Startups : tudo o que você precisa saber
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Startups : tudo o que você precisa saber

Startups : tudo o que você precisa saber

Por:
G4 Educação
Publicado em:
30/3/2022

Desde a ideia inicial até formas de financiá-la e mais. Reunimos uma série de conteúdos com tudo que você precisa saber sobre o universo das startups.

Startup significado e conceito

Mas afinal, o que podemos considerar uma startup? Entre um punhado de definições, podemos considerar que uma empresa que utiliza esse modelo para operar, possui algumas características essenciais que não são negociáveis.

De forma geral, uma startup pode repetir o seu modelo de funcionamento em diferentes locais, e conforme cresce, a receita aumenta de uma maneira desproporcional aos custos. Em suma, para um negócio ser considerado uma startup, ele precisa ser replicável e escalável. 

Empresa como Facebook, Amazon, Apple e Google, começaram como startups muito bem sucedidas, que popularizaram o termo trazendo muita inovação e tecnologia para seus setores de atuação.

Contudo, não é preciso ser um negócio totalmente disruptivo para ser considerado uma startup. Na verdade, muitos negócios de sucesso são criados pensando em facilitar alguma ação, e muitas vezes isso consiste em melhorar processos já existentes, como assistir a um filme por exemplo.

Ao remodelar essa experiência de entretenimento considerada “tradicional”, tornando-a mais prática, conveniente e substancialmente mais acessível do que as locadoras proporcionavam, a Netflix construiu uma das empresas mais bem-sucedidas do mundo.

Dito isso, o cenário nacional é bastante promissor. Segundo um relatório da Sling, as startups brasileiras contrataram mais de 100 mil pessoas em 2021. Nesse mesmo ano, houve um aumento de 200% no volume aportado.

O valor médio do investimento também aumentou, de US$ 5,5 milhões em 2020 para US$ 13,7 milhões em 2021.

Pensando nesse mercado cada vez mais promissor e igualmente competitivo, separamos uma série de artigos do G4 Educação, abordando temas fundamentais como produto mínimo viável, Product-Market-Fit, investidor anjo e muito mais, que farão você entender sobre as particularidades desse modelo e compreender mais sobre o ecossistema de inovação.

#1 - Contrato de vesting e cliff: conceito e como utilizá-los

Quando uma startup está começando, uma grande questão é como remunerar os profissionais que estão colaborando com o negócio. O contrato que abarca as cláusulas vesting e cliff tenta solucionar exatamente essa questão, tornando a relação clara desde o começo, para que posteriormente, não haja mal entendidos.

Esse cuidado jurídico consiste em outorgar especialmente os colaboradores mais importantes com um salário inicialmente menor que o praticado no mercado, porém somado a uma participação societária em equity. Contudo, a outorga ocorre de maneira gradual, conforme aquele colaborador comprova seu desempenho e produtividade (vesting). Caso ele não atinja o que se esperava dele, então pode ser retirado da sociedade sem que isso traga a ela maiores prejuízos (cliff).

#2 - MVP ou Mínimo Produto Viável: o que é e exemplos

- MVP ou Mínimo Produto Viável
Gráfico simplifica o processo de construção de um Minimum Viable Product ou MVP

Com o mercado cada vez mais rápido, um planejamento extenso para lançar um produto ou serviço está cada vez mais obsoleto. O Mínimo Produto Viável - ou MVP, é um conceito que acelera esse processo justamente porque permite a comercialização mesmo que ainda falte alguns ajustes. 

Se tornou uma alternativa não só mais ágil do que um planejamento tradicional, como também mais barata. Ao compreender o conceito, é possível reduzir o esforço no desenvolvimento, conseguir feedbacks valiosos para melhorá-lo, e ainda tomar decisões mais assertivas e no timing correto. 

#3 -North Star Metric: O que é, como definir e exemplos

Como a sua empresa entrega valor para os clientes? Você sabe como quantificá-lo? Isso é o que a métrica North Star Metric tenta traduzir. Utilizada por grandes empresas como Airbnb e Facebook, além de trazer benefícios organizacionais, como clareza do propósito e maior direcionamento dos esforços, foca na experiência do cliente.

Isso porque, em suma, tenta traduzir os benefícios do seu produto ou serviço para quem realmente importa, e para que isso aconteça, é necessário focar no que é de fato relevante, ou seja, o ideal é manter a simplicidade e trabalhar em sua excelência. 

O conceito advém do Vale do Silício e como o nome aponta, a ideia é que essa métrica “guie” a sua empresa em uma direção correta em momentos de decisão e dificuldades. Contudo, é preciso estar atento para compreender e aplicar o conceito corretamente, ou seja, acompanhar outros indicadores é fundamental para manter os objetivos de negócios sempre alinhados.

#4 - Product-Market Fit: definição, exemplos e como encontrar o seu

Apesar de ser um termo relativamente novo, conhecer o Product-Market-Fit ou PMF, é essencial para replicar e escalar seu negócio, isso porque ele é capaz de oferecer uma perspectiva fundamental para a sobrevivência de uma empresa: estar em um determinado mercado e com o produto certo para satisfazê-lo. 

Através de um framework chamado “Product-Market Fit Pyramid” é possível colocar esse conceito em prática através de 6 passos. Além disso, existem alguns direcionamentos que podem te ajudar a saber se encontrou o PMF, incluindo métricas de retenção, por exemplo, e outros que podem ser levados em consideração para entender se sua solução tem aderência com o mercado. 

#5 - Pitch Deck: o que é, como fazer e exemplos

É comum ouvirmos que a primeira impressão é a que fica. No mundo do empreendedorismo, esse jargão pode ser uma analogia ao pitch deck, ou mais conhecido simplesmente por pitch. Além de ser uma maneira de apresentar o seu negócio para investidores e parceiros de maneira breve. Apesar de ser uma apresentação mais rápida, deve ser envolvente.

O pitch deve ser consistente, baseando-se em uma estrutura que guie a audiência por pontos fundamentais da sua ideia, como problema a ser resolvido, modelo de negócios, financiamento e mais. 

Apesar de contemplar pontos mais pragmáticos sobre o negócio, é importante entender que um bom pitch é desenvolvido a partir de um storytelling, isso é, invista tempo em gerar sentimentos. O ponto principal deste momento é gerar interesse, entusiasmo, mostrando o impacto da solução, ou seja, o valor que é entregue.


#6 - Bootstrapping: o que é e como fazer?

Começar uma startup sem financiamento externo é mais comum do que parece. Além disso, muitos negócios começam com baixo investimento. Segundo uma pesquisa Kabbage, ⅓ dos pequenos negócios de sucesso começam com menos de US$ 5 mil. Existem muitas vantagens em optar por esse modelo e também, desafios singulares.

Por exemplo, ao escolher o bootstrap, uma das vantagens é adquirir mais autonomia e poder de decisão, já que não há investidores externos e também, menos pressão por resultados. Contudo, há maior propensão a desafios financeiros, como manter o fluxo de caixa e gerar capital.

Ao decidir pelo bootstrapping, uma das melhores estratégias é investir em soft skills, isso é, habilidades comportamentais que te farão ter clareza para encontrar a melhor forma de alcançar os objetivos e resiliência para enfrentar ocasionais desafios. 

#7 - O que é investidor anjo? Entenda e saiba como conseguir um

Existem algumas alternativas na hora de financiar um negócio, contudo, o investidor-anjo, além de entrar com os recursos financeiros para viabilizar uma ideia, geralmente, tem uma experiência consistente e relevante no mundo dos negócios, tornando-se até, uma espécie de mentor para o empreendedor, o que pode ser considerado um plus.

Startups são consideradas as principais agraciadas por esses investidores, uma vez que levam em consideração seu potencial de inovação e impacto na sociedade. Em julho de 2021 havia quase 7 mil investidores anjo no Brasil, segundo levantamento da ong Anjos do Brasil, um número animador e que tende a crescer. 

Qual o mercado mais atrativo? Quais os requisitos e métricas necessárias? Qual a duração ideal do pitch deck? Essas são algumas das perguntas que devem ser respondidas se há interesse em conseguir um investidor anjo.

#8 - Media for equity: startups ganham grande exposição sem grandes investimentos

Indo na contramão de um modelo tradicional de financiamento, garante uma maior exposição da empresa e ainda reduz custos. Esse é o modelo media for equity

De forma geral, com esse modelo, as empresas obtém uma grande visibilidade midiática ao se associarem a personalidades influentes como celebridades, e em troca, oferecem ações da empresa e cargos de liderança, como foi o caso da parceria entre Anitta e o banco digital Nubank, que resultou na cantora tornando-se integrante do conselho administrativo.

Ao reduzir consideravelmente os custos de marketing e publicidade, e muitas vezes até conseguindo uma exposição mais relevante e natural diante do público, o media for equity, está ganhando cada vez mais espaço nos negócios e possui boas perspectivas para o futuro. 

#9 - 99 Startups: como o serviço de ride-sharing fomenta novas startups

Primeiro unicórnio do Brasil, o app de transportes 99 construiu um legado relevante, se tornando uma das startups mais pioneiras do país. Além de possuir grandes marcos e ter sido vendida para a chinesa Didi Chuxing em 2018 por US$1 bilhão, recentemente, a empresa parece estar adicionando outro capítulo a sua história: tornando-se um celeiro de startups.

Isso porque muitos ex-funcionários estão abrindo suas próprias startups e fomentando o ecossistema de inovação nacional. Já são mais de 20 empresas, entre elas a Swap, que cria carteiras digitais e finteches; a Kovi que aluga carros para motoristas de Uber e 99 e a healthtech Alice, que inclusive, tem grandes chances de se tornar um unicórnio.

Ao priorizar a autonomia e o desenvolvimento voltado para a resolução de problemas, a “máfia da 99” reforça a atuação da empresa e define-se como um case de sucesso nacional, demonstrando que através de capacitação e uma cultura empreendedora, é possível criar soluções que beneficiem cada vez mais pessoas.

O objetivo deste compilado trazendo tudo sobre startups, com os melhores conteúdos, é te incitar a começar a pensar que uma startup atravessa muitos estágios fundamentais, ao passo que ter uma boa ideia é só o começo. 

Construir um modelo de negócios viável é fundamental, assim como apresentá-lo de maneira convincente para investidores ou até, começar sem investimento externo se o bootstrapping for a  alternativa escolhida. Seja como for, garantir que a sua solução seja a correta para o público é um dos primeiros passos, além de estar atento à novas tendências como o media for equity.  

O ecossistema de inovação pode ser fomentado pela sua startup no futuro, e para isso, estar preparado é fundamental para iniciar no empreendedorismo. 

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