Como a de DeÔnibus superou uma fraude para faturar R$ 150 milhões
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Como a de DeÔnibus superou uma fraude para faturar R$ 150 milhões

Como a de DeÔnibus superou uma fraude para faturar R$ 150 milhões

Por:
Guilherme Canineo
Publicado em:
12/4/2023

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Na newsletter de hoje:

  • A grande recompensa dos programas de fidelidade.
  • Como a de DeÔnibus superou uma fraude para faturar R$ 150 milhões.


Guilherme Canineo

Lealdade = Aumento da Retenção

TENDÊNCIAS & INOVAÇÃO

Forbes / Getty Images

Em tempos de preços mais elevados,os programas de fidelidade oferecidos pelas marcas  têm ganhado mais popularidade entre os consumidores. Segundo o “Consumer Trends Index” da Marigold, 43% das pessoas querem aumentar sua participação nesses programas em 2023.

Prêmios são apenas o começo. Embora oferecer recompensas em troca de pontos possa ser altamente eficaz quando se trata de impulsionar as vendas, essa estratégia fará pouco na hora de aumentar a fidelidade duradoura que as marcas procuram.

O que os consumidores querem de extra?

  • Promoção de comunidade: 29% querem acessos exclusivos.
  • Recomendações personalizadas: 24% gostariam de receber sugestões baseadas em suas preferências e 22% querem que marcas se comuniquem nos canais de sua preferência.
  • 16% querem que as marcas os reconheçam como indivíduos.

Olhando para o principal atributo de um programa de fidelidade, os descontos, 57% dos consumidores acreditam que eles são de muito valor para eles e, por isso, estão dispostos a compartilhar seus dados.

Mais números. Uma pesquisa realizada pela Deloitte mostrou que 47% dos mais de 3.000 entrevistados que são membros de programas de fidelidade em restaurantes utilizam seus benefícios várias vezes ao mês

Caso de sucesso. Em agosto de 2022, o Starbucks reportou US$ 2,1 bilhões em receitas obtidas com o programa de fidelidade — que somava quase 29 milhões de membros ativos em janeiro deste ano. Esse é um exemplo claro de como uma forte conexão pessoal com a marca pode aumentar a retenção de clientes.

É errando que se aprende

NEGÓCIOS

Heb Lima Rezende / Forbes Brasil

No caso dos irmãos Mariana Malveira e Breno Moraes, além dos tropeços, eles tiveram que lidar com uma fraude para finalmente ver sua empresa, a DeÔnibus, operar de forma saudável e faturar R$ 150 milhões por ano

Senta que lá vem história. Após ter experiências positivas viajando de ônibus no exterior em 2011, os irmãos criaram a BrasilByBus com o objetivo de “vender passagens de ônibus online para que brasileiros e estrangeiros tivessem a oportunidade de conhecer o Brasil por esse meio de transporte”.

Os primeiros desafios vieram no começo da empreitada:

  • O 1º passageiro, um professor japonês, não conseguiu encontrar uma passagem que tinha comprado na plataforma.
  • Em 2013, após ingressar em um programa de aceleração, o dinheiro de investidores saiu do radar com a entrada na ClickBus no mercado nacional.

Eis que veio 2014 e com ele, a Copa do Mundo. Ao ser, na época, a única plataforma no mundo que oferecia passagens de ônibus no Brasil para estrangeiros, a BrasilByBus acabou sendo beneficiada pelo Google e outros mecanismos de busca. O evento não trouxe o hexa, mas sim um saldo de caixa positivo em R$ 800.000 para a companhia.

Nem tudo são 💐. O crescimento pós-Copa durou até o final de 2015, mas no começo de 2016, os irmãos receberam a notícia de que R$ 3 milhões ficaram “presos” na plataforma por suspeita de fraude 😱. Pessoas estavam comprando passagens com cartões clonados. 

A solução. Primeiro, eles conseguiram levantar R$ 1,5 milhão para pagar antecipadamente as companhias parceiras. Logo, veio a reestruturação:

  • Mudança de nome para DeÔnibus, com foco no público brasileiro.
  • Com o novo nome, veio o novo aporte de R$ 2 milhões para reforçar o caixa. 

Voltando a 😁 Embora 2020 e 2021 tenham trazido prejuízo, os irmãos conseguiram recuperar seus números de 2019. O faturamento de R$ 150 milhões representa um crescimento superior a 50% em relação ao ano fatídico

  • Hoje, quase 6 milhões de viajantes já utilizaram os serviços da companhia. 
  • Para fins comparativos, a ClickBus, maior marketplace de passagens rodoviárias do Brasil, tem 10 milhões de clientes, de acordo com o próprio CEO, Phillip Klien. 

Curiosidades

Conversion / CHEQ

Número do dia: US$ 35,7 bilhões. Esse foi o valor gasto com anúncios pagos na internet e que foi desperdiçado entre 2021 e 2022 por conta de tráfego falso, aquele “gerado a partir de fontes adulteradas […] como fraudes, fazenda de cliques, bots, ferramentas automáticas, contas falsas, spam, entre outras”. 

Segundo o relatório “The State of Fake Traffic 2023”, foram perdidos US$ 142,8 bilhões em receita. Entre as indústrias mais impactadas estão apostas, tecnologia e telecomunicações. 

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Frase do dia: Se a penetração do digital no varejo está entre 8% e 12%, o resto ainda passa pelo mundo físico.”

A frase é de Rafael Forte, presidente da VTEX no Brasil, para explicar os novos recursos que a empresa está testando em seu InStore, uma solução lançada em 2016 para conectar lojas físicas com os e-commerces de seus clientes. A versão mais “turbinada” do InStore já está sendo utilizada por C&A e Decathlon, esta última com um aumento de 5% nas vendas em suas lojas físicas em 2021..

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Recomendação: O que é inteligência emocional? No novo episódio do 🎧 “Sem Atalhos”, o escritor Fabrício Carpinejar fala sobre a importância de viver o momento presente e estar sensível ao que acontece agora

Must-Reads

🔢 Até 40%. É quanto aumentam suas chances de conseguir uma entrevista de emprego ao agregar números ao seu currículo. Quantificar o impacto da sua atuação é 1 das 5 maneiras de usar dados para chamar a atenção dos recrutadores. (Fast Company Brasil)

🛒 Até 50%. É o crescimento projetado para 2023 pela Faculdade do Comércio, ligada à Associação Comercial de São Paulo. Alguns dos motivos? O varejo é o setor que “emprega até 70% da mão de obra de serviços” no Brasil e a falta de investimento em qualificação no comércio poderá impactar o PIB do país em até US$ 800 bilhões até 2030. (Exame)

🧠 82%. É o percentual dos empregadores que investem no desenvolvimento de seus colaboradores para lidar com a escassez de talentos no Brasil. Três em cada 5 companhias “planejam oferecer mais flexibilidade aos talentos”. Clique aqui e saiba quais são os outros caminhos. (ManpowerGroup)

Fun Fact

Mike Von / Unsplash

Que a Nike é uma das maiores empresas esportivas do mundo (e quiçá) da história, famosa por suas parcerias, isso você já sabe. Mas até 1984, não era essa a fama da empresa.

O jogo mudou quando a Nike decidiu investir em um tal de Michael Jordan, na época em sua primeira temporada como profissional de basquete. Uma das estratégias para convencer o jogador foi que a empresa criaria uma linha exclusiva, batizada depois de Air Jordan.

O contrato em questão. Cinco anos, um salário base de US$ 500.000 (3x maior do que qualquer outro contrato da NBA na época) e 5% em royalties para cada par vendido do Air Jordan

Explosão de vendas. Com Jordan recebendo o título de “Novato do Ano” pela liga profissional de basquete, as vendas de Air Jordan superaram as projeções da Nike. Na assinatura do contrato, a previsão era de US$ 3 milhões ao longo dos primeiros 4 anos. A Nike faturou US$ 126 milhões apenas no 1º ano

A grande sacada do marketing. A  1ª versão do Air Jordan não estava de acordo com as regras de vestimenta da NBA na época. Por isso, a entidade o multou em US$ 5.000 por cada jogo que Jordan utilizasse o calçado. E a Nike bancou essas multas. O que aconteceu? Criou-se um status em torno da figura de Jordan e todos passaram a querer ser como ele.

Queriam e querem, pois a marca transcendeu o tempo, mesmo quase 2 décadas após a aposentadoria do astro do basquete. Só em 2022, a Nike obteve US$ 5,1 bilhões em vendas somente com a Air Jordan. O jogador levou US$ 256 milhões, quase 3x o que ganhou em toda sua carreira na NBA.

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