Joseph Safra

Joseph Safra
Nome completo:

Joseph Yacoub Safra

Nacionalidade:

Brasileiro, Libanês

Data de nascimento:

1 de setembro de 1938

Local de nascimento:

Beirute, Líbano

Ocupação:

Banqueiro

Dono(a) da(s) Empresa(s):

Proprietário do Banco Safra

Patrimônio Líquido Estimado:

R$ 119.8 bilhões

Cônjuge:

Vicky Safra

Filhos:

Jacob, Esther, Alberto e David Safra

Formação:

Sobrenome:

Quem é Joseph Safra?

Joseph Safra foi um banqueiro libanês, naturalizado brasileiro, e um dos proprietários do Banco Safra, instituição com negócios concentrados em private banking.

Além da instituição no Brasil, ele também foi dono do banco J. Safra Sarasin, na Suíça, um dos maiores acionistas da Chiquita Bananas, maior produtora de bananas do mundo, além de propriedades imobiliárias nos Estados Unidos e na Inglaterra. 

Ele faleceu em dezembro de 2020 e, na época, tinha uma fortuna estimada em US$ 23,3 bilhões, tornando-o o homen mais rico do Brasil, o 37º do mundo e o banqueiro com o maior patrimônio do planeta. 

Trajetória

Filho de Jacob e Esther Teira Safra, sua família se mudou do Líbano para o Brasil na década de 50 após o término da Segunda Guerra Mundial, pois seu pai temia que um terceiro conflito não tardaria em começar. Em 1952, a família Safra se instalou em São Paulo.

Joseph, no entanto, foi para a Inglaterra concluir o segundo grau e posteriormente seguiu para os Estados Unidos, onde trabalhou no Bank of America. Em 1962, ele se mudou para o Brasil para ajudar seu pai e seus irmãos na operação da instituição financeira da família, fundada em 1955.

Após a morte de seu pai em 1963, ele e seus irmãos optaram por trazer técnicas desenvolvidas e utilizadas em mercados mais desenvolvidos, como, por exemplo, o do Oriente Médio. Algumas delas – hoje utilizadas por diversos bancos tradicionais e digitais – foram a utilização da letra de câmbio como forma de obter recursos para transações e a disponibilização de rentabilidade aos valores depositados em suas contas.

A estabilidade e conservadorismo do banco atraiu a riqueza paulistana. Em 1972, com o sucesso das operações, eles adquiriram o Banco das Indústrias – após a compra, o nome Banco Safra passou a ser oficialmente utilizado.

O estilo de gestão de Joseph sempre foi considerado minucioso e envolvia muito estudo sobre os riscos do negócio. Ao contrário de seu irmão mais velho, Edmond, que se tornou a figura mais pública dos Safra ao gerir os empreendimentos da família fora do Brasil, Joseph nunca frequentou colunas sociais e raramente concedeu entrevistas.

Outro ponto de atenção é que Joseph sempre cultivou uma relação próxima com seus funcionários. Essa proximidade era tanta que ele se irritava quando algum de seus colaboradores deixava o Banco Safra por um concorrente. Em suas palavras: “Eu não gosto que tirem funcionários do meu banco. Tenho ciúmes”.

Apostas na privatização, crise familiar e criação do J. Safra

No final da década de 90, durante a onda de privatizações, Joseph se aliou a empresa de telecomunicações americana BellSouth e formou a BCP. A empresa seria a primeira com permissão para explorar um espectro da rede de celular e quebraria o monopólio das subsidiárias da Telebras. 

Apesar do sucesso comercial inicial, a empresa acumulou US$ 1,5 bilhão em dívidas, perdeu uma batalha tecnológica ao investir no sistema TDMA – o segmento de telefonia celular seria dominado pelo GSM e seus chips – e, em 2003, a BCP foi vendida por US$ 650 milhões para o grupo de Carlos Slim, controlador da Claro. Os irmão Safra não ficaram com absolutamente nada dessa operação. 

Esse período também ficou marcado por uma crise familiar envolvendo os irmãos Safra. Em 1999, Edmond decidiu vender o Safra Republic Holdings, potência no varejo de Nova York, e a conclusão do negócio aprofundou sua distância com Joseph.

Na mesma época, Joseph já traçava um plano de sucessão para o Banco Safra e buscava adquirir a parte de seu irmão Moise. Ao recusar sua oferta, Joseph tomou um dos maiores riscos de sua carreira e, em 2004, canibalizou seu próprio negócio e criou o banco J. Safra, com sede em frente a do Banco Safra. 

A nova instituição, gerida por seu filho Alberto, foi atraindo tanto clientes como executivos do Safra original, prejudicando as operações do irmão. Em 2006, Moise decide vender suas participações a Joseph por valor não revelado. 

Reputação em jogo, Chiquita e final de carreira

Se para o pai de Joseph ter o nome associado ao risco era fatal para o modelo de negócios do banco, o período entre 2009 e 2015 não foi nada fácil para o nome Safra. 

Em 2009, corriam informações que clientes do Banco Safra tinham cerca de US$ 300 milhões investidos no esquema de pirâmide imobiliária criminoso tocado pelo estadunidense Bernard Madoff. Logo, veio o prejuízo bilionário da Aracruz Celulose – Joseph e seu irmão Moise tinham, individualmente, em torno de 7% de participação. Em 2015, Joseph teve seu nome citado na Operação Zelote, no SwissLeaks e na lista do ex-ministro Antônio Palocci. 

Ainda assim, em 2012, o Banco Safra adquiriu o banco suíço Sarasin por US$ 1,1 bilhão. Nos anos seguintes, por meio do Grupo Safra, Joseph passou a atuar em investimentos imobiliários e comprou dois edifícios, um em Nova York e o outro em Londres. 

Em 2014, ele se uniu a José Luis Cutrale para comprar a Chiquita, a maior produtora de bananas do planeta. Em dezembro de 2020, ele detinha 50% do negócio. A empresa possui faturamentos de mais de US$ 3 bilhões anuais e, na época da aquisição, o negócio foi visto como uma forma de diversificar os negócios da família.

Em 2019, os planos traçados por Joseph para a sucessão do Safra não seguiram adiante. Em sua estratégia inicial, seu filho mais velho, Jacob, ficaria à frente das operações internacionais com sede em Genebra, enquanto Alberto se encarregaria do banco comercial com foco nas médias empresas. O caçula Davi, por sua vez, comandaria o banco de investimentos. 

Após uma disputa interna, Alberto deixou o Safra em outubro desse ano para abrir o ASA Bank, levando consigo o ex-presidente e o ex-vice-presidente do Safra. 

Em dezembro de 2020, Joseph Safra faleceu com 82 anos sendo, segundo a Forbes na época, “o homem mais rico do Brasil e o banqueiro com maior patrimônio do mundo”. 

Livros

Não encontramos livros escritos por Joseph Safra, porém o mesmo aparece no livro “A Banker’s Journey: How Edmond J. Safra Built a Global Financial Empire”, escrito por Daniel Gross. O livro relata a trajetória de seu irmão mais velho, Edmond. 

Frases

“Construa seu banco como construiria o seu barco: sólido para enfrentar, com segurança, qualquer tempestade”
“Nossos clientes nos conhecem há várias gerações. A filosofia deles é a mesma que a nossa: investir com segurança e cuidar do futuro”

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