Bom dia, boa tarde, boa noite. Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Gostaríamos de começar esta edição comunicando que cometemos um pequeno erro na edição de quinta-feira (02/02).
No último parágrafo da nota sobre Inteligência Artificial, foi publicado que 66% dos brasileiros que já testaram o ChatGPT pretendem usá-lo regularmente. No entanto, esses 66% disseram que não pretendem fazer isso. Segue aqui nosso singelo pedido de desculpas.
Agora, falando de coisa boa para você que gosta das nossas recomendações, hoje temos a estreia de um podcast 3 em 1 no G4 Educação. São 3 programas distintos cobrindo Gestão, Inovação e Alta Performance que serão publicados regularmente em um único canal, o G4 Podcasts. Clique aqui e confira o primeiro episódio.
Na newsletter de hoje:
— Guilherme Canineo
Se tem alguém que não está dormindo no ponto em 2023, essa é a Arezzo&Co. Depois de adquirir a marca de calçados femininos gaúcha Vicenza em janeiro, agora a gigante brasileira do setor de moda viajou mais longe e assinou um cheque de 25 milhões de euros para comprar a empresa italiana Paris Texas, também de calçados femininos.
Com a aquisição – a primeira internacional –, a Arezzo&Co passa a ser dona de 65% do capital da empresa italiana, que ainda terá seus fundadores, Annamaria Brivio e Massimo Baltimora, à frente dos negócios. A Paris Texas foi a escolhida entre as 8 marcas que a Arezzo&Co selecionou nos últimos meses, quando iniciou um roadshow pela Europa, buscando potenciais oportunidades.
Para o CEO Alexandre Birman, “é a que teve fit estratégico. A marca já tem um produto ícone e de sucesso, fundadores muito talentosos e um conhecimento enorme do mercado europeu. Faltava o que [nós, a Arezzo] temos de melhor: estratégia, omnichannel e planejamento de go to market”
Tá, mas e os números da Paris Texas? Em 2022, viu seu faturamento crescer 65% em relação ao ano anterior, chegando a 15 milhões de euros. Só nos Estados Unidos, onde a empresa ainda tem pouca penetração, foram US$ 2 milhões gerados.
E é exatamente nas terras do Tio Sam que a Arezzo&Co quer impulsionar a Paris Texas, mantendo a base que a empresa brasileira já possui em Nova York, “com times em áreas como finanças, tecnologia, e-commerce e logística, além de centro de distribuição, do relacionamento com varejistas locais e de cinco lojas próprias”.
Visão panorâmica. Para Birman, a aquisição da Paris Texas pode contribuir para outras marcas do grupo como a Schutz e a Alexandre Birman, por exemplo, que têm um preço semelhante à empresa italiana. Isso fora o relacionamento que os fundadores possuem com fornecedores e a presença da marca em cerca de 400 lojas multimarcas na Europa.
Outro movimento internacional da Arezzo&Co inclui conversas avançadas para adquirir uma fábrica (também em solo italiano) especializada no mercado de luxo em uma transação que pode chegar a 10 milhões de euros. Além disso, eles estão monitorando outras marcas europeias de luxo e que faturem 50 milhões de euros.
Essa é a história da marca Petisco Brazuca, que vem ganhando o coração das pessoas que moram e passam por Nova York, nos Estados Unidos, através de um dos mais populares petiscos da culinária brasileira, a coxinha. E são muitos corações, de fato, pois a marca atualmente fatura R$ 10 milhões anualmente.
A ideia, no entanto, veio de forma inusitada. Ao serem encarregados de levar coxinhas para uma festa, o casal Ricardo Rosa e Vanessa Oliveira ficou surpreso ao não encontrar nenhum estabelecimento que vendesse o petisco, especialmente tratando-se de Nova York, cidade muito internacional e com alguns restaurantes brasileiros.
O casal então recorreu ao YouTube em busca de receitas para não chegar de mãos vazias à festa. O resultado? Sucesso total, mesmo que Ricardo diga que “aquilo era tudo menos coxinha”. No mesmo dia, os dois foram questionados do porquê não comercializar o petisco em larga escala. Eis que, em 2013, com um investimento inicial de US$ 10.000, nascia a Petisco Brazuca.
O começo do negócio, no entanto, foi um pouco lento. Só duas encomendas nos primeiros dois meses. Até que o casal optou por utilizar as redes sociais para divulgar o produto utilizando, segundo nota da Exame, influenciadores da região. Com o decorrer dos meses, a Petisco Brazuca foi ganhando popularidade e seu app foi baixado 10.000 vezes.
Tal popularidade rendeu à marca “um volume de encomendas de 5.000 unidades por mês”, atendendo tanto a pessoas físicas como eventos corporativos de empresas como Amazon, Google e Nike. E tudo isso feito na cozinha de seu pequeno apartamento durante os primeiros 2 anos – no início, o próprio Ricardo fazia as entregas.
A crescente demanda fez com que o casal recorresse às dark kitchens (local onde apenas se prepara a comida) espalhadas pela cidade. Com essa ajuda, a produção mensal foi para 30.000 unidades. Já em 2018, a empresa se mudou para um prédio e também abriu sua primeira loja física.
A mudança na estratégia. Buscando a validação do produto para além da comunidade brasileira, a marca começou a participar de feiras de rua que ocorrem em grandes parques de Nova York, e foram esses eventos que trouxeram essa aprovação. Desde então, os petiscos da empresa já alimentaram mais de 60.000 clientes nessas feiras.
Visão panorâmica. Com a pandemia, a Petisco Brazuca introduziu os salgados congelados e abriu lojas temporárias para “atender a demandas específicas do calendário” (pop-up stores). Visando o futuro, a marca, que já possui 3 lojas físicas e 5 pop-up stores, pretende inaugurar uma fábrica para “ampliar a produção de 300.000 unidades para mais de 1,5 milhão”.
Número do dia: R$ 187.500. Isso foi o que a marca de cosméticos brasileira We Pink Beauty, das influenciadoras Virginia Fonseca e Samara Pink, vendeu por hora nas 8 primeiras horas do lançamento de sua nova linha de bases, faturando um total de R$ 1,5 milhão.
Em janeiro deste ano, a marca movimentou R$ 14,9 milhões em uma live promocional nas redes sociais e no YouTube. A marca já faturou mais de R$ 168 milhões desde seu lançamento em outubro de 2021. Em 2023, pretende faturar R$ 240 milhões.
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Frase do dia: “Temos um aquário gigantesco para pescar no B2C”
Isso foi o que disse Rodrigo Gruner, diretor de inovação da Vivo, referente à aquisição da Vale Saúde Sempre, startup que “oferece uma assinatura com benefícios como descontos em consultas e exames”, pela empresa. O valor da transação pode chegar a R$ 60 milhões.
Para ele, essa é uma ótima oportunidade para oferecer esse tipo de assinaturas à Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que muitas vezes não possuem as condições de oferecer um plano de saúde a seus funcionários.
🤝 54.482. Esse foi o número total de fusões & aquisições (M&As) realizados ao redor do mundo em 2022, que apesar de significativo, ainda é 17% menor do que os 65.643 de 2021. E mesmo que os M&As estejam despontando “como uma estratégia de crescimento que é perene ao mercado”, vale lembrar que nem todos funcionam. Dito isso, conheça 4 M&As feitos por grandes empresas que deram certo e 4 que deram errado. (G4 Educação).
🤔 Proteger ou apoiar, eis a questão? Para gestores, a opção de proteger, mesmo que apoiada por boas intenções, pode trazer consequências indesejadas, como maiores gargalos, tornar membros da equipe mais passivos e reduzir a produtividade. Apoiar e empoderar seus liderados e confiar que eles darão conta do trabalho são 2 das 7 maneiras de como equipar sua equipe para resolver problemas sem você. (Harvard Business Review)
☕️ Alô, Bahia. Vai um frapuccino? O Starbucks iniciou sua expansão brasileira de 2023 e desembarcou em Salvador com uma loja de 200 m² no Shopping Barra. Por ora, a empresa irá gerar 60 empregos diretos no estado, além de oferecer cursos de barista e garçom para a comunidade local junto à Associação Pracatum Ação Social. O Starbucks prevê a inauguração de mais uma unidade na Bahia este ano, assim como nos estados de Ceará e Pernambuco. (Mercado & Consumo).
Nos últimos anos, algo que vem alcançando níveis internacionais de popularidade dentro da indústria do entretenimento são as produções sul-coreanas, muito por conta do sucesso de “Parasita” (filme ganhador do Óscar de 2020) e de séries como “Round 6” e “Uma Advogada Extraordinária”, ambas da Netflix.
E sabe quem vêm surfando a onda desse sucesso e aumentando sua presença na mente dos coreanos (e de mais telespectadores globais)? A rede de fast-food Subway. Como? Pagando para ter seus produtos, suas lojas e o nome de sua marca dentro dessas produções, especialmente nas que hoje são conhecidas como “Korean Dramas ou K-Dramas”.
Para contextualizar. Na Coreia do Sul, as transmissões de TV não podem ter intervalos publicitários. Por isso, a maneira como as marcas alcançam o público que assiste à TV é através da colocação de produtos (também conhecido como product placement). Só em 2018, “emissoras do país venderam US$ 114 milhões em product placement”.
Segundo Seung-Chul Yoo, Ph.D, professor de Communications & Media na Ewha Woman’s University, dependendo da popularidade do programa, o custo para ter um produto inserido varia de US$ 30.000 a US$ 70.000. Detalhe: esses valores não só possibilitaram muitas ofertas por parte das marcas como aumentaram o orçamento dessas séries.
Foi aí que o Subway decidiu se aventurar. Segundo detalhado neste vídeo pelo jornalista e cineasta Johnny Harris, “o Subway entrou com tudo no product placement”, chegando até fazer parte da narrativa da história. Para se ter uma ideia, na série “The Ghost Detective”, um dos personagens não conseguia comer nada por ser um fantasma, até que alguém lhe serviu um sanduíche do Subway (sem sentido, eu sei).
Mas, para a marca, isso vem trazendo frutos. Em março de 2021, Colin Clark, country director da marca no país, disse ao The New York Times que a diferença é gigante entre a percepção dos consumidores antes e depois dos product placements. O Subway chegou até a produzir uma série de YouTube centrada em um atendente de uma loja.
E com essa ascensão de popularidade, impulsionada pela Netflix – que teve produções sul-coreanas figurando no top 10 da plataforma em mais de 90 países –, é provável que a presença do Subway siga sendo uma constante. Em março de 2021, o Subway já havia aparecido em 17 séries do país.