingos, trazia quadros de apelo popular, com show de calouros, sorteio de brindes e dramatização de casos. Todos esses quadros podem ter mudado de nome, mas ainda formam a base do programa que é feito até hoje. Com o sucesso e mais dinheiro disponível, o empresário comprou mais horas e estendeu o "Show do Baú".

Com a venda da TV Paulista para a família Marinho, o programa então de cinco horas foi transmitido para São Paulo até julho de 1969, quando passou a ser uma atração nacional. Com picos de audiência de 89 pontos, figura entre as maiores audiências da TV brasileira. A exposição fez de Silvio Santos um ícone nacional e tornou o Baú da Felicidade praticamente uma máquina de fazer dinheiro.

Silvio Santos (à direita) ao lado de Gugu Liberato: pupilo ganharia programa e destaque (Crédito: Divulgação)

SBT

O Programa Silvio Santos chegou a ocupar 10 horas da grade da TV Globo, com muito sucesso até 1976. Mas disputas por anunciantes e por fugir aos padrões de qualidade da emissora incutiram no empresário o desejo de ter sua própria emissora. Em 1972, ele comprou metade das ações da TV Record usando um intermediário, já que seu contrato com a Globo não permitia que fosse acionista de uma emissora concorrente. Em 1975, ele ganhou a concorrência pública no Rio de Janeiro e, um ano depois, lançaria a TVS Rio de Janeiro. As duas manobras garantiram exibição do programa nas duas maiores praças comerciais do Brasil.

Em 1981, Silvio ganhou concessões de mais quatro canais, que formariam o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Para o empresário, o foco nas décadas de 1980 e 1990 foi expandir o SBT e consolidar sua presença nacional, o que foi feito novamente com sucesso.

Foi a partir dos anos 2000 que a veia empreendedora voltou a se destacar. Em 2006, Silvio Santos fundou a Jequiti, uma empresa de cosméticos. A ideia veio de sua percepção de que o segmento de beleza e saúde havia se tornado um forte anunciante e que havia espaço para construir algo próprio. No ano seguinte, ele inaugurou o hotel Sofitel Jequitimar Guarujá, que é de propriedade do Grupo Silvio Santos, mas é administrado pela empresa francesa Accor.

Durante algum tempo, o empresário investiu no SBT e na Record. Mas com a ascensão da Globo, a Record foi perdendo audiência e atrações. Em 1989, representantes de Silvio Santos e da família Machado de carvalho venderam a emissora para o bispo Edir Macedo.

Crise do PanAmericano

O Grupo Silvio Santos virou assunto nacional de forma inesperada no final de 2010, quando veio a público um rombo de R$ 4,3 bilhões no Banco PanAmericano. Havia um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro apontados pela Polícia Federal. Sete ex-executivos do PanAmericano, incluindo o diretor superintendente Rafael Palladino, foram condenados por crimes de colarinho branco.

Silvio Santos chegou a pensar em vender seu império e mudar-se de vez para os Estados Unidos, onde já tinha propriedades, mas apostou no crescimento da Jequiti. A aposta deu certo: ele vendeu uma série de negócios, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) emprestou R$ 2,5 bilhões, o grupo arcou com a outra parte e se recuperou não apenas financeiramente, mas também manteve sua imagem.

Durante muitos anos, Senor Abravanel era o maior pagador de tributos, segundo a Receita Federal. Sua premissa básica é respeitar as obrigações tributárias pessoais e empresariais.

Com a chegada da pandemia, Silvio Santos afastou-se das gravações e a emissora exibiu reprises aos domingos. Ele tentou retomar as gravações, mas após testar positivo para o vírus, a emissora testou novos apresentadores, incluindo Patricia Abravanel. O programa passou a levar o nome de Patricia em 2023, enquanto Silvio comanda alguns quadros e os dois se revezam à frente da atração.

Candidatura à Presidência

A popularidade de Silvio Santos fez dele um possível nome para a corrida presidencial em 1989. Ele chegou a se lançar candidato pelo Partido Municipalista Brasileiro, em substituição a Armando Corrêa. O anúncio foi feito em uma transmissão na televisão.

Antes do anúncio, Silvio havia tentado articular sua candidatura pelo  Partido da Frente Liberal e depois pelo Partido Liberal. No final, a candidatura foi barrada na Justiça Eleitoral sob alegação de que ele possuía uma concessionária de TV e tinha uma vantagem sobre os demais. Fernando Collor de Melo venceu o pleito.

Sequestro

Em 30 de agosto de 2001, o empresário e apresentador de TV Silvio Santos tornou-se refém de Fernando Dutra Pinto, dentro de sua própria casa. O sequestro durou oito horas e foi acompanhado ao vivo por emissoras de TV e de rádio.

Dia antes, Fernando Dutra havia participado do sequestro de Patrícia Abravanel, filha do empresário. O grupo de seis pessoas invadiu a casa e levou Patrícia. Silvio disse que não queria envolver a imprensa e nem a polícia, apenas negociar a volta da filha. Mas o caso acabou ganhando cobertura nacional e virou manchete em todos os telejornais.

A família pagou o resgate e Patrícia foi libertada no dia 28 de agosto. Na tarde do mesmo dia, Silvio Santos e a filha falaram com a imprensa da sacada da casa, com cobertura ao vivo em todo o país. O apresentador falou com tranquilidade e chegou a fazer piada, dizendo "que a filha dava um trabalho danado".

Menos de 24 horas depois, dois sequestradores foram presos e a polícia trocou tiros com Fernando Dutra. No dia 30, o sequestrador invadiu novamente a casa da família Abravanel e Silvio ficou sozinho com o sequestrador, enquanto sua família e funcionários conseguiu sair. Dutra não queria negociar e chegou a pedir um helicóptero para fugir. O então governador do Estado, Geraldo Alckmin, chegou a ir até o local para acompanhar a operação. No final, Silvio Santos acabou sendo libertado e a polícia levou Fernando Dutra. Ele morreria em janeiro, na prisão.

O sequestro agora é tema de um filme, "Silvio", com estreia prevista para setembro de 2024.

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