
O que é Inbound Marketing? Como aplicá-lo para crescer o seu negócio
Aprender o que é Inbound Marketing é fundamental para quem quer ser encontrado pelos clientes ideais
Realizados dentro de sala e com interação.
Evolua sem sair de casa.
Desenvolva e retenha os seus talentos.
Uma comunidade que evolui junta.
Conexão, suporte e uma nova direção para os seus negócios.
11 min de leitura
Bruno Nardon
25 de mai. de 2025 • Última atualização 27 de mai. de 2025 • 11 min de leitura
Nos últimos anos, a ascensão de ferramentas de inteligência artificial generativa mudou radicalmente a forma como buscamos e consumimos informações online. É nesse contexto que surge o Generative Engine Optimization (GEO), ou otimização para motores generativos.
Em termos simples, GEO é a prática de otimizar o conteúdo e a estrutura do seu site para torná-los mais visíveis e úteis para plataformas de IA generativa (como chatbots e buscadores com IA), garantindo que a mensagem da sua marca apareça de forma precisa nas respostas produzidas por essas inteligências.
Em outras palavras, assim como o Search Engine Optimization (SEO) visa destacar seu site nos resultados do Google, o GEO busca destacar sua marca nas respostas fornecidas por chatbots e assistentes virtuais inteligentes.
Conheça mais sobre o conceito que está em tendência. Caso queira aprender a fundo o que é GEO, reserve sua agenda para participar do programa Marketing e Growth, do G4 Educação.
Com essa novidade, surge uma dúvida comum: devo focar em GEO agora e esquecer o SEO tradicional? A resposta é não – na realidade, GEO e SEO devem andar juntos. As duas estratégias são complementares e, quando bem integradas, potencializam a presença digital da empresa de formas diferentes e sinérgicas.
Por um lado, várias práticas de SEO continuam sendo a base para ter sucesso também no GEO. Afinal, os motores generativos em boa parte se alimentam do conteúdo da web tal como indexado pelos buscadores tradicionais. Uma análise recente mostrou que cerca de 60% das fontes citadas nas respostas do Perplexity estavam entre os top 10 resultados orgânicos do Google para aquela mesma consulta.
Ou seja, se seu site já tem boa autoridade e posicionamento em SEO, há grandes chances de ele também ser escolhido pelas IAs como fonte. Conceitos como relevância do conteúdo, experiência do usuário e autoridade do domínio importam tanto para o algoritmo do Google quanto para um modelo de IA decidir se usa ou não aquele texto em uma resposta.
Descubra a usar a tecnologia ao seu favor com o guia Como Usar a Inteligência Artificial no Seu Negócio
Por outro lado, o GEO traz novas preocupações que o SEO por si só não cobria. Por exemplo, no SEO clássico não importava se seu texto tinha aspas ou estatísticas, contanto que tivesse palavras-chave e respondesse à intenção do usuário. Já no GEO descobrimos que esses detalhes podem fazer diferença na forma como a IA capta e apresenta a informação.
Além disso, no SEO o foco é atrair o clique; no GEO o foco é marcar presença mesmo sem clique. Portanto, ao produzir conteúdo hoje, é sábio unir as duas óticas: continue pensando em como ranquear bem (SEO), mas também em como seu conteúdo seria consumido fora do seu site (ex.: sendo lido em voz alta por um assistente virtual, ou resumido por um chatbot).
Resumindo, o GEO veio para somar. Empresas que equilibrarem as duas frentes irão colher os benefícios de ambas: o SEO continuará trazendo tráfego orgânico qualificado, enquanto o GEO amplificará o alcance da marca nos novos canais de inteligência artificial.
Embora estejam relacionados, GEO e SEO não são a mesma coisa. Abaixo destacamos as principais diferenças entre os dois conceitos:
O SEO tradicional otimiza sites para motores de busca que retornam uma lista de links relevantes (como o Google e o Bing). Já o GEO direciona esforços aos motores generativos, que sintetizam respostas completas com base em diversas fontes de dados, em vez de apenas indexar sites por palavras-chave.
No SEO, costuma-se enfatizar palavras-chave estratégicas, construção de backlinks e melhorias de performance e código, visando agradar aos algoritmos dos buscadores e subir posições no ranking. No GEO, as técnicas focam em ajustes textuais e contextuais no seu conteúdo para torná-lo atrativo aos olhos da IA. Essas práticas ajudam os modelos de IA a compreender melhor o contexto e a relevância do conteúdo da sua página.
O objetivo do SEO é atrair visitantes ao seu site por meio de altos rankings nos resultados de busca. Já o objetivo do GEO é fazer com que as respostas geradas por IA mencionem e referenciem sua marca ou conteúdo, mesmo que o usuário não clique em nenhum link. Assim, sua marca ganha visibilidade e autoridade no contexto da resposta direta oferecida ao usuário.
Em resumo, o SEO foca em conquistar posições de destaque nos buscadores tradicionais, enquanto o GEO foca em conquistar espaço nas respostas geradas pelas inteligências artificiais. As duas abordagens não competem entre si; na verdade, como veremos adiante, elas tendem a se complementar.
Inscreva-se na nossa newsletter e receba as novidades sobre o G4 Educação no seu e-mail
O GEO vem ganhando destaque no marketing de conteúdo porque reflete mudanças reais no comportamento do usuário e nas plataformas de busca. Veja alguns motivos pelos quais essa tendência se tornou relevante:
Ferramentas como o ChatGPT atingiram uma adoção massiva em tempo recorde. Para se ter ideia, em 2024 o ChatGPT chegou a superar o Bing em volume de visitantes, processando mais de 10 milhões de consultas por dia.
Milhões de pessoas já estão preferindo perguntar algo diretamente ao ChatGPT (ou similares) em vez de fazer uma busca tradicional no Google. Isso significa que uma parcela crescente do seu público pode nunca chegar a ver seu site nos resultados de busca, a menos que sua marca seja mencionada na resposta gerada pelo chatbot.
Os gigantes de busca estão incorporando a geração de respostas nas suas plataformas. O Google, por exemplo, lançou em 2023 o Search Generative Experience (SGE), integrando respostas por IA diretamente no topo da página de resultados. Em pouco tempo de beta, essas respostas geradas apareceram em 84% das pesquisas realizadas nos testes.
Ou seja, se essa tecnologia for ampliada, quase todas as buscas podem passar a exibir um resumo de IA acima dos resultados orgânicos. O Bing da Microsoft também integrou um chatbot de IA (baseado no GPT-4) ao seu buscador. Tudo indica que o futuro das buscas combinará resultados tradicionais com respostas por IA, reduzindo ainda mais o espaço disponível para resultados orgânicos não otimizados para essas respostas.
Uma resposta direta fornecida por um modelo de IA tende a satisfazer o usuário mais rapidamente, diminuindo a necessidade de clicar em vários sites. Para quem busca rapidez e conveniência (cada vez mais pessoas, especialmente em mobile), os assistentes virtuais estão se tornando a fonte preferencial de informação.
Se o seu conteúdo não estiver adaptado para ser captado por esses assistentes, sua marca pode perder relevância e tráfego mesmo mantendo boas práticas de SEO. Por outro lado, quem conseguir posicionar sua marca dentro dessas respostas diretas terá vantagem competitiva.
Do ponto de vista do usuário final, mecanismos generativos podem oferecer insights e explicações mais ricas do que uma simples lista de sites. Eles podem contextualizar informações, comparar diferentes fontes e até personalizar respostas conforme a pergunta.
Para as marcas, isso abre oportunidades de engajar o público de novas formas, fornecendo conteúdo que efetivamente ajude a resolver a dúvida do usuário dentro da própria resposta da IA. Marcas mencionadas de forma útil e confiável em respostas tendem a ganhar mais autoridade e reconhecimento, mesmo que o clique não aconteça imediatamente.
Em suma, o GEO está em alta porque o modo como as pessoas encontram informações online está mudando rapidamente. Os profissionais de marketing de conteúdo precisam acompanhar essa mudança.
Montar uma estratégia eficaz de Generative Engine Optimization envolve adaptar sua produção de conteúdo para atender aos critérios que as IAs valorizam. A seguir, listamos os pilares essenciais para implementar GEO na prática:
Assim como no SEO você começa pesquisando termos que seu público busca no Google, no GEO é fundamental identificar quais perguntas ou prompts de IA estão relacionados ao seu negócio. Pense em como um usuário pode pedir algo a um chatbot sobre o seu mercado: por exemplo, “qual é o melhor software de gestão para pequenas empresas?” ou “como resolver problema X?”.
Use ferramentas de insights (como AnswerThePublic, Google Trends, ou até consultas de exemplo no próprio ChatGPT) para descobrir perguntas comuns. Foque em palavras-chave de cauda longa e contexto, pois buscas conversacionais tendem a ser mais descritivas. Identifique também frases que, se contiverem certas palavras, você quer que acionem informações onde sua marca apareça.
Essa pesquisa inicial vai guiar toda a criação de conteúdo GEO, ajudando a alinhar os tópicos do seu site com as dúvidas reais do público.
Organize seu conteúdo de forma que fique fácil para humanos e máquinas entenderem. Isso significa usar títulos e subtítulos descritivos, introduções que resumam o tópico e uma linguagem o mais clara e objetiva possível. Portanto, cada seção do seu conteúdo deve ter um propósito definido e explicações completas.
Inclua definições de termos importantes, listas ou bullet points para itens-chave, e até tabelas se couber. Esses elementos estruturais podem ser bem aproveitados nas respostas. Além disso, forneça contexto suficiente: por exemplo, se mencionar seu produto, explique brevemente o que ele é, pois a IA pode não ter contexto prévio.
Por fim, mantenha o conteúdo atualizado: IAs conectadas à web tendem a preferir informações recentes. Atualize dados obsoletos e acrescente novos insights periodicamente para aumentar suas chances de ser referenciado.
A autoridade do seu conteúdo se torna ainda mais crítica no mundo do GEO. Os modelos de IA “aprendem” quem são as fontes confiáveis a partir de diversos sinais, muitos dos quais vêm do próprio SEO tradicional (por exemplo, número de backlinks de qualidade apontando para seu site, menções em sites de notícia ou institucionais, etc.).
Então, continue investindo em estratégias de autoridade de marca: conseguir citações em veículos relevantes, construir parcerias e links, e demonstrar expertise. Dentro do seu conteúdo, reforce a credibilidade incluindo dados concretos, pesquisas e citações de terceiros. Isso não só enriquece o texto para o leitor humano, como, conforme vimos, aumenta a chance de a IA “enxergar” valor ali e replicar essas informações.
Sempre que possível, atribua autores com credenciais aos artigos (e tenha páginas de autor com bio), pois isso transmite confiança tanto a pessoas quanto aos algoritmos. Lembre-se: mecanismos generativos podem filtrar informações errôneas ou sem fonte, preferindo conteúdos com sinalização de confiabilidade. Se você fizer afirmações importantes no seu texto, cite a fonte original ou inclua um link de referência.
Uma boa pergunta para se fazer é: se alguém estivesse escrevendo um artigo sobre este assunto, meu conteúdo tem algo de valor (um dado, uma frase de efeito, uma conclusão sólida) que valeria ser citado? Se a resposta for sim, então provavelmente também será útil para uma IA gerativa.
Embora ainda seja um desafio medir exatamente o impacto do GEO (visto que nem sempre sabemos quando/como uma IA citou nosso conteúdo), é importante tentar monitorar resultados. Fique de olho em ferramentas de análise que começam a diferenciar tráfego vindo de agentes de IA.
Por exemplo, já é possível criar relatórios customizados no Google Analytics 4 para ver acessos originados de plataformas como “chat.openai.com” (ChatGPT com navegação) ou “bing” com user-agent de bot.
Alguns softwares de SEO também estão incorporando o acompanhamento de quando um site é referenciado em respostas de IA, como no caso das citações do SGE. Além das métricas, faça testes manuais: pergunte ao ChatGPT coisas relacionadas ao seu negócio e veja se ele menciona sua marca; use o Perplexity e confira se seu site aparece nas fontes; teste o Bing Chat com perguntas sobre seus tópicos.
Esses experimentos ajudam a identificar oportunidades de melhoria. E lembre-se que a IA também aprende com o tempo – se sua estratégia GEO der resultados, tende a ser cumulativo (sua marca ficando “conhecida” pelo modelo). Portanto, encare o GEO como um processo contínuo: publique, monitore, ajuste e repita.
Na jornada do empreendedor, olhar para a concorrência pode colocar seu negócio para trás. Por isso, costumo dizer que, quem é líder, deve olhar para frente com o objetivo de alcançar o topo.
Pensando nisso, quer aprender na prática como posicionar sua empresa na vanguarda do marketing digital? Clique no banner abaixo e participe do programa presencial Marketing & Growth do G4 Educação. Com a imersão, você vai dominar estratégias de SEO, GEO, Growth e muito mais, acelerando os resultados do seu negócio.
CEO do G4 Educação
Presidente do G4 Educação | Fundador da Singu e Easy Taxi
Fundador do G4 Educação, Xtech e Presidente da Loja Integrada