Entrevista com Luccas Riedo, CEO do G4 Educação
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Entrevista com Luccas Riedo, CEO do G4 Educação

Entrevista com Luccas Riedo, CEO do G4 Educação

Por:
G4 Comunidades
Publicado em:
3/4/2022

Em sua 2ª edição, a revista do G4 Club contou com uma entrevista com Luccas Riedo, atual CEO do G4 Educação. Descubra como ele, vindo do interior de São Paulo, possibilitou um crescimento exponencial de vendas e alavancou os resultados da companhia.

Ex-engenheiro civil, com passagens por empresas de renome,  Riedo começou a desenvolver habilidades estratégicas desde cedo, construindo uma carreira de inúmeras conquistas e responsabilidades dentro da engenharia.

Jogador profissional de poker e com fortes convicções morais, a sua entrada no G4 Educação, foi marcada por muitos desafios e grandes transformações estratégicas que estão determinando o futuro e o protagonismo da empresa no mercado.

O que você fez antes de entrar no G4 Educação?

Sou formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Minas Gerais e trabalhei alguns anos na Odebrecht, primeiro como estagiário e depois como trainee. 

Em 2015, sai da empreiteira para montar uma empresa de distribuição de cestas básicas de alimentos no norte de Minas Gerais. Depois, me mudei para São Paulo onde trabalhei em consultoria durante 4 anos – durante esse tempo, atendi diversos players do mercado, como GPA, Via Varejo e Grupo CCR.

Após esses anos como consultor, e desde maio de 2020, faço parte do G4 Educação. 

Luccas Riedo
(Na imagem: Luccas Riedo)
(Crédito: G4 Educação)

Lembre-se do último dia de graduação, quando você saiu da UFMG, formado como engenheiro civil, em 2013. Em algum momento, passou pela sua mente que você seria o CEO de uma empresa tão encantadora e transformadora quanto o G4 Educação?

Eu tinha um sonho de me tornar CEO. Sempre gostei muito e acreditei no poder transformacional de gestão e, inclusive, foi um dos grandes motivos da minha saída da Odebrecht, já que não existia a possibilidade de me tornar o CEO da empresa.

No entanto, se eu dissesse, naquela época, que eu seria o CEO de uma empresa como a G4, em um tempo relativamente rápido, eu estaria mentindo. 

Então, sempre tive esse sonho, mas não sabia que ele aconteceria tão cedo, e que seria em uma empresa tão inovadora, legal e disruptiva como a G4. 

Você fala bastante sobre “street intelligence”. O que é isso e por que você considera importante?

Street Intelligence” é a habilidade que você tem de se comunicar, relacionar e ligar os pontos sobre coisas que não são técnicas, ou seja, que não estão em livros.

Eu acho que é a segunda habilidade mais importante que qualquer pessoa pode ter no sentido de se relacionar bem, de conversar bem com outras pessoas, o que você pode entregar e também extrair de todos os relacionamentos. A habilidade que você tem de conversar com pessoas novas e fazer novas amizades. Na minha opinião, é um skill muito importante.

Eu falo muito sobre isso porque esse é um dos grandes skills que eu tenho e, hoje, percebo que a turma da faculdade, principalmente os que têm mais “street intelligence”, são as pessoas que atualmente têm mais sucesso, que ocupam posições mais estratégicas e mais importantes na maioria das empresas.

Então, olhando para trás, eu vejo que isso foi muito importante para mim. Olhando para o lado, eu vejo que isso também é relevante para a maioria dos profissionais que nós temos no mercado. 

Como foi a entrada no G4? Você já conhecia a empresa?

Sim. Eu acompanho desde a fundação, já que conhecia o Tallis e o Alfredo antes de entrar no projeto. A gente sempre teve vontade de fazer algo juntos. 

Falando novamente sobre o G4, sempre gostei muito do propósito da empresa, do modelo de negócio e, em maio de 2019, apareceu a oportunidade. Eu estava de férias impostas por conta da pandemia enquanto trabalhava na consultoria e, após receber a proposta, não pensei muitas vezes, não. 

Quando veio o convite, eu logo topei o desafio. Um pouco daquela questão:

"Se o foguete está saindo e te oferecem uma vaga nele você, primeiro, entra e, depois, pergunta para onde ele está indo".

Nossa North Star Metric é gerar 1.000.000 de empregos. Dito isso, qual a importância que você vê em ter um número principal que guia toda a empresa? E como vocês calculam esse dado?

Nós temos um programa de acompanhamento dos alunos depois do programa de formação. 

Hoje, já conseguimos mensurar cerca de 10% dos alunos que participaram da imersão - dadas as grandes proporções dos números: 20 mil profissionais impactados e 10 mil empresas representadas, estamos em um patamar relativamente bom de mensuração -, mas a intenção é que a gente tenha, anualmente, esse ponto de contato para perguntar para as pessoas, de fato, quantos empregos as empresas deles geraram depois de passar pelo nosso programa. 

O grande desafio que nós temos é como chegar a 100% da nossa base de ex-alunos (ou o mais próximo disso) para que a gente tenha um número fidedigno e impactante como esse de 1 milhão de empregos. 

Essa North Star Metric guia todas as decisões da empresa. Por exemplo: se alguma oportunidade boa aparece, porém, o foco é em resultado de curto prazo e não possui fit com nosso propósito principal, então reavaliamos o empenho de esforço na mesma.  

O número chama tanta atenção, mas estamos falando sobre um milhão de pessoas, de vidas, de famílias e de histórias. Como você se sente com o objetivo de ajudar tanta gente a conquistar seus maiores sonhos?

Na verdade, o impacto é muito maior do que 1 milhão porque, muitas vezes, a empresa emprega 10 ou 15 pessoas, mas a quantidade de vidas transformadas, não só por essas pessoas que foram contratadas, mas também pelas outras pessoas da empresa, acaba amplificando o poder transformacional desse objetivo.

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer é visitar empresas de ex-alunos como, por exemplo, quando fizemos uma visita em Manaus um tempo atrás. Lá, nós conseguimos ver que as pessoas, de fato, estão executando depois de passar pelo programa de formação.

Esse sentimento de ver que nós estamos transformando as empresas e que estas, por sua vez, irão transformar o país, é extremamente gratificante.

O que você considera ser a principal característica da cultura do G4 Educação? Como manter uma cultura forte em plena escalada?

Acredito que o nosso primeiro valor é o mais importante, é o ponto central da nossa cultura: “Aqui não temos braço curto, fazemos o que precisa ser feito”.

Quando estamos em um cenário de crescimento acelerado, muitas iniciativas novas acontecendo, é quase impossível a gente trazer alguém e colocá-lo em uma função que vai saber exatamente o que fará, ficando responsável apenas por uma atividade, por exemplo. 

Neste caso, as coisas estão mudando muito rápido e nós precisamos de pessoas que estejam dispostas a fazer o negócio acontecer, a serem os donos das iniciativas e serem os donos da empresa.

Então, este primeiro valor é realmente o ponto central da nossa cultura. 

(Na imagem: Luccas Riedo)
(Crédito: G4 Educação)

O novo escritório foi inaugurado há poucos meses. O que será feito nesse escritório? E como a estrutura foi pensada?

Nós pensamos sobre os nossos espaços de eventos com base em toda jornada que os nossos alunos vivem em todos os programas de formação presencial que oferecemos. 

Desde o momento em que o aluno chega, traçamos a experiência. Onde ele será recebido, onde vai sentar, qual é o melhor lugar para ficar mais próximo dos mentores, para ficar próximo do conteúdo, mas também para gerar mais interação para ele… Todos esses pontos são planejados previamente, com muito afinco. 

Neste caso, por exemplo, temos uma área dedicada ao happy hour, uma área dedicada à alimentação. Como estimulamos a interatividade? Um dos pilares fortes do G4 é gerar um networking assertivo entre os participantes. 

Dito isso, o espaço foi pensado, desde o início, para prover a melhor experiência possível para qualquer uma das pessoas que participarem dos nossos programas de formação, e também de outros eventos. 

Com o crescimento no número de funcionários, vocês pensam em fazer outra expansão? Quais são os próximos passos do G4 Educação?

Atualmente, nós temos 45 vagas abertas na empresa e a tendência é que esse número aumente. O que nós queremos fazer é achar novas formas de ajudar os líderes de empresas (gestores, donos), porém, mais do que isso, como ajudamos os braços e as pernas desses líderes para que eles possam desempenhar as novas funções que ajudarão nos próximos passos das respectivas organizações. 

Então, nós criamos o G4 Edu, além de oferecer os treinamentos In Company. Esses são os produtos para os quais estamos olhando com muita atenção e buscamos melhorias para implementar nos mesmos de forma contínua.

Sabemos que eles têm um grande potencial para otimizar os resultados das empresas, contribuindo para o seu crescimento. Como consequência, elas irão gerar mais empregos, o que nos aproxima da nossa North Star Metric.

Nota: Atualmente, o G4 EDU chama-se G4 Skills, mas a plataforma de educação para empresas ainda não tinha sido rebatizada no momento da entrevista.

Muito se fala da relação entre esporte e negócios. Sabemos o quanto você gosta de tênis e kart. Em qual outro esporte você gosta de se aventurar? Você se considera competitivo?

O esporte precisa fazer parte da vida de todos. Muitas das coisas que nós precisamos aplicar como líderes, como gestores de empresa, nós podemos aprender em outros lugares como, por exemplo, um tatame ou um ringue de lutas. Neste caso, a questão do "ser 1% melhor a cada dia" está muito ligada ao esporte.

Hoje, pela disponibilidade de tempo que eu tenho, eu tento focar principalmente no tênis e na musculação, e quanto eu tenho um tempo livre eu sempre tento fugir para andar um pouco de kart. 

Esses são os três principais esportes que eu pratico hoje e os considero fundamentais, não só para ajudar em como ser melhor a cada dia, mas também para nos ajudar um pouco a cuidar da saúde mental, contando com o cérebro sempre preparado para o dia a dia. 

Em setembro, o Gestão 4.0 passou por um processo de rebranding, promovendo o seu primeiro Culture Day. De onde partiu a ideia e como foi o processo de definir a cultura organizacional do G4 Educação?

Desde o início, nós tínhamos os nossos valores desenhados, porém, sentimos a necessidade, até pelo crescimento do time, de fazer um evento para “escrever” esses valores na pedra. Assim, também conseguimos definir melhor esses valores, é como se tivéssemos “oficializado” eles. 

Então, a ideia de fazer o Culture Day partiu do objetivo de reunir todos os colaboradores para direcionar como nós iríamos divulgar os nossos valores, nossas metas, nosso propósito para ter todo o time alinhado, falando a mesma língua, exatamente com as mesmas palavras. 

Nós tínhamos algumas versões do propósito, algumas versões da nossa grande meta e, depois de muito trabalho, nós definimos como a gente iria comunicar essas ideias e, após isso, veio a ideia do Culture Day para, de fato, colocar o time todo na mesma página. 

Algumas empresas se consideram uma família. A Netflix, por exemplo, prefere ser um time de alto desempenho. Por que o G4 Educação decidiu ser uma tropa de elite?

Em uma tropa de elite cada um sabe qual é a sua função ao mesmo tempo que sempre está disponível para ajudar o outro. Além disso, todos sabem que qualquer tipo de vacilo pode custar não só um projeto, não só dinheiro, mas sim a vida.

Neste caso, a gente quer trazer para o nosso time esse senso de responsabilidade, que todo mundo olha por todo mundo, que somos dependentes um do outro. Ninguém, aqui, consegue fazer nada sozinho, ninguém deveria estar simplesmente fazendo nada sozinho. 

Por isso, por esses motivos, nós decidimos ser a tropa de elite. Nós queremos que o time esteja com a missão muito clara do que tem que ser feito e que todo mundo olhe por todo mundo. As pessoas de alto desempenho devem ficar, devem ser recompensadas pela sua performance e resultados e, naturalmente, as pessoas que não têm esse mesmo padrão precisam achar outras funções para que elas continuem agregando valor para o time. 

Por isso, o G4 é diferente de uma família, onde, por exemplo, mesmo que você tenha aquele pai que talvez não seja o melhor pai do mundo, que erre sempre nas mesmas tarefas, a família sempre tenta apoiar, sempre tenta manter a união. Na tropa de elite, nós não temos muito espaço para situações como essa. 

Para concluir, o que o Luccas de hoje diria para o Luccas de antes do G4 Educação, em até cinco palavras?

Faça o que é preciso!

O motivo dessa escolha: um dos nossos valores no G4 Educação é fazer o que precisa ser feito, diariamente, ter consistência para alcançar os nossos objetivos e sonhos!

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