Nos últimos dias, a corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo ganhou um novo destaque: Pablo Marçal, empresário e ex-coach, apresentou um crescimento significativo nas pesquisas de intenção de voto, segundo a pesquisa divulgada pela Atlas/Intel no dia 21 de agosto.
Com 16,3% das intenções de voto, Marçal agora se posiciona em terceiro lugar, superando figuras como Tabata Amaral e José Luiz Datena.
Esse aumento de 4,9 pontos percentuais em apenas duas semanas é um sinal claro de que sua campanha encontrou ressonância entre os eleitores.
Mas o que está por trás desse crescimento repentino?
As respostas podem ser encontradas em suas estratégias de marketing de campanha, que vão além das abordagens tradicionais e tocam em pontos críticos que ressoam com o eleitorado paulistano.
Marçal tem se destacado pela habilidade em "assassinar reputações", uma tática que, embora polêmica, tem se mostrado eficaz em sua escalada nas pesquisas.
Entenda, em detalhes, as cinco principais estratégias que ele utiliza para conquistar a preferência dos eleitores e, potencialmente, ameaçar a candidatura e o favoritismo de Guilherme Boulos.
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Pablo Marçal tem se tornado uma figura polarizadora no cenário político, não apenas pela sua persona pública, mas principalmente pelas suas táticas agressivas e bem calculadas de marketing político.
Suas estratégias não apenas desconstroem a imagem dos adversários, mas também criam uma narrativa coesa que atrai um público fiel.
Abaixo, desvendamos as cinco principais estratégias que estão impulsionando sua campanha:
A primeira estratégia de Pablo Marçal é direta e eficaz: atacar a credibilidade dos adversários.
No mundo político, a reputação é tudo. Ao minar a confiança do público em seus concorrentes, Marçal consegue enfraquecer suas mensagens, independentemente de seu conteúdo ou validade.
Esse tipo de ataque não só desvia o foco das próprias vulnerabilidades de Marçal, mas também coloca seus adversários na defensiva, obrigando-os a gastar tempo e recursos preciosos para se defender, em vez de avançar com suas próprias agendas.
Identificar e atacar um inimigo comum é uma das táticas mais antigas e eficazes na história da política.
Para Marçal, esse inimigo é "o sistema" – uma entidade ampla e difusa que ele acusa de ser a raiz dos problemas de São Paulo, como a criminalidade, o desequilíbrio social e a falta de infraestrutura.
Essa estratégia é poderosa porque desvia a culpa dos cidadãos e dos próprios candidatos, colocando o foco em um vilão conveniente e fácil de demonizar.
Ao fazer isso, Marçal se posiciona como o único candidato capaz de lutar contra esse sistema e unifica seus eleitores em torno de uma causa comum.
Criar uma divisão clara entre "nós" e "eles" é a terceira tática de Marçal.
Ao construir um muro metafórico entre sua base de apoio e os "outros" – sejam eles políticos tradicionais, elites ou qualquer outro grupo que ele considere contrário aos interesses de seus eleitores – Marçal fomenta um senso de comunidade e pertencimento.
Esse tipo de retórica é eficaz porque apela para o instinto humano de se agrupar em torno de valores compartilhados e de se proteger contra ameaças externas.
Ao definir claramente quem são os "eles", Marçal solidifica sua base, cria um ambiente de confronto constante e mantém seus apoiadores engajados e mobilizados.
Nenhuma mensagem, por mais poderosa que seja, tem impacto se não for amplamente distribuída.
Pablo Marçal entende isso perfeitamente e, por isso, construiu uma equipe dedicada a maximizar o alcance de suas mensagens.
Ele utiliza uma ampla gama de canais de comunicação, desde redes sociais até grupos de Discord e WhatsApp, para garantir que suas ideias cheguem a todos os cantos de São Paulo.
Essa capilaridade amplia seu alcance, permite que ele responda rapidamente a ataques ou eventos imprevistos e o mantém sempre à frente da narrativa.
Por fim, Marçal adota uma visão ousada: toda publicidade é boa publicidade.
Ele não tem medo de se envolver em controvérsias, desde que isso o mantenha no centro das atenções.
Essa abordagem permite que ele domine o ciclo de notícias, forçando seus adversários a reagirem às suas declarações, em vez de ditar a agenda.
Essa estratégia é arriscada, mas, até agora, tem funcionado a seu favor, ajudando-o a aumentar sua visibilidade e consolidar sua imagem como um outsider destemido.
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Assim como no marketing político, onde cada movimento pode significar um ganho ou perda significativa de apoio, o marketing empresarial exige estratégias bem pensadas e executadas para garantir o sucesso.
As táticas usadas por Pablo Marçal podem parecer exclusivas do campo político, mas a verdade é que muitas delas têm aplicações diretas no mundo dos negócios.
Por exemplo, a estratégia de Marçal de identificar e atacar um inimigo comum pode ser adaptada para o ambiente corporativo.
Em vez de focar em um adversário político, sua empresa pode identificar um "vilão" comum – como problemas na indústria, práticas concorrenciais desleais, ou até desafios sociais mais amplos – e se posicionar como a solução.
Isso não só fortalece a sua marca, mas também cria uma conexão emocional poderosa com os clientes.
Além disso, a ideia de criar uma narrativa "nós contra eles" pode ser utilizada para solidificar a lealdade dos clientes.
Ao delinear claramente os valores que sua empresa defende, você estabelece um terreno sólido para construir uma comunidade fiel ao redor da sua marca.
Este tipo de estratégia pode diferenciar sua empresa no mercado e criar uma base de clientes que, além de comprar, defende seus produtos ou serviços.
Para aplicar essas e outras estratégias com eficácia, é crucial aprender com quem já percorreu esse caminho.
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