A instituição mais antiga da história
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A instituição mais antiga da história

A instituição mais antiga da história

Por:
Guilherme Canineo
Publicado em:
21/3/2023

Opa, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo(a) à nova edição da G4 News, a newsletter informativa do G4 Educação. Uma pergunta: qual o calçado mais caro que você já comprou?  

Perguntamos porque um par de tênis da marca Air Jordan (assinado pelo astro do basquete) será leiloado no início de abril e a estimativa é que essa seja a venda de calçados mais cara da história em um leilão, alcançando um valor entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões. O recorde até o momento também é de um par de tênis Air Jordan, vendido em 2021 por US$ 1,472 milhão. 

O par em questão — Air Jordan 13s — foi utilizado pelo campeão de basquete no segundo jogo das finais da NBA em 1998, seu último ano com os Chicago Bulls e que culminou com a conquista do título da liga. E todos os itens usados pelo ex-jogador durante essa temporada ganharam muito valor por conta da série “Arremesso Final”. Um belo exemplo do Efeito Netflix.

Na newsletter de hoje:

  • Como empresas familiares prosperam e se perpetuam ao longo de gerações.
  • Insights para empresas que querem alcançar os jovens da Geração Z.



Guilherme Canineo

A instituição mais antiga da história

NEGÓCIOS

Erico Ferreira / G4 Educação


Essa é a família, estabelecida nos primórdios da civilização e que até hoje possui um papel fundamental na maneira como vivemos em sociedade. A família é (ou deveria ser) a responsável por transmitir, de geração em geração, os valores, princípios e tradições. Isso se aplica também aos negócios familiares, independentemente de seu tamanho.

Algumas empresas familiares não apenas sobreviveram ao longo de gerações como geraram e acumularam riquezas extraordinárias no decorrer de décadas, até mesmo séculos. Hoje, os 500 maiores negócios familiares do planeta possuem, juntos, uma receita de aproximadamente US$ 8,02 trilhões, empregando 24,5 milhões de pessoas.

  • Só no Brasil, 90% das empresas são familiares, representando em torno de 65% do PIB nacional, segundo dados do IBGE. 

Um bom exemplo de negócio familiar de sucesso é o grupo LVMH, liderado pelo visionário francês Bernard Arnault. Dono das marcas Louis Vuitton, Dior e Tiffany, entre outras, o conglomerado de luxo teve uma receita de 79,2 bilhões de euros só em 2022 e está avaliado em quase 400 bilhões de euros. Arnault, de 74 anos, serve como CEO e seus 5 filhos ocupam posições estratégicas dentro da empresa

No Brasil, o faturamento das maiores empresas familiares foi de US$ 101 bilhões em 2021. No entanto, “essas gigantes fazem parte de um pequeno grupo de empresas que sobrevivem com a passagem de uma geração para outra”. 

O desafio. Apenas 36% das empresas familiares sobrevivem até a 2ª geração, 19% chegam até a 3ª e só 7% se sustentam até a 4ª geração, segundo estudo global realizado pela PwC. Mesmo sendo gigantes em dado momento, algumas companhias, como as Indústrias Reunidas Matarazzo no Brasil, não conseguiram se manter e declararam falência. Outras foram vendidas, como a italiana Gucci. 

Entre os principais desafios para sobreviver está um processo bem-sucedido de sucessão. A PwC constatou que 84% das empresas familiares enfrentam alguma discordância societária. Em contrapartida, as que sobreviveram atribuem esse sucesso à profissionalização da gestão, governança corporativa e planejamento sucessório. 

“Houve uma preparação na minha chegada, tanto de passar por todas as áreas para ter esse conhecimento da empresa como um todo. [Aqui], a empresa já está um pouco mais estabelecida e até por isso há mais tempo para olhar para a estratégia e para futuro”, disse Renata Spallicci, Vice-Presidente Executiva da APSEN Farmacêutica e 3ª geração da empresa. 

Mesmo com grandes desafios, os membros das famílias que comandam negócios compreendem como os propósitos pessoais se alinham aos da empresa. A recompensa será ver a perpetuação de seu legado. Para uma visão mais detalhada, confira o segundo episódio da série “Conectando os Pontos”, do G4 Educação.

 

Como alcançar a Geração Z?

MARKETING & PUBLICIDADE

WWD / G. Lombardo / Stock.Adobe

Essa talvez seja uma das perguntas mais recorrentes feitas pelas empresas nos últimos anos. No entanto, um possível consenso entre as companhias é de que a Geração Z – nascidos entre 1997 e 2012 – “está mudando as regras de engajamento do consumidor quando se trata de mídia, compras, tecnologia e fidelidade à marca”.

No caso da publicidade, a Gen Z é a menos propensa a evitá-la quando entende que os anúncios são relevantes para seus interesses e seu estilo de vida. De fato, essa é a geração com maior tendência a comprar um produto ou serviço com base em um anúncio, segundo o relatório “Marketing to Gen Z”, da CM Group em parceria com a F’inn. 

Para a sorte das marcas, a Geração Z é também a que menos irá se opor a que empresas tenham seus dados. Em contrapartida, marcas deverão “estar preparadas para entregar valor em troca dessas informações”, com o estudo apontando a autenticidade como fator mais importante do que qualquer outro atributo que uma empresa ou marca possa ter. 

Ponto de observação. Apesar de 75% dos membros dessa geração realizarem compras em seus smartphones, eles também possuem uma afinidade para compras presenciais, especialmente em categorias como dispositivos eletrônicos e roupas. Outra tendência de compra: 38% preferem alugar ou comprar produtos usados ou de segunda mão.

Este ou aquele? Comparada aos millennials (nascidos entre 1981 e 1996), a Geração Z é mais propensa à busca por recomendações, especialmente dos influenciadores online nos quais confiam – alguns, inclusive, influenciam pessoas a não comprarem certos produtos. Outros fatores que pesam no momento da decisão de compra são:

  • Quão preocupadas estão as marcas com seu impacto social;
  • Se os materiais utilizados nos produtos são obtidos de forma ética;
  • Quão transparentes são as empresas em sua comunicação;
  • Qual o nível de personalização utilizado no contato com o cliente.

Por último, marcas devem “adotar tecnologias que lhes permitam mover com velocidade”, seja através de uma estratégia que integre diferentes canais de comunicação e divulgação (omnichannel) ou por meio de uma logística veloz e orientada por Inteligência Artificial. No varejo, pode-se considerar a implementação de Realidade Aumentada e Virtual.

“As marcas precisam colocar o controle na mão do consumidor para definir e identificar o que melhor representa suas preferências. […] Para os profissionais de Marketing, isso significa que eles têm de perguntar e personalizar, além de pensar em termos de fluidez na imagem, mensagem e no conteúdo do produto”, afirma Monica Deretich, ex-Vice-Presidente de Marketing na TechStyle Fashion Group.  

Curiosidades

CB Insights

Número do dia: US$ 45,8 bilhões. Esse foi o montante investido globalmente em Inteligência Artificial em 2022, uma queda de 34% em relação a 2021. Ainda assim, o 4º trimestre do ano passado fechou em alta e “quebrou uma sequência de 4 trimestres de queda”. Agora é esperar os resultados dos primeiros 3 meses de 2023, sobretudo por conta do alto interesse atual em Inteligência Artificial. 

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Frase do dia: “Eu acho que perdemos a alma do que fez do Instagram o Instagram.”

É o que afirmou Kevin Systrom, co-fundador da rede social, acrescentando que um de seus maiores arrependimentos é o quanto a plataforma se tornou comercial. Para ele, o Instagram se transformou em um marketplace para influenciadores e deixou de lado a essência de uma pessoa simplesmente entrar para ver o que seus amigos e familiares estão fazendo. 

Durante uma entrevista ao podcast “On with Kara Swisher, Systrom ainda comentou que o BeReal é “onde as pessoas podem ser elas mesmas e se enxergarem em momentos reais”. Ou seja, algo próximo dessa alma que o Instagram tinha no começo. 

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Recomendação: Qual é o verdadeiro poder da influência? Esse é um dos temas tratados no último episódio do “Papo de Gestão”, no qual Tallis Gomes, co-fundador do G4 Educação, conversa com Rapha Avellar, co-fundador da Adventures e Brandlovrs. Os dois falam sobre a importância de gerenciar influenciadores e como usar micro influenciadores para aumentar o ROI das empresas

Must-Reads

🏛 1 em cada 10. Esse é o número de organizações que conseguem alinhar estratégia com design estrutural corporativo de forma bem-sucedida. Com a crescente demanda por projetos ágeis e de grande escala, utilizando equipes cada vez mais multidisciplinares e multifuncionais, eis que entra a estrutura matricial. Para conhecer suas vantagens e como estruturá-la, é só clicar aqui. (G4 Educação)

📉 Quase 15%. Essa foi a queda no tráfego das plataformas de e-commerce no Brasil no mês de fevereiro. Nenhum setor cresceu em acessos entre janeiro e fevereiro, de acordo com o “Relatório Setores do E-commerce”, da Conversion. Do lado “positivo”, mais de 75% dos acessos foram feitos a partir de celulares, seja via websites ou via aplicativos. (Conversion)

🎢 R$ 84,5 milhões. Esse foi o lucro obtido pelo Hopi Hari (sim, lembra dele) em 2022, um crescimento de 45% em relação ao ano anterior. O parque de diversões recebeu quase 920.000 pessoas, 25% a mais do que em 2021 e seu melhor público desde 2014. A expectativa é que a visitação aumente em 32% este ano. Nada mal para quem está em recuperação judicial desde 2016. (Exame)

Fun Fact

Em tempos de discussões sobre as vantagens e desvantagens dos modelos de trabalho (presencial, híbrido ou remoto), vale lembrar que um almoço entre um grupo de “funcionários” da Pixar no ano de 1994 acabou rendendo 6 filmes e uma bilheteria global de US$ 4 bilhões (sim, você leu certo). 

Neste almoço de bilhões estavam reunidos os diretores Andrew Stanton, John Lasseter e Pete Docter e o falecido roteirista e animador Joe Ranft. Com o filme “Toy Story” praticamente terminado, os 4 decidiram jogar “algumas ideias na mesa”.

Foi literalmente na toalha de mesa de papel que eles criaram os primeiros esboços do que viriam a ser “Vida de Inseto”, “Monstros S.A.”, “Procurando Nemo” e “Wall-E”. E todos esses filmes surfariam no sucesso absoluto que foi “Toy Story” (dirigido por Lasseter) em 1995 – e que serviu como plataforma para abertura de capital da Pixar no mesmo ano. 

YouTube / Pixar

O resultado: “Vida de Inseto” (lançado em 1998 com direção de Lasseter & Stanton) arrecadou US$ 363 milhões mundialmente; “Monstros S.A.” (lançado em 2001 com direção de Docter) conseguiu US$ 529 milhões; “Procurando Nemo” (lançado em 2003 com direção de Stanton) fez US$ 871 milhões; e “Wall-E” (lançado em 2008 com direção de Stanton) obteve US$ 521 milhões. 

Tá, mas e os outros dois filmes? Tratam-se de duas continuações: “Universidade Monstros” (lançado em 2013 com Docter, Lasseter e Stanton como produtores executivos) e “Procurando Dory” (lançado em 2016 com direção de Stanton). Os dois tiveram uma bilheteria combinada de quase US$ 1,750 bilhão

O almoço da Pixar é considerado um claro exemplo de algo muito prezado por Steve Jobs, fundador da Apple e da Pixar: a “criação por meio de serendipidade”. Foi por isso que Jobs fez com que a sede da Pixar tivesse uma estrutura aberta para “maximizar a quantidade de interações entre funcionários de diferentes divisões”.

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