Opa, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Algo que eu, você e muitas pessoas temos em comum é que todos já investimos muito tempo tentando escolher o que assistir na Netflix, não é? Afinal, a biblioteca de conteúdo que a empresa possui é praticamente infinita, risos.
Para muitos, esse processo se torna até exaustivo, e foi por isso que a Netflix, em abril de 2021, introduziu o botão "Surpreenda-me", que reproduzia um filme ou programa aleatório com um clique. Mas pelo visto as indicações trazidas não estavam boas e a funcionalidade, que levou 5 anos para ser desenvolvida, foi descontinuada.
Falando em recomendações, como o marketing de conteúdo pode ajudar a sua empresa? Esse é o tema central do novo episódio do podcast “Só Ensina Quem Faz” e Vitor Peçanha, co-fundador da Rock Content, maior empresa de marketing de conteúdo da América Latina, é o encarregado de responder a essa pergunta.
Na newsletter de hoje:
— Guilherme Canineo
Esse é o caso da Catupiry, empresa de laticínios familiar brasileira fundada pelos imigrantes italianos Mário e Rosa Silvestrini em Lambari, Minas Gerais, e que ficou tão conhecida por seu requeijão de alta qualidade que terminou até batizando uma categoria de alimentos.
Mas tal popularidade acabou criando uma dependência no produto. Por isso que, nos últimos 5 anos, a empresa decidiu diversificar seu portfólio, passando a incluir produtos congelados, queijos e uma linha à base de plantas chamada Plantury. Foram R$ 5 milhões investidos para reduzir sua dependência de leite e diminuir o efeito das flutuações de preço.
A empresa também mudou sua estratégia de vendas para ter uma presença nacional, expandindo sua distribuição para outros estados além de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a marca era mais forte.
No entanto, algo que contribuiu muito para o crescimento da Catupiry nos últimos foi a expansão de seu canal de vendas online, além de uma maior atenção ao trabalhar com varejistas tradicionais. Um dos responsáveis: o diretor comercial Nicolau Ahn, contratado em 2019. De lá pra cá, “a empresa passou de 4 para 57 distribuidores de varejo”, representando 20% das vendas.
Como resultado, a empresa viu seu faturamento saltar de R$ 492 milhões em 2018 para R$ 978 milhões em 2022, uma alta de 98%. Também houve um aumento no tíquete médio, muito por conta dos novos produtos adicionados – ao que parece, teremos 14 novos produtos lançados em maio.
Visão panorâmica. Em 2023, a Catupiry planeja abrir um empório gourmet em sua sede e outra loja em São Paulo. No longo prazo, a intenção é reforçar o apelo ao consumidor final por meio da abertura de lojas franqueadas (tendo como referência a Casa Bauducco).
Apesar da expansão, a empresa ainda é administrada pela família Silvestrini, que mantém sua gestão cuidadosa e artesanal. A mudança no portfólio e na estratégia de vendas parece ter sido bem-sucedida até agora, com a Catupiry se tornando uma marca mais forte e diversificada, mas ainda reconhecida por seu requeijão de alta qualidade.
No caso da Lapima, marca de óculos de luxo fundada em 2016 pelo casal Gisela e Gustavo Assis, esse estilo chamou a atenção de diversas celebridades mundo afora. Um de seus maiores “embaixadores”: o premiado músico britânico Harry Styles, um dos grandes símbolos atuais do mundo da moda.
O design em questão. Além de oferecido em diversas cores, os óculos da Lapima trouxeram “uma questão de curvatura no desenho em 3D, com um jogo de luz que rebatia na superfície dos óculos”, segundo nota publicada pelo Neofeed. Isso sem contar que são feitos em acetato orgânico italiano (sem petroquímicos) – que chique, hein?
Mesmo sabendo que tudo isso encareceria o custo de produção, Gustavo não abriu mão de sua ideia. Nas palavras de Gisela, “a gente entendia que por ser um design caríssimo e uma matéria-prima de super qualidade, existia um nicho de mercado. E que tinha marcas da Alemanha, Inglaterra, marcas francesas e americanas que atuavam nesse nicho”.
E foi nesse nicho da moda onde começaram (e onde mais vendem até hoje). Um ponto essencial nesse começo foi o feedback dos primeiros clientes (amigos e conhecidos). Segundo os empresários, a maioria das peças apresentou problema e todos os compradores trouxeram algum tipo de reclamação – que foi aplicada no aprimoramento do produto.
Em 2017, após receber a oportunidade de apresentar uma coleção da marca na Fashion Week de Paris, a equipe por trás da Lapima decidiu montar uma fábrica. E aqui não teve tanto luxo assim. Foram R$ 20.000 investidos e máquinas (de 1970 e 1980) “compradas em ferros velhos de óticas de Campinas, e consertadas”.
Hoje, a Lapima comercializa 90% de sua produção em óticas especializadas no exterior, marcando presença em um total de 33 países. No Brasil, a marca tem uma loja física em São Paulo (Shops Jardins) e é revendida em cinco multimarcas, mas pretende abrir duas novas unidades próprias no país em 2023.
Aquela curiosidade para fechar. Antes de começar a Lapima, o casal Assis nunca havia desenhado um óculos na vida. Este ano, a Lapima se tornou a primeira marca de luxo brasileira desse setor a marcar presença na Mida, feira da indústria da ótica mais importante do mundo, realizada em Milão.
Número do dia: 50.000. Esse foi o número de apostas que a FanDuel chegou a receber por minuto em seu auge durante a transmissão do Super Bowl no dia 12/02. A empresa, que é líder no mercado de apostas esportivas nos Estados Unidos, teve “uma média de 2 milhões de usuários ativos em sua plataforma durante a partida”.
O comercial da empresa também chamou muita atenção. Transmitido ao vivo durante o evento, caso o quatro vezes campeão do Super Bowl Rob Gronkowski acertasse um field goal (gol de campo) de cerca de 22 metros, qualquer pessoa que fizesse uma aposta de US$ 5 ou mais em qualquer aspecto do jogo usando a plataforma da empresa estava elegível para ganhar uma parte de US$ 10 milhões em apostas grátis na FanDuel.
Confira como foi a preparação de Gronkowski e o resultado da ação.
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Frase do dia: “Acredito que a Apple ainda está em modo de crescimento significativo”
Isso foi o que disse Dan Ives, analista da Wedbush Securities, referente à receita do sucesso para que a Apple não demitisse seus colaboradores em meio a um período tão turbulento. Ives acredita que a empresa possa vir a anunciar cortes, mas que não esperaria demissões de 7% a 10%.
A liderança do CEO Tim Cook, considerada consistente e pragmática, é 1 dos 5 dos fatores que mais contribuem para a atual resiliência da empresa.
🛂 R$ 56,5 milhões. Essa foi a receita conquistada pela Cidadania4u, startup especializada em pedidos de cidadania italiana e portuguesa com processo 100% digital e que conta com mais de 200 funcionários. Para 2023, a empresa pretende abrir o processo de cidadania espanhola e prevê um faturamento de R$ 110 milhões. (Forbes Brasil)
🇧🇷 Mais de 500.000. Esse foi o número de assinantes com o qual a empresa de educação e entretenimento Brasil Paralelo fechou 2022, esbanjando um faturamento de R$ 150 milhões (mais do que o dobro de 2021). Se falamos em metas grandes e ambiciosas, faturar R$ 250 milhões em 2023 não é a principal para a empresa, mas sim se tornar a Disney brasileira no longo prazo. (Exame)
🪄 Quase US$ 1,1 bilhão. Essa foi a receita gerada pelo jogo de cartas Magic em 2022, tornando-se a primeira marca da gigante de brinquedos Harsbro ao alcançar o status bilionário em termos de vendas anuais, superando outras linhas conhecidas como Transformers e G.I. Joe. O jogo representou 18% do faturamento total da Hasbro no ano passado. Desde sua introdução em 1993, mais de 50 milhões de pessoas já jogaram Magic. Clique aqui e confira um pouco desse belo case de sucesso. (The New York Times)
Um assunto que tomou conta dos veículos de comunicação no final da semana passada foi a renúncia de Susan Wojcicki ao cargo de CEO do YouTube, ocupado por ela desde 2014. O anúncio também marca mais um episódio de uma “tendência” no Vale do Silício: saída de mulheres de grande importância – em junho de 2022, Sheryl Sandberg deixou o posto de COO da Meta após 11 anos de empresa.
Dito isso, aproveitamos o fun fact de hoje para trazer alguns destaques dessa história de 25 anos entre Wojcicki e Google, assim como alguns dados curiosos.
Em 1998, depois de terem recebido mais de US$ 1 milhão em investimentos, Sergey Brin e Larry Page optaram por alugar a garagem de uma casa para começar o Google. A proprietária da garagem? A própria Wojcicki, na época apenas uma amiga, mas que eventualmente se tornou a 16ª funcionária da empresa.
Em 1999, ela atuou como a primeira gerente de marketing da empresa, para posteriormente ajudar a construir a área de publicidade online do Google e ser uma das mentes por trás do AdSense. Em maio de 2011, a Forbes reportou que Wojcicki foi responsável por 96% da receita de US$ 28,2 bilhões que a empresa gerou em 2010.
Foi Wojcicki que, em 2006, após assistir a um vídeo de dois meninos chineses fazendo lip-syncing (sincronização labial) de “As Long As You Love Me”, do The Backstreet Boys, percebeu como o conteúdo da então pequena startup chamada YouTube poderia ser facilmente compartilhado e criado em todo o mundo. No mesmo ano, ela convenceu Brin e Page a pagarem US$ 1,65 bilhão pela empresa.
Wojcicki deixa a empresa como uma das mulheres mais influentes do mundo da tecnologia. Como CEO do YouTube, a empresa alcançou US$ 29 bilhões em receita e mais de 2,5 bilhões de usuários ativos mensais.