Como a engarrafadora Coca-Cola Andina investirá no crescimento da cerveja Therezópolis.
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Como a engarrafadora Coca-Cola Andina investirá no crescimento da cerveja Therezópolis.

Como a engarrafadora Coca-Cola Andina investirá no crescimento da cerveja Therezópolis.

Por:
Guilherme Canineo
Publicado em:
16/3/2023

Bom dia, boa tarde, boa noite. Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Temos uma confissão para fazer: hoje foi bem difícil escolher as recomendações. O motivo? Muita coisa boa. Esperamos que você aproveite muito. 

  • Artigo - Inteligência Artificial e o cognitivo cada vez mais humano, escrito pelo sócio e COO do G4 Educação, João Vitor, falando sobre um dos temas mais quentes de 2023. 
  • Série - Dinheiro à Mesa (2018), disponível na Netflix. Aqui, vários donos de restaurante tentam impressionar uma banca de investidores para levar seu negócio ao próximo nível. Uma aula sobre a importância de uma boa apresentação, habilidades de negociação e experiência do cliente.
  • Podcast - Como é liderar 20.000 colaboradores sendo CEO da C&A Brasil, um papo entre Alfredo Soares e Bruno Nardon com Paulo Correa, CEO da C&A Brasil. Ele conta como foi a implementação do WhatsApp nas vendas até a trajetória para a abertura de capital na Bolsa de Valores.
  • Vídeo – Designing a 10-star Experience, uma entrevista com Brian Chesky, co-fundador e CEO do Airbnb, para o canal da Stanford Graduate School of Business. Chesky conta um pouco da história da empresa e fala sobre aspectos que vão desde como adquirir a lealdade dos consumidores até lições em gestão de crise. 


Na newsletter de hoje:

  • Como a brasileira Brex e o gigante HSBC estão lidando com a queda do Silicon Valley Bank. 
  • Engarrafadora Coca-Cola Andina investe em fábrica para cerveja Therezópolis. 



Guilherme Canineo

Ainda longe do fim

FINANÇAS

Business Today / Divulgação

Honestamente, desde que começamos a G4 News em julho de 2022, poucos temas reverberaram tanto quanto a queda do Silicon Valley Bank (SVB). Caso você não tenha acompanhado o assunto, este belo artigo escrito por Eduardo Vasconcellos, Vice-Presidente da GIC, parte do Private Equity Direct Investments Group, resume a situação dos últimos dias. 

Agora vamos a algumas novidades e curiosidades. Durante o colapso do banco, muitas sociedades e fundos de capital de risco (venture capital) “correram” para assegurar que as startups que tinham seu dinheiro no SVB pudessem ter capital para seguir operando. Um dos destinos foi a brasileira Brex. 

Fundada por Henrique Dubugras e Pedro Franceschi no Vale do Silício, a startup que oferece um ecossistema de gestão financeira recebeu, segundo a Bloomberg, “mais de US$ 1 bilhão em pedidos de empréstimo consignado de startups que têm fundos presos no Silicon Valley Bank”. Por ora, foram mais de 500 pedidos de empréstimos.

E isso pode aumentar uma vez que o Banco Central Americano garantiu que o dinheiro dessas startups – que estavam com cerca de US$ 10 bilhões em ativos presos no banco – será pago aos clientes do SVB. Dubugras acredita que a maior preocupação das empresas é não conseguir pagar sua folha de pagamento. 

No caso do banco britânico HSBC, que comprou as operações do SVB no Reino Unido (SVB UK) pela bagatela de £1 (sim, você leu certo, uma libra esterlina), já foram injetados cerca de US$ 2,4 bilhões de liquidez no SVB UK. Além disso, o HSBC está tomando riscos calculados ao assumir US$ 6,7 bilhões em empréstimos e depósitos de US$ 8,1 bilhões que o SVB UK possui. 

Ainda assim, o anúncio da compra do HSBC teve uma recepção mista por parte de investidores de tecnologia na região. 

Alguns olham a intervenção com otimismo por “acreditar” que o HSBC valoriza a vontade que o SVB tinha em “apoiar o apetite da indústria por crescimento rápido e injeções frequentes de capital de risco”. Outros questionam a experiência do HSBC nesse âmbito e como o banco irá administrar os programas de aceleração e diversidade do SVB. 

Visão panorâmica. Segundo a The Economist, no futuro os principais “guardiões do dinheiro do Vale do Silício” seguramente também serão grandes bancos. No entanto, enquanto ainda não se sabe se esses “bancões” reavaliaram a maneira de trabalhar com as startups, o artigo cita que elas “nunca serão sua principal preocupação”

Cerveja de Coca-Cola?😱

NEGÓCIOS

Cervejaria Therezópolis

Calma, esse (ainda) não é o caso – apesar da marca estadunidense Bourbon County ter lançado uma cerveja com sabor de Cola em 2021😅. Brincadeiras à parte, na última terça-feira (14/03) foi anunciado que a Coca-Cola Andina – uma das maiores engarrafadoras da marca no Brasil – “vai investir numa nova fábrica de cervejas”. 

Para contextualizar. No final de 2021, a Coca-Cola Andina, juntamente com a Coca-Cola FEMSA, responsável pela distribuição e produção de vários produtos da marca no Brasil, compraram a cerveja brasileira premium Therezópolis. Essa foi a primeira vez que a Coca-Cola autorizou a compra de uma cerveja por parte de suas engarrafadoras.

Prevista para o final de 2024, a fábrica poderá expandir a capacidade de produção da Therezópolis em 15 vezes. Em números, 75 milhões de litros serão produzidos por ano. Logo, a Andina planeja ampliar essa produção para 120 milhões de litros por ano a partir de 2027 – chegando a 200 milhões a partir de 2030. Como curiosidade, os números de Ambev e Heineken:

  • Heineken: 5-6 bilhões de litros por ano;
  • Ambev: 10 bilhões de litros por ano.

O local ainda não foi escolhido, mas os estados avaliados para receber o investimento de R$ 450 milhões são: ES, MG, RJ e SP, onde a Therezópolis tem maior presença.

O objetivo da Andina não é bater de frente com Ambev e Heineken, mas sim deixar a Therezópolis bem posicionada no segmento de cervejas premium e super premium, que já representa 21% do mercado cervejeiro nacional, segundo a Nielsen. 

De acordo com o Brazil Journal, a fábrica ainda atenderá a parceiras como a Estrella Galicia, cuja distribuição no Brasil é feita pela Andina. Fora isso, “a meta da Andina é conseguir recompor integralmente a receita perdida com a Heineken”, que encerrou o contrato de distribuição das marcas Heineken e Amstel com a engarrafadora em 2017

👀Enquanto no Brasil a Coca-Cola vai diversificando seu portfólio, na Índia tem gente que quer abocanhar um pedaço do mercado de refrigerantes que ela domina. Trata-se da Campa Cola, alternativa indiana ao refrigerante que foi muito popular nos anos 1970 e 1980, e que será relançada na metade do ano pelo homem mais rico da Ásia, Mukesh Ambani.    

Curiosidades

BioWorld / Caroline Richards

Número do dia: US$ 43 bilhões. Esse será o valor do cheque que a Pfizer concordou em assinar para adquirir a Seagen e “sua classe pioneira de medicamentos direcionados ao câncer”. O acordo certamente enfrentará escrutínio por parte dos reguladores antitruste (ou antimonopólio) na União Europeia.

Os medicamentos da Seagen, conhecidos como ADCs, começaram a ter aprovações para certos tratamentos da doença como, por exemplo, câncer de mama. A empresa já possui mais de 10 estudos em andamento nos quais está testando os ADCs com imunoterapias – tratamento que utiliza o sistema imunológico do próprio paciente na batalha contra o câncer. 

Para ficar de 👀. A empresa de desenvolvimento de medicamentos Absci divulgou um artigo afirmando que “eles podem desenvolver novos medicamentos para o câncer usando um modelo de IA semelhante [ao da OpenAI]”

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Frase do dia: “O que antes era um grande gargalo, a Volvo está transformando em solução.”

Foi o que disse Marcelo Godoy, diretor de Finanças Volvo Cars América Latina e de Operação de Infraestrutura de Carregamento no Brasil, sobre as fases de expansão da rede de equipamentos de recarga ultrarrápida no país para os proprietários de seus veículos híbridos ou elétricos.

Ao término da primeira fase (prevista para junho deste ano), serão 13 unidades em São Paulo e Minas Gerais. A segunda fase (com previsão para fevereiro de 2024), inclui mais 15 postos espalhados nos seguintes estados: GO, MT, PR, SC, RJ, MG e SP. Ao todo, serão “10 mil quilômetros de rodovias cobertos pelos eletropostos da empresa”

Must-Reads

📞 82%. Esse é o percentual dos “compradores” que aceitam agendar reuniões com vendedores que os procuram proativamente, segundo relatório do Rain Group Center for Sales Research. Os vendedores com melhor desempenho não apenas geram mais reuniões (até 2,7x mais do que o resto), mas também as tornam mais produtivas. Identificar o público, segmento e mercado é apenas 1 das etapas para entender como funcionam as vendas outbound. (G4 Educação)

🍻 R$ 8,5 milhões. Esse foi o investimento captado pela startup capixaba MeuChope, que “oferece carteira digital e plataforma de vendas B2B para o mercado de cervejarias”. A ideia é escalar os pequenos empreendimentos desse setor e aumentar a base de sua carteira, que hoje tem mais de 50.000 usuários e que é aceita em aproximadamente 300 estabelecimentos no Brasil. (Exame)

🦾 Mais avançado, mais inteligente e mais seguro. Essas são algumas das características do GPT-4, versão atualizada do ChatGPT, da OpenAI, revelado na última terça-feira (14/03). Em termos de criatividade, o GPT-4 pode aprender o jeito como a pessoa escreve e auxiliar na criação de textos como roteiros de filmes, por exemplo. Quanto à inteligência, o GPT-4 passou o bar (a OAB dos Estados Unidos) com 90% de aprovação. Clique aqui e veja outros detalhes. (MIT Technology Review)

Quiz

Se em 2023 o nome ChatGPT parece não sair da “boca” dos veículos de comunicação e das redes sociais, em 2021 esse lugar foi ocupado pelos NFTs. Lembra deles? Os famosos tokens não-fungíveis que geraram um volume total de US$ 25,1 bilhões em vendas naquele ano

E apesar de muitas baixas em 2022, o volume em vendas de NFT foi quase igual ao do ano anterior, gerando cerca de US$ 24,7 bilhões em volume de negociações orgânicas. Ou seja, ainda existe um interesse por NFTs ao redor do mundo. Será que você consegue adivinhar qual desses países fechou 2022 sendo o maior interessado no assunto?

  • China
  • Estados Unidos
  • Gibraltar (território britânico)
  • Hong Kong (região administrativa da China)
  • Singapura
  • Reino Unido
Wired / Paul Yeung / Bloomberg / Getty Images

Resposta: China. De fato, o interesse por NFTs é muito maior na Ásia do que em qualquer outro continente, com 6 países dentro do Top 10. Os Estados Unidos e o Reino Unido ficaram no 29º e 53º lugar, respectivamente. 

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