Opa, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Vamos começar com uma pergunta pessoal: você sabe qual o preço da felicidade?
É claro que cada um terá uma resposta diferente, mas Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002, e o pesquisador Matthew Killingsworth chegaram a um número. Após acompanhar em torno de 33.400 estadunidenses, o montante necessário para ser feliz é de US$ 500.000 anuais (US$ 41.666 ou mais de R$ 218.000 mensais).
Fora isso, fica aqui a recomendação do editor para esta noite de terça-feira (14/03): a partir das 19h, o G4 Educação transmitirá a Masterclass “Inteligência e Previsibilidade em Vendas” em seu canal do YouTube. Com quem? Alfredo Soares, Theo Orosco e Hélio Azevedo. Totalmente grátis. Para se registrar, é só clicar aqui.
Na newsletter de hoje:
— Guilherme Canineo
Esse é o caso do gigante brasileiro do varejo, o Grupo Soma, que reportou um crescimento na receita líquida tanto no último trimestre de 2022 como no ano todo em comparação com os mesmos períodos de 2021. Foram R$ 1,3 bilhão entre outubro e dezembro (+11,5%) e R$ 4,8 bilhões ao longo do ano (+32,6%).
Internacionalmente, o Grupo Soma – dono de marcas como Animale e Hering – vem se destacando por conta da Farm Global, que além de ter fortalecido sua presença nos Estados Unidos, desembarcou em território europeu em abril de 2022 via pop-up store (loja física temporária montada em lugares movimentados) dentro da Le Bon Marché, loja de departamentos em Paris.
A recepção na capital francesa foi positiva, tanto que “foi convidada novamente para ocupar um espaço de 240 metros na Le Bon Marché”. Além disso, a Farm Global terá outra pop-up store na loja de departamentos La Samaritaine e tem planos de abrir uma loja de 50 metros quadrados (o local ainda não foi divulgado).
Tá, mas e o resto da Europa? Segundo o CEO Roberto Jatahy, a ideia para este ano é acelerar as entradas na Inglaterra e Itália.
Na terra do Rei Charles III (ainda é esquisito não falar Rainha Elizabeth), a marca vai inaugurar sua primeira loja de rua e seguirá dentro da loja Liberty. Mas Jatahy vê bastante potencial na capital inglesa. Em suas palavras, “esperamos que [Londres] seja nosso principal mercado na Europa”.
Já na Itália 🤌, a abordagem da Farm será, por ora, de pop-up stores, sendo todas em parceria com a La Rinascente. Em Milão, a Farm terá um espaço de 250 metros quadrados, enquanto as duas unidades em Roma e a outra em Florença terão tamanhos similares.
“A Farm Global é um dos nossos focos para 2023. […] Nosso plano na Europa, neste momento, não é ser agressivo em receita, mas sim alavancar o posicionamento e o awareness [reconhecimento] da marca. E, através da visibilidade que essas lojas de departamento nos dão, vamos trazer vendas adicionais ao nosso canal digital”, disse Jatahy.
Visão geral. De acordo com a Neofeed, a Farm Global representou R$ 490 milhões do faturamento total do Grupo Soma em 2022, um aumento de 80,7% em relação a 2021. A companhia fechou o ano passado com uma base de 5,4 milhões de clientes ativos, um total de 1.094 lojas e presença em mais de 12.000 multimarcas.
VOCÊ S/A / Germano Lüders
Esse é o caminho que a empresa brasileira Better Drinks quer trilhar, para sair de um faturamento de cerca de R$ 48 milhões em agosto de 2022 para chegar à marca de R$ 1 bilhão em vendas em 2026. Mas antes de falar sobre o futuro, bora entender o passado.
Senta que lá vem história. Em 2018, a dupla Felipe Szpigel (ex-VP de Global Trade Marketing da AB InBev) e Felipe Della Negra (ex-CEO da Red Bull no Brasil) decidiram lançar uma marca de coquetéis enlatados nos Estados Unidos, a F!VE Drinks. Dois anos depois, a empresa chegou ao Brasil e “surfou no crescimento do mercado de bebidas premium”.
Durante esse período, Szpigel e Della Negra se depararam com outras duas marcas que possuíam tamanho, objetivos e desafios parecidos aos da F!VE, mas que não competiam diretamente: a Baer-Mate, um drink à base de mate tostado gaseificado e suco de maçã; e a Vivant, de vinhos em lata.
A grande ideia 💡. Por que não juntar as operações e assim ter maior escala e mais facilidade de disputar um pedaço desse mercado? Daí chega a quarta marca interessada: a Praya, de cervejas artesanais veganas, sem aditivos químicos e a primeira cerveja brasileira com o selo B de requisitos ESG rigorosos. Eis que, em janeiro de 2022, nasce a Better Drinks.
E que nascimento. Para iniciar essa operação conjunta, os sócios da Better Drinks levantaram R$ 25 milhões, utilizados principalmente para “financiar a expansão dos produtos e aumentar o time”, que em outubro do ano passado tinha 145 funcionários. Além disso, a empresa incorporou mais duas marcas: a Mamba Water, de águas enlatadas, e o Vermelhão.
O caso do Vermelhão – um licor amargo que compete diretamente com o Campari – é interessante, pois é uma parceria com o cantor Gusttavo Lima, que se tornou sócio da marca e, ao mesmo tempo, garoto propaganda. Atualmente, o Vermelhão representa cerca de 50% do faturamento da empresa, seguido de Baer-Mate e Praya.
Visão panorâmica. Para 2023, um dos objetivos da Better Drinks é ampliar sua rede de distribuição, que hoje é de 30.000 pontos de venda, visando uma maior penetração em bares e restaurantes. Para ajudar nisso, além de investir em marketing, a empresa recentemente levantou mais de R$ 65 milhões.
“Já estamos em boa parte dos supermercados, mas nos bares e restaurantes ainda tem muito espaço. O Brasil tem mais de 1 milhão de pontos de venda desse tipo”, disse Felipe Della Negra, CEO da Better Drinks. Com o portfólio atual, a empresa estima que o valor do mercado no qual compete seja de R$ 52 bilhões.
Unsplash / Malin K
Número do dia: US$ 64 bilhões. Essa é a projeção de faturamento que o mercado global focado em anti-envelhecimento atingirá até 2026, com um crescimento anual composto de 6,1%. Durante esse período, produtos anti-estrias e antirrugas são os que possuem maiores projeções de crescimento, segundo a Research & Markets.
Indo um pouco mais além, o fundador e CEO da OpenAI (dona do ChatGPT), Sam Altman, investiu US$ 180 milhões na Retro Biosciences, startup que tem a missão de retardar a morte. De acordo com a MIT Technology Review, essa missão é de “adicionar 10 anos à expectativa de vida média dos humanos”.
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Frase do dia: “Não vamos deteriorar a rentabilidade em 2023.”
A frase é de Sergio Zimerman, CEO da Petz, em referência aos resultados apresentados pela empresa no último trimestre de 2022, no qual obteve um crescimento de 34,6% no faturamento (R$ 934 milhões), mas com uma rentabilidade mais baixa.
Para atingir esse objetivo, a Petz irá monitorar mais de perto sua operação digital – que representa 37,9% das vendas, porém é menos rentável do que a operação física –, além de uma pausa na expansão para redirecionar e melhorar os indicadores de qualidade de certas unidades. Clique aqui para assistir à entrevista completa concedida por Zimmerman ao Brazil Journal.
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Recomendação: como a filosofia grega se relaciona com a construção de bons hábitos, tanto no aspecto pessoal como no profissional? Esse é o tema tratado no novo episódio do “Papo de Gestão”, no qual Tallis Gomes, co-fundador do G4 Educação, e Guilherme Freire, professor de Filosofia e diretor de streaming e educação do Brasil Paralelo, trazem reflexões importantes sobre como construir uma vida e uma carreira bem-sucedidas.
💰 US$ 445 bilhões. Esse foi o valor dos investimentos globais em venture capital (capital de risco) em 2022, uma queda de 35% em relação a 2021. Apesar da queda, o montante ainda é significativo. Dito isso, é importante frisar que o “tipo de investimento escolhido deve estar em sinergia com as características do negócio”. Investidores anjo e fundos de impacto são 2 das 6 maneiras como as empresas podem captar dinheiro para crescer. (G4 Educação)
🎯 2,5x maior. Esse foi o crescimento de receita que empresas mais maduras no que diz respeito ao foco no cliente tiveram em relação às não tão maduras, segundo a California Review Management. Quando bem executado, esse foco – em que funcionários são extremamente importantes – “impulsiona um ciclo de feedback que pode potencializar o recrutamento e a retenção de talentos”. Essa é uma das muitas vantagens da cultura centrada no consumidor. (Reforge)
📱 356 bilhões. Esse foi o número de minutos que os brasileiros consumiram nas redes sociais em dezembro de 2022. Com isso, o Brasil ficou em 3º lugar no ranking das nações que mais consomem redes sociais no planeta, ficando atrás apenas de Índia e Indonésia, segundo o “Tendências de Social Media 2023”, da Comscore. A mais consumida: o YouTube. (Comscore)
Entre os aplicativos mais usados pelos brasileiros, o WhatsApp é rei, estando em 99% dos smartphones no país. Porém, outro app que boa parte dos brasileiros certamente já utilizou ao menos uma vez é o Waze, sobretudo para driblar o trânsito das grandes metrópoles. E esse é um belo avanço se comparado ao mapa em branco disponível para seus primeiros usuários.
Para contextualizar. Em 2006, quando o Waze foi criado pelos israelenses Ehud Shabtai, Amir Shinar e Uri Levine, as empresas que tinham as maiores bases de dados para mapas cobravam muito para licenciá-los ou vendê-los. Observando isso, os fundadores decidiram arriscar e criar seus mapas do zero.
Para isso, seria preciso contar com voluntários que estivessem dirigindo pelas ruas de Israel e deixassem que o Waze rastreasse seus movimentos por meio de um chip de GPS instalado em seus smartphones. Logo, teriam que conectar o celular ao computador e “identificar manualmente as ruas, preenchendo dezenas de pontos de metadata” dentro do mapa em branco no app.
Só que para gerar esse tipo de dados em escala, a empresa precisaria de milhares de voluntários. E aí entrou o combo gamificação + Participation Inequality Principle. Nesse princípio, 1% dos usuários são considerados criadores ativos, 9% contribuem ocasionalmente com engajamento e 90% estão presentes, mas raramente colaboram.
No caso do Waze, como já existia uma motivação para esse 1%, a empresa “criou uma camada de gamificação para incentivar os 9%”, na qual ganham-se pontos que poderiam ser usados em bens virtuais em troca de sua contribuição. E assim criou-se o molho secreto do Waze, uma comunidade de pessoas “trabalhando” pelo mesmo objetivo.
Hoje, mesmo após ter sido adquirido por mais de US$ 1 bilhão em 2013 pelo Google e ter em torno de 151 milhões de usuários, usuários ainda podem entrar no “Editor de Mapas” do Waze e sugerir ajustes. Existe até uma enciclopédia, a Wazeopedia, que detalha as “regras” dessa comunidade. Será que a voz clássica do Waze veio de um prêmio para algum usuário?