Muito já foi falado sobre o impacto para indivíduos e governos, especialmente no que se refere a questão de mortalidade e grupos de risco para as pessoas e a crise nos sistemas de Saúde como um todo. Nosso foco aqui é analisar impactos nos negócios e o que podemos fazer como empreendedores e gestores.Antes de mais nada é importante discutirmos a questão de que crises são geradas por fatos, mas tem sua dimensão definida pela percepção de impacto dos mesmos para os diferentes agentes envolvidos.Nesse caso, nenhum de nós é responsável pelo(s) fato(s) causador(es) da crise gerada pelo COVID-19 e não podemos fazer nada a respeito dos mesmos, mas somos sim bastante responsáveis por gerenciar a percepção que temos e de outras pessoas que influenciamos a respeito dos mesmos fatos.Então, em primeiro lugar, entendamos que temos que gerenciar percepções e a melhor forma de fazê-lo é com comunicação: direta, concisa, efetiva, transparente e imparcial.
Se analisarmos as medidas tomadas pela OMS e pelos governos mais diretamente envolvidos, veremos que elas seguem essa sequência e, mesmo as medidas “supostamente radicais”, como as quarentenas em larga escala ou mesmo o fechamento de fronteiras tem por objetivo gerar 2 resultados principais:
Pode ser que nada mude, pois no longo prazo, os efeitos desaparecerão, mas pode ser que algumas prioridades mudem após a crise. Por exemplo, se eu fosse uma cadeia de varejo eu reveria minha estratégia de expansão de curto / médio prazo.
Como diz o ditado: “mais vale um fim horroroso do que um horror sem fim”, ou seja, melhor implementar ações doloridas de uma vez só do que tomar medidas “parciais”. No final, o impacto acaba sendo maior ao fazê-lo.Por último, mantenha os olhos e mente abertas a oportunidades que surgirão em decorrência de tudo que está acontecendo. Situações como essa mudam o “status quo” o que, por sua vez, permitem que novos contextos e circunstâncias de negócios apareçam e, dessa forma, mudem seu panorama concorrencial.Identifique esses cenários e use-os, estamos todos sendo colocados a prova. Aqueles que se adaptarem de forma mais rápida e eficaz sairão mais fortes e, ao fazê-lo, podem ter aproveitado para fazer dessa crise uma enorme oportunidade de negócio.Empreender é isso: visão de longo, execução de curto, alta adaptabilidade e estômago para suportar a turbulência da viagem.